Confira seis séries para maratonar no feriado

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Por Adriana Izel e Vinicius Nader

Essa coluna está sendo escrita com o tempo fechado e barulhinho de chuva do outro lado da janela. A previsão do Inmet até o fechamento desta edição era de que essa combinação se mantivesse no feriado de amanhã. O cenário está perfeito para você e sua família estourarem pipoca e se prepararem para uma maratona de séries. Não sabe a que assistir? O Próximo Capítulo te ajuda!

Desalma (Globoplay) — Quem disse que o Brasil não sabe fazer série de terror? Desalma está aí para mostrar que sabe, sim! Em 10 episódios, somos levados à pequena cidade de Brígida, no sul do país. O local, de colonização escandinava, tem tudo para ser aqueles lugarejos agradáveis com delícias alemãs à mesa. Mas ela é amaldiçoada há 30 anos, quando uma jovem morreu durante os festejos de Ivana Kupala, tradição nórdica. Em 2018, os moradores resolvem quebrar o hiato e voltar à festa, o que desperta o passado repleto de misticismo, bruxaria e espíritos. Com estética linda e assustadora ao mesmo tempo (assinada pela equipe do fenômeno Dark) e interpretações marcantes de Claudia Abreu, Cásia Kiss e do menino João Pedro Azevedo, Desalma é uma opção para quem não tem medo do escuro e nem de tomar sustos.

Cena da série Alguém tem que morrerCena da série Alguém tem que morrer
Carmen Maura rouba a cena em Alguém tem que morrer. Crédito: Netflix/Divulgação

Alguém tem que morrer (Netflix) — A atração espanhola da Netflix tem pontos altos no nome forte do criador e diretor (Manolo Caro, da interessante Casa das Flores) e no elenco, que tem as experientes Carmen Maura e Cecília Suárez à frente. Enxuta (são apenas três episódios), a minissérie começa com a volta do jovem Gabino (Alejandro Speitzer) à Espanha depois de uma temporada de estudos no México. De surpresa, ele chega acompanhado de um amigo, o bailarino Lázaro (Isaac Hernández), e gera comentários a respeito da sexualidade dele, um escândalo para a Europa dos anos 1950. É o mote para uma série de segredos virem à tona. Sem espaço para enrolações, o roteiro de Alguém tem que morrer é ágil, com bons diálogos e reviravoltas constantes.

Os médicos Mauro (David Junior), Carolina (Marjorie Estiano), Décio (Bruno Garcia) e Evandro (Julio Andrade) em cena de ‘Sob Pressão – Plantão Covid’. Crédito: Globo / João Faissal

Sob pressão (Globoplay) — A brasileira Sob pressão já é conhecida nacional (e começa a despontar no mercado internacional também) pela ligação que faz entre a realidade e a ficção. Ambientada em um hospital público, a série não poderia ignorar a pandemia de covid-19. Por isso, entre a terceira e a quarta temporadas foram lançados recentemente dois lindos e necessários episódios na chamada Sob pressão — Plantão covid. Ao lado de colegas valorosos, Carolina (Marjorie Estiano) e Evandro (Julio Andrade) comandam um hospital de campanha no Rio de Janeiro, no início da chegada da pandemia ao país. Os episódios são uma merecida homenagem aos profissionais de saúde que se alternam entre bravura e medo, assim como os personagens. A maioria do tempo munidos de máscaras, os atores tiveram que mostrar a força do olhar na interpretação, desafio cumprido com louvor por uma forte, emocionante e emocionada Marjorie Estiano. A cereja do bolo é uma música de Ruy Guerra e Gilberto Gil gravada por Gil e Chico Buarque especialmente para os episódios.

Crédito: STEPHANIE BRANCHU/NETFLIX — Emily in Paris

Emily em Paris (Netflix) — Longe de ser uma obra-prima, o seriado de Darren Star (Sex and the city) tornou-se uma sensação da Netflix. E tem motivo. A narrativa da protagonista Emily Cooper (Lily Collins), uma norte-americana que chega a Paris sem saber falar uma frase em francês, é leve, divertida e envolvente. Com episódios curtos, o espectador logo se vê compenetrado no enredo simples, bem-humorado e jovial. A história gira em torno da protagonista e dos núcleos aos quais ela se envolve: o primeiro, o trabalho, onde chega sendo odiada, e o segundo com os amigos: o vizinho Gabriel (Lucas Bravo), Mindy Chen (Ashley Park), uma babá chinesa que mora há alguns anos na França, e a misteriosa Camille (Camille Razat).

2020. Crédito: Jasper Savage/Amazon Studios. Cultura. Cena da segunda temporada da série The Boys da Amazon Prime Vídeo.

The Boys (Amazon Prime Vídeo) — Após uma primeira temporada elogiada, a série The Boys estreou recentemente na Amazon Prime Vídeo os episódios da segunda. A sequência consegue superar a estreia, aprofundando a história que mostra um grupo de pessoas que faz de tudo para derrubar e desmascarar os heróis — nem tão heroicos assim — intitulados de Os Sete. O grande destaque da nova leva de episódios é a inserção de uma nova personagem, a super Stormfront (Aya Cash), e de uma temática condizente com a atualidade sobre intolerância. As duas temporadas completas estão na plataforma.

2020. Crédito: HBO/Divulgação. Cultura. Cenas das série Lovecraft Country.

Lovecraft Country (HBO GO) — Já defendi essa série anteriormente aqui mesmo na coluna, mas caso você ainda não tenha se convencido, a hora é agora. A temporada, composta por 10 episódios, está completa no serviço HBO GO. A produção inspira-se no livro homônimo de Matt Ruff que foi adaptado por Misha Green em parceria com Jordan Peele e J.J. Abrams. O seriado é uma história de sci-fi e horror com tudo que esses gêneros têm de melhor e de conhecido, porém, com uma perspectiva inédita: pelo ponto de vista de personagens negros. Assim, questões raciais fazem parte da narrativa que tem mistérios, monstros e outras dimensões, com um elenco de peso formado por Jonathan Majors, Courtney B. Vance e Jurnee Smollett.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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