Cena da série Casa das flores
casa_flores2 A estética que flerta com o exagero está bem presente em Casa das flores Cena da série Casa das flores

Casa das flores: Segunda temporada da série segue o mesmo ritmo da primeira

Publicado em Séries

Segunda temporada da série Casa das flores mantém o mesmo humor e estética que lembra o cinema de Pedro Almodóvar

A série mexicana Casa das flores chamou a atenção por juntar comédia e melodrama em doses semelhantes, num resultado interessante. No catálogo da Netflix, a segunda temporada da atração segue o mesmo caminho, sem tirar nem por: até mesmo os episódios são batizados com nomes de flores seguidos do sentimento que elas representam. E isso pode ser um problema: falta novidade nos 9 capítulos que se seguem.

A segunda temporada de Casa das flores (ou La casa de las flores, no original) começa praticamente no mesmo ponto em que a primeira nos deixa. Mas com uma importante e crucial diferença: três anos depois, a matriarca dos De la Mora, Virgínia (Veronica Castro) está morta e deixou um testamento que acaba de ser misteriosamente anulado. A saída de Veronica deixa um buraco enorme em Casa das flores ー a melhor atriz da primeira temporada não volta nem em flashbacks.

O caminho fica aberto para os três filhos Paulina (Cecilia Suárez), Elena (Aislinn Derbez) e Julián (Dario Yazbek Bernal) e para o marido Ernesto (Arturo Rios) brilharem. Os três primeiros têm poucas reviravoltas em suas tramas e continuam bem no papel ー apenas Cecilia soa bem acima do tom algumas vezes. A novidade fica para Ernesto, que está envolvido com uma espécie de seita que cita Osho como guru e arranca algumas gargalhadas. Diego (Juan Medina) ー ex-marido, atual marido, ex-marido… de Julián ー e o novato e misterioso Alejo (Eduardo Rosas) têm participação chave no mistério da anulação do testamento.

Cena da segunda temporada de Casa das Flores
Irmãos têm que descobrir o que anulou o testamento da mãe deles na segunda temporada de Casa das flores

Em meio a isso tudo, os três herdeiros resolvem recuperar o império da família, tentando reaver primeiro a boate e depois a floricultura. Ponto para Manolo Caro, criador da série, que usa do artifício da boate para trazer de volta o colorido e a trilha sonora — que desta vez tem Ilariê (sim a de Xuxa!) em espanhol. As cores e as músicas continuam marcantes da estética de Casa das flores.

A segunda temporada de Casa das flores vai continuar agradando quem gostou da fase inicial e não deve conquistar novos fãs. Mas isso não parece ser um problema para a Netflix, que já acenou para a terceira temporada. O mote foi dado, pois o fim da temporada deixa um ótimo gancho.