Big brother Brasil chega à 21ª temporada buscando manter o grande público conquistado no ano passado. Para isso, investe na presença de famosos e na maior diversidade. Elenco tem a brasiliense Sarah Andrade
Por Adriana Izel e Ronayre Nunes
A partir de amanhã (25/1), e por mais 99 dias, o Big brother Brasil fará parte da rotina dos brasileiros, figurando nas conversas de WhatsApp, agitando o Twitter e, claro, tomando conta da programação televisiva da Globo, do Globoplay e do Multishow. Tudo na famosa “espiadinha” sob o comando de Tiago Leifert, apresentador desde 2017, quando Pedro Bial deixou o programa.
Essa será a maior edição da história do BBB, resultado do sucesso conquistado no ano passado, quando a audiência subiu em função, principalmente, do período de isolamento social. “O sucesso dos realities shows de confinamento é sempre um mistério, porque depende da empatia do público com os participantes e isso muda a cada edição. Mas, no ano passado, tivemos um elemento novo: o confinamento também passou a fazer parte das nossas vidas por conta da pandemia do coronavírus. Quem sabe o telespectador, isolado socialmente, obrigado a se confinar, não tenha se identificado com quem vai ‘profissionalmente’ para um confinamento que é transmitido para todo o país?”, indaga Cláudio Ferreira, jornalista e autor do livro A dinâmica dos reality shows na televisão aberta brasileira.
Também é se inspirando na edição de 2020 — e de olho na boa repercussão da temporada de A fazenda no ano passado — que o reality show mantém o time de participantes, mesclado entre famosos e anônimos, nos chamados Camarote e Pipoca. Neste ano, inclusive, participam nomes bastante conhecidos do público: a atriz Carla Diaz, o ator e cantor Fiuk, a rapper e apresentadora Karol Conká, o rapper Projota, o comediante Nego Di, a youtuber Viih Tube, a funkeira Pocah, a digital influencer Camilla de Lucas, o ator e cantor Lucas Penteado e o sertanejo Rodolffo.
No lado dos anônimos, o programa preza por perfis que fizeram história na atração. Há os marombeiros Arthur e Arcrebiano; o fazendeiro Caio, que representa a paixão do reality show por um “cowboy” — dois deles saíram premiados: Rodrigo (BBB2) e Fael (BBB12) ; as belas Kerline, Sarah e Thaís; a “doidinha” Juliette; a DJ Lumena e até os intelectuais João Luiz e Gilberto.
Na Pipoca, vale destacar a volta de uma brasiliense ao time. É Sarah Andrade, 29 anos, consultora de marketing digital. Essa é a primeira vez, desde a edição de 2017, que o Distrito Federal terá um representante novamente no reality show (relembre no quadro outros brasilienses no BBB). Pelas redes sociais, a candanga deixou um conteúdo programado em que falou que viveu um período de ansiedade e incerteza antes de entrar no programa e, agora, pede: “Conto com a torcida de vocês”. Ao todo, são 20 participantes na disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão.
Dinâmica da temporada
O programa começa antes mesmo do início. Desde a terça-feira passada e até hoje, os brothers e as sisters participam de uma votação. O público escolhe três integrantes da Pipoca e três do Camarote para entrarem na casa com imunidade, ou seja, sem poderem ser votados no paredão. Os seis escolhidos ficarão separados do restante dos 14 participantes e também terão a missão de indicar uma pessoa ao primeiro paredão do Big brother Brasil.
A dinâmica promete movimentar a casa e recicla elementos usados em temporadas anteriores, como a separação de grupos — a primeira vez foi no BBB9, quando um muro dividia a casa em lado A e lado B — e a votação pelos preferidos do público — que movimentou a primeira semana do BBB19.
Outra novidade é em relação ao VIP e à Xepa, grupos que separam os participantes após a prova da comida e definem como será a alimentação deles naquela semana, se mais luxuosa, ou mais simples. Pela primeira vez, as cozinhas ficam lado a lado na parte interna da casa. Na decoração, elas são um encontro entre a modernidade e a tradição: a cozinha VIP tem ares industriais, enquanto a da Xepa tem inspiração na decoração de uma cozinha de avó.
No mais, o BBB21 segue os moldes das outras edições, com um líder que tem imunidade e poder de indicação ao paredão (além, agora, de participação num podcast); paredão com prova do Bate e volta; Bigfone, Anjo e Monstro, Jogo da Discórdia e #FeedBBB, esse último com conteúdos digitais para dentro e fora da casa.
As festas, que também se tornaram tradição, farão parte da temporada. Sobre a casa, mudanças na academia, que terá um lounge para acomodar os participantes, e um grande painel com as caricaturas de todos os participantes para que sejam organizadas estratégicas, similar à Mesa Tática do líder.