Inspirado em ranking do site Variety, Próximo Capítulo lista as 10 melhores séries de 2017 — levando em consideração o que foi lançado até agora
O ano de 2017 passou correndo e — pasmem! — já estamos em julho. Nesses sete meses, novas séries estrearam e produções antigas retornaram à programação com suas sequências. O site Variety fez um ranking celebrando as melhores séries da televisão de 2017, até agora. Inspirado nesse post, nós do Próximo Capítulo apresentamos a nossa lista. Será que você concorda?
Melhores séries de 2017
Escolha unânime
The young pope: Chegar a uma produção que fosse unanimidade para a lista foi difícil até porque cada um tem seu estilo. A série escolhida pelo Próximo Capítulo foi The young pope, que estreou no Brasil em maio no canal Fox Premium. A produção acompanha a história do protagonista Lenny Belardo (Jude Law), o primeiro papa norte-americano no Vaticano. Jude Law está ótimo em sua atuação (assim como boa parte do elenco), a trama é bastante envolvente e ainda tem um visual bonito. Leia e assista nossa crítica aqui.
Escolhas da Adriana
Taboo: Uma das minhas surpresas de 2017, a produção foi criada e protagonizada por Tom Hardy (Mad Max: Estrada de fúria e O regresso), que interpreta James Keziah Delaney, um homem que foi dado como morto, mas retorna à sua cidade natal após a morte do pai. De volta a Londres, Delaney vai lutar para não perder sua herança: uma terra importante na guerra entre o território britânico e americano.
Apesar de não ter uma trama à primeira vista envolvente, é exatamente o contrário que acontece. A cada episódio, a história avança e faz com que o espectador fique envolvido. O protagonista, por ser um anti-herói, é bastante interessante e conta com uma ótima atuação de Tom Hardy. Não se surpreenda se o ator receber indicações aos prêmios Emmy e Globo de Ouro — inclusive, estou na torcida. A produção estreou em abril na Fox Premium.
The leftovers: A terceira temporada de The leftovers estreou e terminou neste ano, com exibição pela HBO. Foram apenas oito episódios, que foram dignos de encerrar essa série, que sempre foi menosprezada por boa parte do público. Para quem não conhece, a produção abordava a história de uma comunidade após o desaparecimento — sem explicação — de 2% da população.
O principal mérito da terceira temporada de The leftovers foi fazer justiça a história da série, que nada mais era do que uma trama sobre a difícil trajetória de quem ficou no mundo após o “arrebatamento”. Tem tudo que achei aqui, vem ler!
American gods: Sim, eu reclamei aqui no blog do ritmo lento da primeira temporada de American gods. Mas é impossível não elogiar essa série e incluí-la nessa lista de melhores séries de 2017. Baseada em livro homônimo de Neil Gaiman, a série mostra a disputa entre velhos e novos deuses nos Estados Unidos.
Os grandes méritos da produção são, em primeiro lugar, trazer uma história inédita na televisão, mas há também o visual, mérito e assinatura do diretor Bryan Fuller, a ousadia de trazer temas importantes e, claro, um bom elenco.
Escolhas da Luisa
Bates Motel: A quinta e última temporada da série, que foi ao ar entre fevereiro e abril nos Estados Unidos, foi um fim perfeito para um série excepcional. Eu já escrevi sobre isso aqui no blog, mas essa produção merece todos os elogios possíveis. O seriado não se prolongou, soube a hora certa de colocar um ponto final na saga de Norman Bates, e entregou no último episódio tudo o que os fãs esperavam. Depois de tantas nomeações, acho que chegou a hora de entregar todos os prêmios para o jovem Freddie Highmore, que interpreta o personagem principal da história.
A série conta a história de Norman Bates, o famoso assassino de Psicose, clássico de Hitchcock. O roteiro mostra toda a evolução do personagem até o desfecho da série de crimes que comete, e a relação conturbada que o assassino mantem com a mãe, interpretada por ninguém menos que a talentosa Vera Farmiga.
The handmaid’s tale: A série estreante virou o assunto do ano. Baseada no livro O conto da aia de Margaret Atwood, a distopia foi adaptada para a tela com nomes já conhecidos pelos fãs, como Elisabeth Moss, Samira Wiley, Alexis Bledel e Yvone Strahovski. A história é verdadeiramente perturbadora, mas quem aguenta ver as imagens fortes (que são muitas) se depara com um roteiro brilhante, excelentes atuações e uma fotografia linda.
Se você ainda não conhece a série, pode ler um pouco mais sobre ela neste post. A narrativa se passa em um futuro alternativo, em que um grupo de ultraconservadores religiosos instituiram uma sociedade patriarcal em que a Bíblia é a lei. Após uma onda de infertilidade que assolou o mundo, esta nova ordem resolve selecionar as mulheres férteis para serem “aias”, mulheres que servem a família de poderosos, com a única missão de gerar os seus filhos.
Big little lies: A produção da HBO apostou em nomes de peso: Reese Witherspoon, Nicole Kidman e Shailene Woodley. Além de tratar de temas importantes, como violência doméstica, estupro e bullying, a série ainda tem uma trilha sonora de arrepiar. A gente até deu a dica de onde achar as músicas aqui.
A trama mostra três mães que se aproximam quando os filhos começam a estudar juntos no jardim de infância. A vida aparentemente pacata muda drasticamente e o roteiro segue o mistério de um assassinato que tirou a tranquilidade da pequena cidade. Detalhe: o telespectador não sabe quem matou, nem quem morreu.
Escolha do Vinicius
Dois irmãos: É claro que minha lista começa com uma representante da tevê aberta! Dois irmãos ficou quase dois anos prontinha, esperando na prateleira da Globo. Valeu a pena esperar. O livro de Milton Hatoum foi brilhantemente adaptada para as telas pelo diretor Luiz Fernando Carvalho.
Os gêmeos Omar e Yakub foram papéis sob medida para Cauã Reymond mostrar para quem ainda não havia percebido que ele está em boa fase na carreira. Seja na explosão de um, seja na introspecção do outro, ele esteve sempre impecável. Assim como Matheus Abreu, ator que interpretou os irmãos quando jovens. Não foi na semelhança física que Matheus chegou perto de Cauã — os dois mostraram força no olhar ao viver os protagonistas de Dois irmãos. A luz da série é outro ponto que merece ser destacado. Escura para alguns, para mim ela estava sob medida para a sombra onde vivia a família que ainda tinha Zana (Juliana Paes/Eliane Giardini) e Halim (Antonio Calloni/ Antônio Fagundes).
Desventuras em série: Ai meu Deus! Vocês vão pensar que só gosto de séries escuras. Não é verdade, mas devo admitir que a luz de Desventuras em série realmente me conquistou. Isso à primeira vista. Depois veio a trama dos órfãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire. Quando eles perdem os pais, os pobrezinhos passam para a tutela de Conde Olaf (o impecável Neil Patrick Harris). Mais do que cuidar dos meninos — bem mais! –, a preocupação do vilão está em roubar a herança deixada pelos pais deles.
Quem é antenado em literatura sabe que a produção da Netflix é uma adaptação da saga homônima assinada por Lemony Snicket. E também sabe que o texto, além de sombrio, é muito bem-humorado — mais engraçado que muita comédia assumida por aí.
Sense8: Sim… faço parte da legião de órfãos de Sense8. Mesmo sabendo que a segunda temporada não veio tão forte quanto a primeira, não dá para deixar a atração multi-étnica de lado.
Perguntas ficaram sem respostas que provavelmente serão respondidas num longa (atenção, Academia!). Com os personagens e as tramas devidamente apresentados na temporada anterior, a produção da Netflix já começa em alta voltagem. Os episódios são eletrizantes, as atuações redondinhas e o roteiro (finalmente) conseguem chamar mais a atenção que os nudes e as orgias. Já estou com saudades!