Entra ano, sai ano, e a televisão tem poucas renovações quando se trata de apresentadores. A impressão é de que há uma dose de medo de ousar e investir em novos nomes. Isso ficou evidente nos últimos meses quando as televisões abertas lançaram novas atrações com velhos conhecidos do público no comando.
Na RedeTV!, a aposta foi em Claudete Troiano, apresentadora marcada pelos programas voltados para o público feminino. A primeira experiência na telinha foi em 1960. Neste ano, ela estreou em 5 de outubro comandando o novíssimo Vou te contar. No mesmo dia, Ana Maria Braga, apresentadora desde 1977, retomava o posto no Mais você, que após meses dentro do Encontro com Fátima, voltou a ser um programa na grade da Globo.
Outra loira, bastante conhecida como apresentadora na telinha, também retornou recentemente: Angélica. No ar desde 1987, quando tinha 13 anos, a apresentadora ganhou outra atração. Depois do fim de Estrelas, agora ela comanda Simples assim, programa que pretende falar de temas mais profundos e atuais, como a busca pela felicidade.
Esses retornos reforçam que, mesmo quando investem em novidades, as emissoras mantêm os nomes e os rostos familiares ao público. É compreensível que os mais experientes sejam celebrados, mas, também, é necessário abrir as portas para uma nova geração. Porque, se não fica cada vez mais difícil projetar os futuros Faustão e Silvio Santos, a exemplo da “cadeira” ainda vaga de Hebe.
