Ana Flávia Cavalcanti busca exercer a função social por meio dos personagens dela

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Ana Flávia Cavalcanti fez sucesso em produções como Sob pressão e Malhação – Viva a diferença por escolher personagens que mostram aspectos importantes da sociedade. Leia entrevista!

Por meio das personagens que vive na televisão, no streaming e nos palcos, a atriz Ana Flávia Cavalcanti vem levando reflexão ao público. O caminho escolhido por ela: tocar em feridas da sociedade como racismo e dependência química e em assuntos que estão sempre à margem como educação pública.

Na quarta temporada de Sob pressão, ela volta como Diana, viciada que reaparece em recuperação, mas com uma novidade nos braços. É o filho, fruto da relação dela com o médico Evandro (Julio Andrade), um dos protagonistas da série. Sob pressão volta dia 10 de agosto.

Assim como a Diana de Sob pressão, Ana Flávia entrega essa pegada social à enfermeira viciada Inês em Onde está meu coração, à professora Dóris de Malhação – Viva a diferença e à delegada Miriam de Amor de mãe.

Entrevista \\ Ana Flávia Cavalcanti

Ana Flavia Cavalcanti como Diana em Sob pressão

Nas séries Sob pressão e Onde está meu coração, você interpreta personagens com a temática do vício em drogas. Qual a importância de novelas e séries abordarem assuntos como esse?
Acredito que a dependência química, assim como outras temáticas sociais, precisam ser sempre discutidas na dramaturgia brasileira, juntamente com uma grande pesquisa de campo por trás. Contar a realidade de milhares de pessoas que sofrem com algum vício, com violência doméstica ou com preconceito se faz necessário para que as novelas consigam abordar cada vez mais a realidade dos nossos Brasis.

Com a Dóris você também abordava um assunto muito importante, a educação pública. Nesse tipo de papel a resposta do público é diferente?
Acredito que por ser uma novela que atraiu grande parte público jovem, o retorno foi muito especial e intenso. Até hoje sou parada na rua por pessoas que falam o quanto amaram a Dóris e o que ela representou para a luta por uma educação pública de qualidade. Para mim foi uma honra participar desse projeto.

Você viveu a professora Dóris em Malhação – Viva a Diferença e a delegada Miriam em Amor de mãe. Qual a importância de a televisão mostrar personagens pretas com histórias de destaque, como o caso da Doris?
Malhação foi um grande divisor de águas em minha carreira, pois pude interpretar uma personagem que interagia com vários personagens de destaque e tratou de um tema muito necessário para o nosso país, que é a valorização da educação. Personagens como a Dóris e a Miriam mostram que podemos ocupar qualquer lugar que quisermos e ir além de estereótipos que ainda marcam a carreira de muitos atores e atrizes pretos.

Amor de mãe teve que ser interrompida por causa da pandemia e voltou depois, menor do que seria. Isso atrapalhou de alguma forma a trama da Miriam?
Algumas narrativas da novela foram alteradas por conta da pandemia, mas não chegou a atrapalhar qualquer desenvolvimento, incluindo o da Miriam. Fazer uma novela das 21h é algo inesquecível e com certeza a maneira como a Manuela Dias conduziu a história é algo apaixonante.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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