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Projeto lança livros infantis com dicas de combate ao coronavírus
Para ajudar crianças em tempos de pandemia, obras digitais gratuitas abordam temas como proteção e higiene pessoal, disciplina escolar e rotina familiar
Devido à pandemia do novo coronavírus, o projeto brasiliense Sibita Livros Infantis precisou se reinventar. A editora pretendia se lançar ao mercado neste ano, mas a impossibilidade de publicar, imprimir e divulgar as obras fez com que a equipe alterasse a rota dos planos.
O grupo lançou uma pequena coleção de livros com dicas para o enfrentamento da covid-19. A leitura é digital e o download pode ser feito gratuitamente no site da editora.
Já estão disponíveis três livros: Guia do herói contra o inimigo invisível, Guia do estudante contra o inimigo invisível e Guia da família contra o inimigo invisível.
Sobre a iniciativa
A Sibita é um projeto brasiliense que surgiu do encontro entre dois apaixonados pelo universo infantil e suas possibilidades. Os idealizadores são um pai de primeira viagem e ilustrador profissional e uma relações públicas que gosta de contar histórias. Elder Galvão, pai da Manu, e a autora Soraia Lima se juntaram acreditando no poder transformador da leitura. A editora já começa inserida na corrente do bem que se forma durante a crise de covid-19.
Inspiração especial
Um dos livros teve as ilustrações inspiradas na pequena Júlia, uma menina do interior da Bahia. Em um vídeo, a menina diz que vai “acabar com o coronavírus”, influenciada pela leitura da primeira obra, que aborda o risco de contaminação e como as crianças podem ser as protagonistas (heróis ou heroínas) da própria proteção e higiene pessoal.
O livrinho Guia da família contra o inimigo invisível foi inspirado na Júlia e fala sobre amor, mudanças na rotina familiar e o valor de estar juntos cuidando uns dos outros todos os dias.
Os outros livros do projeto
O Guia do herói contra o inimigo invisível traz informações sobre como não se contagiar pelo coronavírus e como as crianças podem ser heróis e heroínas nessa missão.
Dedicada a estudantes, o Guia do estudante contra o inimigo invisível ilustra a importância de estabelecer uma disciplina escolar adequada frente às dificuldades do ensino a distância.
Incentivo à leitura
Além das obras, a Sibita Livros Infantis divulga dicas de incentivo à leitura nas redes sociais. O objetivo é ajudar os pais a despertarem o hábito da leitura nos filhos. As postagens são feitas no Instagram e no Facebook.
Gestantes que tiveram covid-19 podem procurar HUB para pré-natal e parto
Grupo de profissionais do hospital está fazendo pesquisa sobre os efeitos do coronavírus durante gestação, parto, puerpério e no recém-nascido
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) está fazendo, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), uma pesquisa sobre os efeitos da covid-19 na gestação e no desenvolvimento dos bebês.
Por isso, o hospital está aberto para o atendimento às gestantes que tiveram diagnóstico positivo de coronavírus para pré-natal, parto e acompanhamento da criança.
As mulheres serão avaliadas e acompanhadas por um grupo de profissionais para analisar os efeitos do vírus durante a gestação, parto, puerpério (período pós-parto) e no recém-nascido.
O objetivo é acompanhar 300 gestantes para avaliar, por exemplo, se a covid-19 aumenta o risco de abortamento, parto prematuro, pré-eclâmpsia e malformação fetal e se o vírus pode ser transmitido da mãe para o feto.
A equipe acompanhará o desenvolvimento dos bebês desde o nascimento até os 5 anos de idade para analisar se o vírus interferiu no desenvolvimento neuropsicomotor da criança e se aumentou a mortalidade infantil.
Para ser atendida no HUB e participar da pesquisa, a gestante deve entrar em contato com o hospital pelo número (61) 2028-5232. É preciso ter, no mínimo, 18 anos e diagnóstico confirmado da covid-19 há pelo menos 14 dias.
Além disso, a mulher não pode ter suspeita ou confirmação de outras infecções congênitas ou doenças crônicas pré-existentes, exceto diabetes e hipertensão.
Rede da primeira infância alerta para uso de telas na pandemia
Por Ana Luísa Santos*
Na manhã desta quinta-feira (14/5), a Rede Nacional da Primeira Infância (RNPI) promoveu um webinar sobre a saúde física e psicológica das crianças neste momento de distanciamento social. A RNPI alerta também para o uso excessivo de telas e a internet por crianças durante a pandemia de covid-19.
A médica pediatra e clínica de adolescentes Evelyn Eisenstein explica que o uso de tablets, smartphones e o acesso à internet por crianças de até 3 não deve ser incentivado. “O tempo da tela está sendo compartilhado com o pai ou com a mãe? Ou é um tempo de abandono afetivo? É muito importante essa diferenciação”, pontua. Evelyn também é professora associada e aposentada pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), diretora da Clínica de Adolescentes e coordenadora da Rede ESSE Mundo Digital.
Durante o webinar, foi apresentado levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) sobre os principais problemas médicos e alertas de saúde das crianças e adolescentes na era digital, principalmente neste momento de isolamento social. Entre os transtornos causados pelo uso excessivo dessas tecnologias estão: problemas de saúde mental, como irritabilidade, ansiedade e depressão, déficit de atenção, distúrbios de fala, sono e alimentação.
Escuta atenta ajuda crianças
A mestra em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) Maria Tereza Maldonado evidencia que é essencial a compreensão de pais e mães com relação às emoções das crianças, principalmente no cenário atual. “É necessário uma escuta atenta ao sentimento expresso pelas crianças, uma escuta acolhedora, colocando os limites necessários depois de sintonizar com o que a criança está sentindo. Essa é uma ferramenta essencial para preservar a saúde emocional”, explica.
Prevenção de covid-19 deve começar cedo
A médica e endocrinologista pediátrica e professora do departamento de pediatria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) Cristiane Kopacek afirma, que apesar de as crianças, geralmente, não terem evolução grave da covid-19, é necessário ensiná-las como se prevenir da doença. “Crianças tendem a ter menos inflamações crônicas no comparativo com adultos, por estarem no começo da vida”, esclarece.
Ela destaca que é necessário que pais, mães e responsáveis deem o exemplo em relação às questões de higiene para evitar a transmissão do novo coronavírus. “Ensinar as crianças a usarem o cotovelo ou toalha de papel ao espirrar ou tossir é muito importante”, afirma.
Mais orientações sobre como lidar com as crianças durante a pandemia do novo coronavírus estão dispostas na cartilha elaborada pela Sociedade Brasileira de Pediatria no site da instituição.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa