Mês: novembro 2023
Entre 12 e 14 dezembro, o TÔ NO CINEMINHA faz sua estreia nacional na Caixa Cultural Brasília. Projeto inédito na América Latina, o festival se propõe a acompanhar bebês e crianças pequenas nas suas primeiras emoções com a sétima arte. A iniciativa reúne música e cinema com foco no público de 18 meses a 5 anos de idade. O programa, todo gratuito, inclui três cineconcertos internacionais em cinco apresentações – com sessões pela manhã e de tarde – oficina para crianças e um espaço ambientado para brincadeiras e jogos.
Na programação, estão curtas de animação de diferentes nacionalidades, como República Tcheca, Alemanha, Letônia, França, Rússia, Suíça, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos, que são exibidos com trilha sonora executada ao vivo no palco. Logo após cada apresentação, as famílias são convidadas a brincar e interagir, no hall do teatro da Caixa Cultural Brasília, com atividades lúdicas e surpresas especialmente pensadas para os pequenos.
A programação inclui ainda a oficina “A Descoberta dos Sons”, com experimentação de instrumentos, especialmente dirigida a crianças entre 3 e 5 anos de idade. A cantora e compositora brasiliense Ana Reis fará uma participação especial durante as sessões do espetáculo “1001 Cores”.
PROGRAMAÇÃO
Terça-feira, 12/12
9h30 – Cineconcerto 1001 Cores (1001 Couleurs)
Sessão com acessibilidade: LIBRAS
15h30 – Cineconcerto O Clarão da Lua (Clair de Lune)
17h – Masterclass Composição de Trilhas Sonoras e Cineconcertos para Primeira Infância
Quarta-feira, 13/12
9h30 – O Clarão da Lua (Clair de Lune)
15h30 – Máquina dos Sonhos (Machines à Rêves)
Quinta-feira, 14/12
14h – Oficina A Descoberta dos Sons
15h30 – 1001 Cores (1001 Couleurs)
Para mais informações sobre os filmes e atividades: www.tonocineminha.com.br
UNICEF e governo assinam acordo para combater racismo na primeira infância
No Dia Nacional da Consciência Negra e Dia Mundial da Criança, celebrados nesta semana, o UNICEF e os Ministérios da Igualdade Racial (MIR), da Saúde (MS), da Educação (MEC), dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) assinaram um memorando para oficializar a parceria da estratégia PIA – Primeira Infância Antirracista.
O documento firma um acordo de cooperação intersetorial e interministerial para implementar ações focadas na promoção de uma primeira infância antirracista, que inclui a capacitação de profissionais de saúde, assistência social e educação sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil e práticas antirracistas nesses serviços.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou a importância da iniciativa. “O projeto Primeira Infância Antirracista é fundamental para a proteção de crianças negras que precisam lidar com o racismo antes mesmo de compreendê-lo. É de extrema importância ter profissionais preparados e letrados para lidar com nossas crianças, compreendendo suas especificidades e trabalhando na proteção desses meninos e meninas”, pontuou.
A parceria também prevê a realização de seminários e eventos em capitais e outras cidades prioritárias, além da produção e disseminação de materiais relacionados a práticas antirracistas nos serviços de atendimento às gestantes, crianças negras e indígenas, com especial atenção à primeira infância.
“O racismo impacta meninas e meninos desde os primeiros anos de vida. É urgente cortar o mal pela raiz para garantir plenamente os direitos de crianças e adolescentes. O acordo que estamos assinando hoje (…) é significativo, um passo fundamental para que o Brasil garanta a proteção integral da primeira infância contra o racismo e a discriminação”, diz o representante do UNICEF no Brasil, Youssouf Abdel-Jelil.
Sobre a estratégia PIA
A estratégia PIA – Primeira Infância Antirracista é uma iniciativa do UNICEF Brasil, em parceria com o Instituto Promundo, e tem como objetivo chamar a atenção de profissionais brasileiros da educação, assistência social e saúde sobre os impactos do racismo no desenvolvimento infantil, além de garantir, de fato, um atendimento qualificado e humanizado, que leve em consideração as especificidades étnicas e raciais das crianças e suas famílias, apoiando mães, pais ou cuidadores a exercer uma parentalidade positiva e estruturante das bases do desenvolvimento infantil.
Ao vivo: governo reforça Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro da Educação, Camilo Santana, participam nesta terça-feira, 21/11, de evento para o fortalecimento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI). Durante o evento, o governo anunciará o investimento de mais de R$ 3 bilhões em ações para ampliar o acesso e a permanência de estudantes com deficiência em escolas regulares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, diz que a Educação Especial é uma modalidade de educação escolar transversal as outras etapas, níveis e modalidades, o que quer dizer que seus recursos, apoios e profissionais devem ser garantidos a estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação ao longo de todo seu processo de escolarização.
Assista à transmissão do evento ao vivo aqui.
Saiba mais
A Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, foi baseada na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), que define que a educação escolar deve acontecer na convivência entre todas as pessoas, em salas de aulas comuns, reconhecendo e respeitando diferentes formas de comunicar, mover, perceber, relacionar-se, sentir e pensar. Segundo a política, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), fora das salas de aula regulares, pode ocorrer por meio de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), atividades colaborativas e outras iniciativas inclusivas para que o acesso ao currículo seja plenamente garantido.
Dia Nacional da Alfabetização reforça importância dessa fase para o desenvolvimento da criança
Especialista em educação explica processo de aprendizagem da escrita e como pais podem perceber se há dificuldades no percurso
Michelle Gössling Cardoso
O processo de alfabetização é o período em que as crianças aprendem a ler e escrever. Ele se inicia na educação infantil, e tem continuidade nos primeiros anos do ensino fundamental. Esta é uma fase de extrema importância para o desenvolvimento da aprendizagem. Tão relevante que ganhou seu próprio dia. Hoje, 14 de novembro é comemorado o Dia Nacional da Alfabetização.
O primeiro passo no processo de alfabetização é familiarizar as crianças com o sistema de escrita, apresentando as letras do alfabeto e seus sons correspondentes. Isso é feito por meio de atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras com rimas, músicas, escrita espontânea e histórias. O despertar do interesse das crianças pela linguagem escrita deve ser de maneira leve, prazerosa e com muito acolhimento.
À medida que as crianças vão reconhecendo as letras e seus sons, elas começam a aprender a combinar esses sons para formar palavras. Isso envolve a compreensão dos princípios fonéticos, ou seja, a relação entre os sons da fala e as letras escritas.
A importância da prática adequada
As crianças devem ser expostas a textos simples, relacionados aos projetos trabalhados em sala, sempre com temáticas que sejam do interesse e realidade delas para que a aprendizagem seja significativa. Aos poucos, elas desenvolvem a habilidade de decodificar as palavras, associando os sons às letras e lendo de forma fluente.
A compreensão do texto também é fundamental na alfabetização. O envolvimento das crianças em discussões e atividades de interação, incentivam a compreensão do significado das palavras e das frases e a interpretação do texto de forma geral.
Ao mesmo tempo em que estão aprendendo a ler, também são estimuladas a desenvolver habilidades de escrita. Começam escrevendo letras isoladas, depois palavras simples , até chegarem em frases e textos.
É muito importante ressaltar ainda que o processo de alfabetização é gradual e individual, cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizagem e isso deve ser respeitado. Os professores desempenham um papel fundamental nesse processo, oferecendo atividades adequadas ao nível de desenvolvimento de cada aluno e fornecendo apoio e orientação individualizada. Por isso, as atividades e estratégias de ensino devem ser adaptadas de acordo com as necessidades específicas de cada um.
Como perceber se há dificuldade na aprendizagem?
Com um acompanhamento cuidadoso e individualizado, é possível identificar se comportamentos desafiadores e instabilidade socioemocional da criança são sinais de dificuldades de aprendizagem ou até mesmo o contrário, se essas dificuldades apresentadas e instabilidade não são fatores que impactam e trazem mais desafios para o processo.
Os professores e a equipe multidisciplinar das instituições devem estar atentos a esses comportamentos oferecendo o suporte adequado às crianças que estão passando por desafios. Trabalhar as necessidades socioemocionais, criando um ambiente seguro, acolhedor e em parceria com as famílias, maximiza o potencial de cada um e promove a aprendizagem, motivação, envolvimento e concentração das crianças de forma mais eficaz com um trabalho de formação integral. É preciso então que todos estejam empenhados em ajudar essas crianças a se alfabetizarem com qualidade.
Sobre a autora
Michelle Gössling Cardoso cursou Pedagogia na Universidade de Brasília e tem especialização em novas metodologias, tendências e foco no aluno na moderna educação, o fazer pedagógico bilíngue na educação infantil e em gestão escolar. Atua como coordenadora pedagógica do 1° ano no Colégio Everest Brasília.