Mês: junho 2018
Quem resiste a uma pechincha? Nosso amigo estranhou o preço da casa, ou melhor de uma mansão, no Lago Sul; na verdade, desconfiou do valor tão baixo e mais ainda quando soube que o dono tinha projetado e construído o imóvel para atender as próprias exigências, com adega, sauna e até um quarto escuro, pintado de vermelho, que não […]
Toda noite quando chegava em casa ele era recebido pelo papagaio, aos brados: – Chegou o cachaceiro! Pinguço! Se sentia um personagem de piada; e reclamava da hoje ex-mulher para os companheiros, que havia ensinado o pássaro a repetir sempre as mesmas frases, inclusive com o tom exclamativo, quando ele chegava à noite. O pior é que o papagaio estava […]
O brasileiro ainda procura o fio da meada da História, tentando entender o que está acontecendo com o País, e buscando uma explicação para o emaranhado do novelo; mas no meio do caminho tem uma Copa do Mundo. Ainda bem. O escrete entra em campo hoje com uma obrigação a mais desta vez, além de jogar futebol: mostrar que o […]
Sempre de camisa social – e com bolsos, onde guarda papéis amarfanhados – ele apareceu no bar naquele final de manhã vestindo uma camiseta amarela; não tinha número nas costas, nome de jogador e nem o escudo da CBF, mas era evidente que era o tal clima da Copa chegando. Ninguém falou nada, mas havia espanto no ar. Afinal, tratava-se […]
O Zé Colmeia que se cuide e dê um jeito de proteger o Catatau. A Comissão de Caça e Pesca do estado de Wyoming, Estados Unidos, aprovou a caça aos ursos pardos na região do parque de Yellowstone – lar dos dois ursos animados – e, ironicamente, um marco na proteção à natureza desde a inauguração em 1872. A justificativa […]
A oclocracia sempre foi – mais que um palavrão – uma ilusão. Melhor, uma teoria. O termo criado por Aristóteles servia apenas para denominar uma das três formas de degeneração de um governo; ninguém nunca levou a sério como política viável, já que define o exercício do poder pela plebe. Até agora. A exceção foi John Lennon, que fez até […]
Por 418 anos o Brasil admirou muitas pessoas, mas não havia ídolos. Nem desses que duram quatro minutos e meio, muito menos os mais duradouros. Em 1918, o futebol era incipiente, assim como a música popular; o rádio só apareceria cinco anos depois e televisão não tinha nem em filmes de ficção científica, embora esses existissem desde 1902, quando foi […]
Tenho um amigo que não fala a palavra ‘azar’, por achar que vai atrair alguma mandinga; outro camarada se recusa a ir ao cemitério – “quem não é visto não é lembrado”, repete, acreditando que a figura nefasta está sempre à espreita, de foice na mão. E também conheço um que não fala ‘desgraça’; prefere trocar por infortúnio – que […]