Polícia Civil do DF indicia 29 pessoas por fraude em concurso do STJ

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A corporação chegou até os funcionários do STJ a partir de suspeitas levantadas pelo próprio corpo técnico do órgão, que notou baixo desempenho em alguns servidores

 

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito que  apura fraude em concurso público do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito da Operação Panoptes. Foram indiciadas 29 pessoas pelos crimes de fraute em certame e corrupção ativa.

De acordo com o delegado Adriano Valente, entre os indiciados está também um ex-funcionário do próprio Cebraspe que fraudava o processo trocando cartões de respostas. Ele, inclusive, já foi preso.

O inquérito já foi encaminhado para a Justiça.

Ao Papo de Concurseiro, o STJ esclareceu que a fraude ocorreu no concurso de 2015 e que foi apurada em processo administrativo disciplinar e resultou na exoneração de seis ex-servidores, em dezembro do ano passado. Além disso, o STJ encaminhou ao Ministério Público Federal as informações necessárias para a propositura de Ação de Improbidade Administrativa contra os fraudadores então identificados.

“A Corte atua em estreita colaboração com a autoridade policial para a completa elucidação dos fatos e acompanha de perto o inquérito que foi enviado ao Poder Judiciário nesta semana”, informou.

O Tribunal afirmou também que ainda não teve acesso às informações constantes do relatório final das investigações da PCDF, para verificar se haverá algum desdobramento adicional envolvendo outros servidores. “Em havendo, serão imediatamente instaurados os procedimentos disciplinares decorrentes”, frisou.

 

Investigação

Os servidores começaram a ser investigados na Operação Panoptes em dezembro de 2018. Na ocasião, a
Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) realizou 13 mandados de busca e apreensão em vários
locais do DF e indicou que eram feitos pagamentos de R$83 mil por candidato que tinha intenção de
fraudar o concurso.

A corporação chegou até os funcionários do STJ a partir de suspeitas levantadas pelo próprio corpo
técnico do órgão, que notou baixo desempenho em alguns servidores.

Os servidores são suspeitos de terem participado de um esquema de compra de gabarito do certame
promovido pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de promoção de Eventos
(Cebraspe/UnB).

De acordo com o delegado Adriano Valente, diretor da Draco, a informação de que o certame teria sido
fraudado foi trazida por uma candidata que tentou violar o concurso da Secretaria de Educação do
Distrito Federal, que inclusive já foi alvo de uma fase anterior da operação. “Demos conta de que
havia sido oferecida também a ela uma vaga no STJ. Desse modo, demos início à investigação voltada
especificamente a esse concurso”, explicou.

Ainda segundo a Polícia Civil, os membros da organização criminosa aliciavam estudantes em portas de
cursinho e um deles, que era porteiro de um condomínio, convidava os moradores de condomínio que
tentavam a vaga para aderir ao esquema e pagar a referida quantia de mais de R$ 80 mil.

Fraude em concurso do STJ provoca operação da Polícia Civil do DF

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Com o objetivo de cumprir 13 mandados de busca em vários locais do Distrito Federal, a Polícia Civil local (PCDF) deflagrou, nesta quarta-feira (19/12) a quarta fase da Operação Panoptes. Desta vez o alvo é o concurso público do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que teria sido fraudado. A operação foi realizada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e, até o fechamento da reportagem, a Divisão de Comunicação da corporação não forneceu mais informações. A corporação informou posteriormente que haverá uma coletiva de imprensa às 14h30.

De acordo com o STJ, a investigação é sobre o concurso de 2015. Leia mais em: Baixo desempenho de servidores levou STJ a procurar Polícia Civil

 

Operação Panoptes

Segundo informações da PCDF, a operação é voltada a desarticular grupos criminosos que se dedicam a fraudar concursos públicos. As ações visam, ainda, à execução de medidas judiciais contra os candidatos que compraram vagas em concursos públicos do DF.

Nas duas primeiras fases, foram presas 12 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa responsável pelo aliciamento de candidatos para a realização da fraude e ficou conhecida como a Máfia dos Concursos. Entre os presos estava o líder do grupo, assim como o segundo na cadeia de comando da fraude, e um ex-funcionário da Cebraspe, responsável por executar a fraude dentro da banca examinadora.

A terceira fase foi deflagrada em março deste ano e recebeu o nome de Magister, mestre em Latim, pois apurou fraude no concurso público da Secretaria de Educação para os cargos de professor e apoio administrativo. Os policiais civis cumpriram nove mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Entre os suspeitos, seis professores da rede pública de ensino, nomeados no último concurso.