Lorena Pacheco – A Companhia do Metropolitano de Brasília continua liberando as catracas para os passageiros devido à falta de funcionários públicos. Segundo a assessoria da empresa, com exceção das estações Central e Shopping, em todas as demais 22 paradas houve falta de servidor, em algum momento do dia, seja para cobrir os intervalos de almoço ou lanche, o que abrange cerca de 91% das estações hoje em funcionamento.
O Metrô afirma que teve que liberar o acesso aos usuários para evitar fechar as estações e assim minimizar os transtornos a quem precisa utilizar o sistema. As estações onde isso mais aconteceu no mês de abril foram 114 Sul e Ceilândia Sul.
Em audiência pública, realizada no último dia 7 de abril na Câmara dos Deputados, o presidente do Metrô, Marcelo Dourado, afirmou que pretende convocar 324 aprovados do último concurso público, assim que o governo conseguir sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – a próxima avaliação sobre os limites da LRF acontecerá no final de maio. Segundo Dourado, as nomeações seriam realizadas num prazo de 15 dias após a liberação e outras 311 nomeações ainda serão negociadas com a Secretaria de Planejamento e Gestão. Até o momento foram nomeados somente 30 aprovados da última seleção.
O Metrô funciona atualmente com 991 servidores efetivos, mas o quantitativo não é suficiente para suprir a demanda de trabalho diário. A necessidade de pessoal para que as estações funcionem de forma adequada é de pelo menos 350 servidores, defende o órgão que representa a categoria. Segundo o sindicato, as viagens gratuitas têm causado um prejuízo estimado em R$ 500 mil por mês, mas, segundo a empresa, o dano é de cerca de R$ 170 mil mensais. O Metrô transporta em média 160 mil passageiros por dia.