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glau dias Crédito: Reprodução glau dias

Polícia Federal apura caso de mulher acusada de fraude em concurso

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Após a internet acusar Glaucielle da Silva Dias, conhecida como Glau Dias, de ter fraudado as cotas raciais em concurso da Polícia Federal (PF), a corporação informou que está apurando as circunstâncias do fato.

Há alguns dias, começou a circular nas redes sociais uma foto que mostra a mulher na heteroidentificação da seleção da PF. A aparência da hoje empresária e influenciadora digital foi comparada com outras imagens dela, colhidas de suas redes sociais. Por ela aparecer, na foto tirada pela banca do concurso, com o cabelo ondulado e a pele mais escura, internautas a acusaram de ter fraudado o sistema de cotas.

Em vídeo em sua defesa, Glau afirma que é negra e nunca se escondeu de ninguém. “Eu não fiz nada de errado. Minha mãe é negra, minha avó é negra, toda a família é negra. Estudei sempre em escola pública. Estou sendo julgada por pessoas que não me conhecem e não conhecem minha história”, declarou. O vídeo já tem mais de 14 mil visualizações.

A banca organizadora da seleção da PF, o Cebraspe, também se pronunciou sobre o caso e afirmou repudiar tentativas de fraudes que “maculem o sistema de cotas para negros” e que, diante da suspeita de alguma ilegalidade, sua função é encaminhar as informações às forças policiais.

“Compete ao Cebraspe observar a legalidade dos procedimentos relacionados ao concurso público e garantir as informações e documentos necessários para eventual apuração de crime. Havendo suspeita ou denúncia de que fraude tenha ocorrido, o que cabe a este Centro é enviar todas as informações necessárias à apuração para a polícia, que procederá com as investigações.” Leia aqui a nota na íntregra.

Exoneração

No início do mês Glaucielle e o companheiro decidiram sair do serviço público para se dedicar a uma empresa familiar. Ela nega que a saída tenha envolvimento com a polêmica. A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 3.

No último dia 5, o noivo de Glau publicou nas redes um vídeo em que explica que eles não foram demitidos e, sim, exonerados a pedido, segundo ele, após o projeto nas redes intitulado de “Ouse passar” crescer muito e demandar atenção. Ele lembra também que quem é servidor público federal não pode administrar empresas, apenas ser sócio. “Tínhamos duas opções: ou continuar na PF ou sair para continuar com esse trabalho de mentoria e cursos. A gente acha que esse é o nosso propósito na Terra”, diz.

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