CNMP: disciplina de legislação de interesse institucional será prioritária na prova

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Luciano se prepara para o cargo de técnico administrativo e estuda oito horas por dia

(Foto: Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

Do Correio Braziliense   O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) oferece 87 vagas em certame promovido pela Fundação Carlos Chagas (FCC). As oportunidades são para cargos de níveis médio e superior, com salários que variam entre R$ 5.001,82 e R$ 8.178,06. As inscrições vão de 15 de dezembro até 21 de janeiro. As vagas são para técnico administrativo, técnico de segurança institucional (ambos de nível médio) e analista (nível superior nas especialidades direito, arquivologia, comunicação social, contabilidade, engenharia civil, estatística, gestão pública, controle interno, desenvolvimento de sistemas e suporte e infraestrutura). Os interessados podem fazer as provas para os dois níveis de formação em turnos diferentes se desejarem.

O edital publicado em 9 de dezembro oficializou o primeiro concurso do CNMP, órgão autônomo que tem como função fiscalizar as ações do Ministério Público da União (MPU). Antes as vagas disponíveis no órgão eram preenchidas por servidores do MPU. Desde a publicação do edital, Luciano Leal Júnior, 22 anos, tem se dedicado à preparação para a prova. “Estudo para concursos há um ano e comecei a estudar especificamente para este, pois oferece bom salário e número de vagas”, conta. Ele mantém uma grade de estudos em conjunto com um colega e estuda durante oito horas diariamente. Luciano se diz confiante e aposta nos cursos on-line. “Como é o primeiro concurso do tipo, vou ter que me dedicar mais a exercícios por não existirem provas anteriores para me basear. Mas não é impossível: videoaulas e apostilas ajudam”, diz.

Segundo Ricardo Gomes, professor de legislação interna do CNMP no Ponto dos Concursos, é necessário dedicar mais tempo e atenção para as disciplinas específicas. “A matéria de legislação de interesse institucional, certamente, exigirá esforço adicional. Apesar de este ser o primeiro concurso do tipo, o edital prevê cinco questões sobre o tema. Por isso, o estudo de temas como composição, competência e organização do conselho, bem como os direitos e vantagens e regime disciplinar dos servidores públicos civis da União deve ser visto como prioritário.”

A prova

As provas objetivas de todos os cargos serão compostas por 20 questões de conhecimentos gerais, sobre língua portuguesa (10), legislação de interesse institucional (5) e raciocínio lógico (5), além de 40 questões de conhecimentos específicos que variam para cada especialiade. Os interessados nos cargos de técnico administrativo e analista passarão ainda por prova discursiva, que pode ser uma questão dissertativa (no caso de analista com especialização em direito) ou redação (no caso de técnico adminstrativo e todos as outras especialidades de analista). Para técnico de segurança institucional, não é cobrada prova dissertativa, mas os candidatos passarão por teste de aptidão física.

“Para as questões discursivas, serão cobrados temas relacionados às especificidades da área. Para o cargo de analista jurídico, por exemplo, o tema derivará dos conhecimentos específicos do direito, previstos em edital para o referido cargo, como licitações e contratos (dentro do direito administrativo), direito civil e constitucional. A novidade, neste caso, está no fato de que, desta vez, a FCC promete juntar diferentes assuntos do direito ao questionar o conhecimento do candidato”, explica a professora de português e redação do Ponto dos Concursos Júnia Andrade.

A banca

Quem está acostumado ao método de avaliação do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) pode enfrentar dificuldades de adaptação à banca do concurso, como explica Gustavo Escatolino, professor de direito administrativo do IMP Concursos. “A Fundação Carlos Chagas costuma utilizar muita questão de ‘lei seca’, ou seja, itens em que é preciso saber o texto exato da lei. O candidato também deve fazer uma leitura atenta do edital, pois serão cobradas partes específicas de certas matérias e não o conteúdo completo. É importante pegar provas anteriores da FCC para aprender a fazer questões da banca”, orienta.

Como o edital exige prova dissertativa, exceto para o cargo de técnico de segurança institucional, é preciso dar atenção a esse ponto. Grazy Souza, professora de língua portuguesa e redação do IMP Concursos, dá dicas para se preparar. “O candidato tem, primeiramente, de conhecer o estilo das questões. A FCC é mais normativa do que o Cespe. Na parte de língua portuguesa, a banca cobra assuntos pontuais, como interpretação e compreensão de textos”, analisa. “Na parte de gramática, podem ser cobrados tempo e modo verbal, correlação verbal, vozes verbais, mesmo tipo de complemento (regência) e concordância verbal, crase, uso dos pronomes oblíquos átonos no processo de coesão e coerência textuais e a colocação deles na frase, uso dos pronomes relativos — que, quem, qual, onde e cujo —, pontuação dos termos da oração, reescritura de frases e confronto de frases corretas.”

O que diz o edital

Concurso público do  Conselho Nacional do Ministério Público Inscrições: de 15 de dezembro até 21 de janeiro no site www.concursosfcc.com.brTaxa de inscrição: R$ 54,97 (nível médio) e R$ 70,97 (nível superior)Salários: R$ 5.001,82 para técnico administrativo, R$ 5.996,28 para técnico de segurança institucional e R$ 8.178,06 para analista (todas as áreas)Número de vagas: 87 e formação de cadastro reserva Provas: 1º de março de 2015