Mário e Mara. Imagem: Arquivo pessoal

Casais encontram apoio e incentivo nos parceiros para alcançar a aprovação em concursos

Publicado em Concursos

Elvis Costa* – Conciliar os estudos com a vida pessoal não é fácil. Portanto, vários sacrifícios são necessários para que o objetivo de ser aprovado em um concurso se realize. Para isso, focar nos estudos é essencial e há quem prefira ficar sozinho, outros precisam de uma vida social ativa para render mais e há ainda aqueles que encontram apoio na pessoa amada.

Esse último caso é o que motivou Ana Masson, Mara Rúbia de Oliveira Araújo e Mário Henrique Cavalcante Araújo a estudarem e conseguirem resultados em diversos concursos públicos.

Mara e Mário se conheceram em um encontro da igreja há 15 anos e estão casados há 13. Deste casamento nasceram três filhas, Marina de 8 anos, Mariana, de 7 e Marília, de 2. A “Família M”, como é conhecida por amigos e familiares, passou por dificuldades financeiras quando Mara ficou desempregada e isso os motivou a buscar estabilidade em concursos públicos.

“Decidimos juntos que eu iria ficar estudando para concursos mesmo com a situação financeira muito apertada. A preparação para concurso foi prioridade em nossa casa,” conta Mara. Em 2015, o casal iniciou um cursinho preparatório e nele era um momento em que desfrutavam da presença um do outro, do apoio mútuo e incentivo.

O casal conta que as dificuldades financeiras ocasionaram algumas brigas e vontade de desistir de estudar, mas, juntos, compartilharam de um mesmo ideal, compreensão e incentivo no momento do desânimo. Na parceria e no amor ele encontraram força para não desistir.

No mesmo ano, ela foi aprovada no concurso da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, porém não foi chamada. Já Mário não foi aprovado.

Já em 2017,  Mário passou no concurso para o Exército como oficial. Assim, a situação financeira da família estabilizou e Mara continua estudando para concursos. “Ele é meu maior incentivador e motivador para que eu continue firme nesse caminho da aprovação. Dividimos as tarefas da casa e o tempo de estudo também, pois ele continua estudando,” afirmou.

A realidade de Ana Masson é parecida. Ela é casada há quase 7 anos e encontrou apoio no marido para seguir com foco na aprovação em concursos públicos. O casal se conheceu através de amigos em comum e marcaram um encontro em um show no Parque da cidade. Nessa época, o esposo já era concursado e Ana fazia mestrado. Entretanto, inspirada na experiência da mãe que também é concursada e no marido, decidiu partir para os estudos em concursos.

Logo eles ficaram noivos e seis meses antes do casamento Ana foi aprovada no concurso do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 2011. “Mais tarde, quando começamos a planejar o nosso filho, decidi que o melhor seria passar em um concurso que me trouxesse mais qualidade de vida. Foi quando decidi estudar para um concurso com carga horária menor. A aprovação ( no TJDFT) ocorreu e depois de um ano da aprovação fiquei grávida do nosso filho,” relatou.

Ana afirma que o marido sempre a apoiou e isso foi fundamental para a aprovação. “Me apoiou em todas as minhas decisões, me ajudava a planejar os estudos, abdicou de muitas coisas em função dos meus estudos. Enfim, a parceria dele foi fundamental para as minha aprovações”.

Relacionamentos x Estudos

Os exemplos acima, são casos em que um relacionamento saudável motivou, incentivou e foi determinante para o desenvolvimento profissional do casal. “Esse tipo de relação é algo positivo e que deve ser cultivado, mas o contrário também pode acontecer e nesse momento o concurseiro tem que tomar a melhor decisão para ele e se necessário por um fim ao relacionamento,” afirmou a psicóloga Juliana Gebrim, profissional do Gran Cursos Online especializada em apoio a estudantes para concursos público, com mais de 20 anos de experiência na área.

“Se a pessoa está solteira, eu aconselho que ela continue assim e aceite que essa é a melhor decisão para alcançar o objetivo, passar em um concurso público. Além disso, é importante que a pessoa matenha essa decisão até o fim, sem se questionar, pois isso pode tirar seu foco”, comenta.

De acordo com a psicóloga, quem já está em um relacionamento deve avaliar se mantê-lo é algo que o motive e apoie, em caso negativo, a melhor decisão é terminar o relacionamento. “Caso o relacionamento seja saudável e sirva de incentivo para os estudos, isto pode ser determinante para que a pessoa alcance a aprovação,” finalizou.

*Estagiário sob supervisão de Humberto Rezende.