Já são sete anos sem concurso para efetivos
Karolini Bandeira*- Conforme previsto, a administração da Receita Federal se reuniu com auditores fiscais lotados na fronteiras do país nesta quinta-feira (4/11) para debater sobre a abertura do próximo concurso público e as dificuldades enfrentadas pelos profissionais nas fronteiras.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Sindifisco), um dos subsecretários presentes no encontro, Moacyr Mondardo Júnior, responsável pela Gestão Corporativa, informou que a economia nunca enviou à Receita uma resposta formal com o motivo da solicitação de concurso não ter sido autorizada.
Ainda segundo o sindicato, Mondardo esclareceu que a administração da Receita chegou a ajustar o processo do pedido no mesmo molde dos pedidos da CGU e do Ibama — que foram autorizados. Mesmo assim, o aval não foi concedido.
Os subsecretários concordaram em apresentar um novo posicionamento sobre o tema aos auditores fiscais em até três semanas.
A ausência do secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, incomodou os representantes da categoria presentes na reunião. “A gente esperava que o secretário Tostes também estivesse aqui pela importância desse tema, para a administração, para o sindicato e, sobretudo, para a vida desses colegas. Esse é o espaço de tempo mais longo sem concurso, já são sete anos”, disse o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral.
Mais de 3 mil vagas solicitadas em 2020
Em 2020, a Receita Federal solicitou à Economia autorização para um novo concurso público. O pedido foi para 3.360 vagas distribuídas entre os cargos de auditor fiscal (nível superior), analista tributário (superior), analista técnico administrativo (superior), arquiteto (superior), contador (superior), engenheiro (superior) e assistente técnico-administrativo (nível médio). Os salários iniciais variam de R$ 4.137,97 a R$ 21.487,09, já com auxílio-alimentação de R$ 458.
*Estagiária sob supervisão de Vinicius Nader