Autor: Lorena Pacheco
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Quem quer ingressar na Petrobras tem ótimas expectativas para os próximos três anos. A estatal anunciou que pretende contratar, por meio de concursos públicos, 6 mil funcionários até 2013. O primeiro certame, cujo número de vagas ainda não foi definido, deve ser lançado até março do ano que vem. “Estamos consolidando as necessidades de cada área da companhia. Neste momento, os setores que apontam demandas são os de exploração, produção e refino. Se houver alguma emergência, podemos divulgar editais ainda neste ano”, disse ao CorreioWeb o gerente de Gestão do Efetivo da Petrobras, Lairton Correa. Segundo o gerente, até dezembro deste ano, a Petrobras deverá nomear 1,5 mil aprovados nos certames de 2009 e 2010. Além de atender as novas demandas da estatal, o reforço na área de recursos humanos vai repor os cargos abertos por aposentadorias e demissões. Com as medidas, a previsão é de que o número de funcionários efetivos na empresa passe de 56.207, hoje, para 64.605, em 2013, sem contar as subsidiárias. As oportunidades serão para todas as unidades da federação. Embora os postos a serem oferecidos ainda estejam sob análise, a indicação de Correa é de que sejam abertas vagas para candidatos de níveis médio e superior. Entre as áreas carentes estão as de Engenharia, Geologia e Geofísica. Quem tem nível intermediário poderá disputar oportunidades nos cargos de técnico de operação e manutenção, entre outros. “Se observarmos os processos seletivos realizados pela companhia, esses profissionais são os mais demandados. Mas isso ainda é preliminar”, observou o gerente. No certame deste ano, a Petrobras ofereceu 502 vagas e cadastro reserva em todo o Brasil para cargos de níveis médio e superior. Ao todo, 88.590 pessoas se inscreveram – uma média de 176,5 candidatos por vaga. Na seleção de 2009, foram 819 vagas efetivas de níveis médio e superior e cadastro. As remunerações iniciais variaram de R$ 1.141,61 a R$ 3.940,16. Bancas organizadoras Segundo Correa, as duas organizadoras que normalmente oferecem estrutura para os certames da Petrobras são o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) e a Fundação Cesgranrio. Entre as preocupações com a banca está o fato de as provas terem de ser aplicadas, geralmente, em mais de 20 unidades do Brasil. “Normalmente, precisamos avaliar se elas atendem as necessidades do órgão dentro do prazo. Se houver determinação do governo para que haja licitação, certamente vamos fazer. Estamos em etapa de estudo”, adiantou o gerente.
Fundação Universa organizará concurso da Embratur com 84 vagas
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Quem aguarda o concurso do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) deve ficar atento. Foi decidido nesta segunda-feira (27/9): a Fundação Universa é a empresa escolhida para organizar a seleção que oferecerá 84 oportunidades. A informação foi publicada no Diário Oficial da União, na página 141 da terceira seção. Como a autorização do certame – publicada em maio deste ano – exige que o edital seja lançado em um prazo de até seis meses, supõe-se que a seleção deve sair até o mês de novembro. As novas contratações terão como contrapartida a extinção de postos de trabalho terceirizados, que estão em desacordo com a legislação vigente. Do número total de chances, 50 serão para profissionais graduados e 34 para quem possui nível intermediário. As vagas serão para agente administrativo, técnico especializado, técnico de Comunicação Social, economista e administrador.
Prefeitura de Pato Branco (PR) cancela concurso público com 140 vagas
Do Correioweb
A Prefeitura Municipal de Pato Branco, no estado do Paraná, cancelou o concurso público que oferecia 140 vagas com remunerações que atingiam a cifra de R$ 9 mil. Em nota oficial, a instituição afirmou que teve de anular o pregão que originou a contratação da empresa AOCP, responsável pela organização do concurso, e que “pretende retomar os procedimentos do concurso em breve”. Os valores de taxa de inscrição serão devolvidos integralmente aos candidatos. Para isso, os residentes em Pato Branco devem procurar o setor de protocolo da Prefeitura. Quem mora em outros municípios e quiser solicitar a devolução do dinheiro deve encaminhar o requerimento disponibilizado no site da organizadora, juntamente com o comprovante de pagamento para o fax de número (46) 3220-1544. A seleção A Prefeitura pretendia selecionar 141 profissionais de todos os níveis de escolaridade para o quadro de pessoal efetivo. Além do salário, os novos servidores receberiam auxílio alimentação no valor de R$ 127,50. Para nível fundamental, há chances nos cargos de auxiliar de serviços gerais, coveiro, eletricista, gari de caminha, gari de rua, motorista, servente e operador de máquinas rodoviárias. As provas objetivas estavam marcadas para serem aplicadas no dia 26 de setembro.
Larissa Domingues – Do CorreioWeb
O Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região, no Rio Grande do Norte, e o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) firmaram contrato nesta semana para a realização de novo concurso público. De acordo com informações do TRT, serão oferecidas 46 oportunidades que contemplam cargos de níveis médio e superior.
Durante a vigência da seleção, outras vagas devem ser contempladas. Está prevista a criação de cinco Varas do Trabalho na capital Natal e nas cidades de Goianinha, Macau e Ceará-Mirim. O projeto está em tramitação no Congresso Nacional. O edital de abertura do concurso, com o cronograma de provas e diversas outras informações, deve sair em breve.
Larissa Domingues – Do CorreioWeb
Má notícia para os concurseiros da Região Nordeste. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) suspendeu a seleção pública promovida pela Companhia Energética do estado, a Ceal. De acordo com o órgão do Judiciário, foram constatados erros nos cartões de inscrições para o cargo de agente administrativo. Ao todo, 40 candidatos foram prejudicados por não saberem o endereço correto dos locais onde fariam a primeira avaliação do certame.
Ocorre que em alguns cartões informativos confeccionados pela Fundação Conesul havia a informação de que os exames aconteceriam nas dependências da Faculdade de Alagoas (Fal), indicando o endereço “rua Sá e Albuquerque, 574, Jatiúca. O problema é que na cidade de Maceió existe mais de uma unidade da instituição – aliás, uma se encontra na rua Sá e Albuquerque, no bairro de Jaraguá, e outra no bairro de Jatiúca.
Analisando a situação, o desembargador-relator Eduardo José de Andrade afirmou que “o direito dos candidatos de concorrerem em igualdade de condições a um cargo público foi completamente prostrado por terem sido esses sumariamente excluídos do certame, através uma informação equivocada”, informou o site do TJAL. A suspensão foi decidida na sessão da Terceira Câmara Cível desta quinta-feira (23/9).
Governo federal exige regras claras para testes psicológicos
Cristiane Bonfanti – Do CorreioWeb Duas semanas depois de anunciar medidas para segurança em concursos públicos, o governo federal começou a apresentar resultados. Texto publicado na página 10 da seção 1 do Diário Oficial da União desta quinta-feira (23/9) altera o decreto 6.944, de 2009, e define regras mais claras para a aplicação de avaliações psicológicas nos certames. A partir de agora, a exigência dos exames não poderá mais ser feita indiscriminadamente. Os órgãos deverão levar em conta as características do cargo oferecido, além de prever a etapa em edital. Para definir requisitos psicológicos, as instituições deverão formular estudo científico das atribuições e responsabilidades dos postos. Nos relatórios, deverá haver descrição das atividades a serem desenvolvidas e das habilidades esperadas dos candidatos. Outra exigência é de que sejam identificadas as características restritivas ou impeditivas para o cargo. Na avaliação do coordenador do Movimento pela Moralização dos Concursos Públicos (MMC) e diretor do Grancursos, José Wilson Granjeiro, o detalhamento atende a expectativa de candidatos em todo o Brasil. Hoje, o exame psicológico é especialmente preocupante, já que, em tese, eles não sabem como se preparar. “É tudo muito subjetivo. A medida beneficia não apenas os concorrentes, mas também os órgãos e a própria Justiça, pois evita alterações, impugnações e anulações de editais. Hoje, cada instituição estabelece ao seu bel prazer a exigência ou não do exame, sem uma uniformidade”, critica. Medida restrita O único problema, diz Granjeiro, é que o decreto diz respeito apenas aos certames da administração pública federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais. “Mas já é um avanço. Espero que a mudança seja reproduzida para as seleções do Judiciário, do Legislativo e dos órgãos estaduais e municipais”, diz. Segundo ele, os decretos e portarias com novas normas para concursos serão posteriormente reunidos em lei. Para o presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) e da Vestcon, Ernani Pimentel, a definição de regras claras vai diminuir os questionamentos sobre a necessidade do exame. “Nunca existiu nada que determinasse esses parâmetros. Muitos discutem se precisam da avaliação para serem bons funcionários. Se vou contratar alguém para um trabalho interno, preciso saber se ele tem o perfil para isso”, opina. Depois das provas De acordo com o decreto, a avaliação psicológica deverá ser realizada depois das provas escritas, orais e de aptidão física. Outra exigência é que os instrumentos de avaliação sejam capazes de aferir com objetividade esses requisitos psicológicos, cabendo ao órgão realizador do concurso especificar no edital quais serão.
MPF pede que BNDES divulgue resultado dos pedidos para revisão de notas
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Mais uma notícia a favor dos concurseiros reféns das organizadoras. O Ministério Público Federal recomendou ao BNDES e à empresa Cesgranrio a correção do edital do concurso que oferece 520 oportunidades em cadastro reserva para cargos de nível superior. Segundo o MPF, o documento da seleção tem que permitir que todos os candidatos que pedem revisão das avaliações discursivas e de redação possam ter acesso aos resultados da solicitação. Ocorre que o edital prevê a divulgação dos resultados apenas para quem tem os pedidos aceitos. O procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho avisou que o órgão e a organizadora terão o prazo de 15 dias para informar aos inscritos se os recursos serão ou não acatados. Para Abdon, a omissão das justificativas vai contra o artigo 37 da Constituição Federal, porque quebra a regra de tratamento igualitário entre os candidatos. O concurso Candidatos com ensino médio completo concorrem à função de técnico administrativo. Segundo o edital, eles deverão ter disponibilidade para realizar viagens a serviço, no Brasil ou no exterior. Eventualmente, poderão ser convocados para trabalhar em fins de semana e feriados. Para graduados, as vagas são no cargo de profissional básico, nas formações de Análise de Sistemas (suporte), Arquitetura, Arquivologia e Direito. Ao todo, foram registrados 54.091 cadastrados. Só para as 200 vagas de técnico administrativo foram contabilizadas 35 mil pessoas – o que caracteriza uma concorrência de 177 candidatos por chance. De acordo com o edital de abertura do concurso, os salários variam de R$ 2.496,59 a R$ 7.836,15. As vagas são para o Rio de Janeiro.
Escolas e locais de prova no RJ terão de providenciar cadeiras para obesos
Larissa Domingues – Do CorreioWeb Mais uma polêmica no mundo das seleções públicas. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, sancionou nesta quarta-feira (22/9) a Lei 5.829/10, que prevê cadeiras adequadas para obesos em instituições de ensino e nos locais de provas de concursos públicos do estado. De acordo com a legislação, os assentos devem estar em conformidade com as normas instituídas pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (IPEM/RJ). Quem descumprir a determinação terá de pagar multa referente a 22.132,75 UFIRs, que são as unidades fiscais de referência do estado. O deputado estadual Fernando Gusmão (PCdoB) é o autor do projeto que virou lei. Segundo o parlamentar, a criação da matéria foi feita após a constatação do constrangimento a que os estudantes e candidatos são submetidos. “Além de prevenir possíveis desconfortos causados pela inadequação, a disponibilização de lugares mais confortáveis pode auxiliar na concentração dessas pessoas”, alegou.
Número de vagas do concurso do INSS é insuficiente, diz presidente da Anaps
Guilherme de Almeida – Do CorreioWeb Na semana passada, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou que deve lançar concurso com 2,5 mil vagas, 500 oportunidades a mais do que havia sido publicado anteriormente. No entanto, o presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anaps), Paulo César de Souza, argumenta que o número de vagas não chega nem perto da metade das necessárias, visto que o INSS planeja abrir mais de 700 agências em todo o território brasileiro. “Atualmente existe um déficit de 11 mil servidores no INSS por conta de trabalhadores que se aposentaram ou que faleceram. A principal carência está na ponta da linha, ou seja, no cargo de técnico do Seguro Social”, afirmou o presidente. De acordo com o pedido de concurso público feito pelo INSS ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), serão oferecidas 2 mil vagas para o cargo de técnico do Seguro Social – de nível médio – e 500 oportunidades para analistas – função que exige nível superior. “Não é suficiente. O correto seria 11 mil vagas. O último concurso do INSS recrutou 5 mil servidores, mas com um salário de R$ 1,9 mil, três mil profissionais foram embora por que a remuneração era curta”, alegou o presidente. De acordo com Souza, a Anaps atualmente encontra-se em constante negociação com o Ministério da Previdência Social (MPS) para aprovar um plano de carreira digno, equiparado com os servidores da Receita Federal. “Queremos e podemos ter um plano de carreira equiparado com os fiscais da Receita. É viável e justo”, finalizou. Última seleção O último concurso do INSS foi realizado em 2008 e ofereceu remunerações iniciais de R$ 1,9 mil para técnicos e de R$ 2,2 mil para analistas. O órgão disponibilizou duas mil vagas, das quais 1,4 mil destinadas para técnicos e 600 para analistas. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB) foi a empresa responsável pela organização do certame. As ofertas para analista estavam distribuídas entre os cursos de arquitetura, arquivologia, biblioteconomia, ciências da computação, ciências atuariais, comunicação social, direito, engenharia (civil, segurança do trabalho, telecomunicações, elétrica e mecânica), entre outras.
Movimento em favor da fiscalização do concurso do MPU recebe mais de 1,3 mil assinaturas
Guilherme de Almeida – CorreioWeb Um grupo de candidatos indignados com o andamento do concurso do Ministério Público da União (MPU) já angariou mais de 1,3 mil assinaturas para pedir total fiscalização dos recursos de prova movidos contra o Centro de Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). O movimento, organizado no FórumCW, pretende enviar o requerimento ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e aos procuradores-gerais dos quatro ramos do Ministério Público. A iniciativa foi motivada pelos questionamentos em relação aos gabaritos preliminares publicados pelo Cespe/UnB no dia 14 de setembro. Na data, a página da organizadora chegou a ficar fora do ar durante três horas, tamanha a quantidade de candidatos que tentavam protocolar recursos. O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e também professor de Direito Processual Civil, Mozart Borba, classificou como “maluquices” algumas das respostas preliminares oferecidas pela banca. “Se não houver alterações, o concurso terá exigido que o candidato desaprenda a matéria para ser aprovado”, comentou no próprio blog. Um dos líderes do movimento, o bacharel em Direito Rafael Oliveira, 25, explicou que a intenção não é a de anular o concurso. “Nosso objetivo é chamar a atenção do MPU e das autoridades competentes para que acompanhem a apreciação dos recursos e a divulgação dos gabaritos oficiais”, afirmou, por telefone. De acordo com Oliveira, a prova para o cargo de analista processual foi uma das que mais apresentaram erros de gabarito. “Cerca de dez a vinte itens precisam ser alterados ou anulados”, disse o candidato. Além disso, Oliveira identificou três itens da prova de Informática que se repetiram no segundo dia de prova, para o cargo de técnico.
De acordo com o concorrente, a comissão vai ser reunir com a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União no DF (Sindijus-DF) em busca de apoio nesta quarta-feira (22/9), às 17h. O grupo também tem apoio de José Wilson Granjeiro, professor e integrante do Movimento pela Moralização dos Concursos Públicos (MMC). “É importante que se tenha mais zelo na divulgação dos gabaritos provisórios dos concursos, face à enxurrada de recursos movidos pelos candidatos e à quantidade de erros crassos divulgados pelas bancas”, disse o professor, em carta enviada ao movimento.
Acompanhe as discussões sobre o concurso no ForumCW