Rodrigo Nimer, diretor executivo e fundador do Brasília Photo Show (BPS) | Divulgação

A vida sob lentes

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A história do Brasília Photo Show (BPS) iniciou com a idealização do fotógrafo Eduardo Vergara, a partir do seu livro homônimo de 2013, que contava com fotos de Brasília. O objetivo era oferecer aos turistas da capital um retrato completo da cidade para a Copa do Mundo de 2014, que foi realizada no Brasil. 

Depois disso, durante uma viagem à Hollywood, na Califórnia, Vergara teve a ideia de produzir o Oscar da fotografia no Brasil, tendo Brasília como cidade sede do primeiro Festival Internacional de Fotografia, o Brasília Photo Show, em 2015. 

“Um dos objetivos do BPS é viabilizar possibilidades, abrir portas a novos talentos e a profissionais que desejam mostrar os seus olhares através das imagens, sempre atrelado a quatro princípios: reconhecer os talentos a cada ano, oferecer oportunidade, conceder visibilidade e possibilitar uma troca de contatos”, conta Rodrigo Nimer, diretor executivo e também fundador do Brasília Photo Show.

Considerado um dos maiores festivais de fotografia da América Latina, a edição de 2023 encerra as suas inscrições amanhã (10). Cada candidato pode enviar até duas fotos gratuitamente, sendo que os participantes podem concorrer com até 30 fotos. Os interessados devem se inscrever de forma on-line, através do site www.brasiliaphotoshow.com.br

Aberto a todos os fotógrafos profissionais ou não, do Brasil ou do exterior, brasileiros ou estrangeiros, o Brasília Photo Show já premiou três mil fotos entre quase 100 mil imagens que foram recebidas de participantes de todo Brasil e de mais 60 países. Nesse processo, oito livros foram publicados com as fotografias ganhadoras de todas as edições. 

Este ano, teremos o retorno do evento presencial depois de três anos fazendo no modelo virtual por conta da pandemia. Já com data confirmada para o dia 25 de novembro, o evento de premiação marcará a superexposição das 400 fotos vencedoras de 2023 no Museu de Arte de Brasília (MAB)”, informa Nimer. 

Segundo o diretor executivo, a edição também tem novidades das categorias apresentando a categoria Inteligência Artificial, exclusiva para a criatividade no uso da inteligência artificial; e a categoria Selfie, que exige a presença do braço da pessoa ou do tripé na foto. Ao todo, o BPS conta com 20 nichos de premiação, promovendo espaço para a diversidade criativa e diversos estilos fotográficos.

9ª edição do festival

Neste ano, o Brasília Photo Show terá uma das maiores exposições coletivas do Brasil, no Museu de Arte de Brasília (MAB), localizado ao lado da Concha Acústica. A partir do dia 25 de novembro, a capital federal se tornará a cidade da fotografia por quatro meses. Serão expostas as 400 fotos vencedoras da edição 2023 de forma física, e, também em formato eletrônico das 3100 fotos vencedoras das oito edições anteriores do BPS e ainda em torno de mil fotos semifinalistas que bateram na trave em 2023.

“O MAB também contará com Museu da Fotografia, com exposição de equipamentos antigos contando a história da fotografia desde os tempos das câmeras analógicas até os dias de hoje, dezenas de encontros, bate-papos de temas ligados à arte de fotografar e oficinas para as crianças de temas ligados à arte de fotografar”, indica Nimer.

Três perguntas para Rodrigo Nimer, diretor executivo e fundador do Brasília Photo Show (BPS):

Como é feita a curadoria do festival? 

Nosso júri é formado exclusivamente por pessoas de ponta na área artística (a principal) e técnica (fotografia). Isso abrange fotógrafos e pessoas ligadas à arte que trabalham em galerias no Brasil e exterior. Esse modelo de análise foi criado para dar confiança a quem não tinha como revelar o seu trabalho para um grande público apaixonado por fotografia e arte.

Outro detalhe importante é que utilizamos um sistema de gestão próprio que o curador, ao utilizar o sistema para avaliar as fotos, não tem acesso aos dados pessoais do fotógrafo, podendo só visualizar as fotos e algumas informações como história, categoria e equipamento. Isso garante total imparcialidade na decisão das fotos. A decisão final sobre a pontuação e premiação das fotos sempre será exclusiva da organização do festival e não por votação popular.

Por que o festival se tornou um dos maiores da América Latina dentro da área de fotografia?

Uma câmera na mão e o mundo ganha a leitura e as nuances captadas pelo o olhar do fotógrafo. Feito com smartphone, máquina de bolso ou equipamento profissional, o BPS é para todos independente da limitação da pessoa. 

Inscrições gratuitas feitas em qualquer lugar e em qualquer época, com o festival, o clique pode viajar por todo o planeta, ser visualizado, curtido, compartilhado por milhares de pessoas, pois o BPS tem como objetivo dar visibilidade aos participantes e posta todas as fotos participantes na plataforma própria de opinião pública e ainda as destacadas nas nossas páginas do Facebook e Instagram. Em quase 9 anos de projeto, as interações chegam a mais de 80 milhões.

Por que incentivar a fotografia?

O registro fotográfico sempre encantou o ser humano, é matéria-prima para os diálogos de um mundo globalizado. Sua força tem derrubado barreiras geográficas, culturais, ideológicas e a tecnologia tem permitido que qualquer pessoa com um dispositivo fotográfico se torne um fotógrafo potencial. 

A fotografia está, mais do que nunca, no dia a dia das pessoas. Hoje são postadas bilhões de fotos anualmente nas redes sociais. Por que não fazer isso dentro de um festival e ganhar prêmios e ter reconhecimento? Muitos participantes do BPS se encontram profissionalmente e, hoje, vivem da fotografia. São centenas de histórias de sucesso!