Oráculo pelos animais

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Crédito: Allan Warnick

Em sua 6ª edição, o evento Oráculo Solidário realiza sua primeira versão nos arredores do consagrado evento Chorinho no Eixo, neste domingo, das 10h às 17h. O encontro holístico tem o valor fixo de R$ 100 por atendimento e visa democratizar o acesso aos oráculos aliado ao fortalecimento da causa animal. Um total de 30% do que for arrecadado será doado ao abrigo Flora e Fauna, que realiza um trabalho de acolhimento de aproximadamente 1.000 cães e gatos no Gama.

A casa com 16 anos de história necessita vários tipos de doações, entre elas ração, produtos de limpeza, jornais e medicamentos. O consumo diário de ração no espaço chega a 266 kg. Mensalmente, o número aumenta para 8.000 kg.  “Recebemos muitos pedidos de ajuda ao dia de gente que perdeu o emprego e não tem condições de comprar ração. Estamos superlotados e precisamos de doações para pagar tratamentos de animais resgatados na rua que correm risco de vida. Essa é a realidade de todos os abrigos do DF”, avalia o vice-presidente do espaço, Well Fabiano.

Oráculos  
Para Sara Almeida, uma das idealizadoras do evento e tutora de Julieta, vira-lata resgatada pelo abrigo Fauna e Flora em 2018, o evento é uma maneira de recompensar ao abrigo todo o carinho recebido pela cachorra desde o dia de sua adoção. “Quem tem animais sabe na prática o significado do amor sem limites. Qualquer retribuição não seria suficiente para agradecer à altura por todo o bem que ela fez a mim desde a primeira vez que nos vimos”, relembra a taróloga, que pretende realizar atendimentos de baralho cigano, cartomancia e leitura de mãos.
O público do Eixão Norte poderá conferir o que o destino lhe reserva em 5 oráculos: Baralho Cigano, Cartomancia, Quiromancia, Tarot, Tarot Iluminatti e Oráculo de Cristais. Em paralelo ao evento acontece a venda de roupas, bijuterias, sapatos e outros acessórios no Brechó dos Ipês.

Oráculo Solidário Edição Cigana
Dia: 10/03
Horário: 10h às 17h
Informações: (61) 99970-0980
Instagram: @oraculosolidario

Pets são “remédio” para a saúde emocional

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Crédito: Divulgação

 

No Janeiro Branco, mês de conscientização sobre cuidados com a saúde emocional, é sempre bom lembrar que pesquisas demonstram que cães e gatos podem desempenhar um papel significativo no bem-estar emocional. “Os pets são ótimos companheiros para acalmar e aliviar o estresse”, diz o médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia. “Ao interagir com um cachorro, por exemplo, os níveis de ocitocina aumentam, trazem a sensação de bem-estar e diminui níveis de ansiedade”. A médica psiquiatra Emily Gomes de Souza, da clínica Revitalis, concorda. “Os pets trazem alegria para a nossa vida, senso de cuidado e companheirismo. Quando a pessoa chega em casa e vê o seu cachorro todo feliz ao encontrar o dono, sem julgamentos e sem restrições, a sensação é de acolhimento”.

Um estudo conduzido pela Universidade do Estado de Washington, destacado pelo blog da Petlove, revelou que a presença de gatos pode contribuir para a redução do estresse, especialmente em pessoas sensíveis. A pesquisa, que fez um recorte da interação entre gatos e estudantes universitários, resultou em benefícios mentais, indicando que indivíduos mais propensos a se conectarem emocionalmente também se mostraram mais abertos a interações com felinos, além de lidarem melhor com a vida acadêmica.

Já pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, estudaram os efeitos positivos da interação com cães na saúde mental das pessoas. Ao acariciar cachorros, a atividade cerebral pré-frontal, associada ao gerenciamento de emoções e interações sociais, apresentou uma resposta positiva. Os benefícios dessa relação persistiram mesmo após o fim do contato com os animais, indicando um potencial terapêutico para pessoas com déficits socioemocionais, como ansiedade e depressão.

cientificamente comprovado que a convivência com pets traz inúmeros benefícios para o bem-estar humano, tanto físico quanto emocional. A presença dos animais de estimação tem um impacto direto nos sentimentos da população, proporcionando alívio e melhora na qualidade de vida. Segundo Pedro Risolia, outra vantagem que a convivência com pets traz é a empatia, que ajuda na interação social. “Os pets possuem sentimentos e necessidades, que serão percebidos ao longo do convívio. Isso faz com que o tutor tenha uma noção maior sobre respeito e empatia com as pessoas ao seu redor”, afirmou.

Pessoas que têm animais de estimação apresentam um alívio no estresse, redução da ansiedade e podem até mesmo melhorar quadros depressivos. Durante o Janeiro Branco, é essencial lembrar que para cuidar da nossa saúde mental, a presença afetuosa dos nossos companheiros peludos pode fazer uma diferença significativa em nossa jornada rumo ao bem-estar emocional.
A psiquiatra da clínica Revitalis destaca um estudo publicado em 2021 na Frontiers in Veterinary Science: “Esssa interação traz diversos efeitos biológicos na frequência cardíaca e ativa indicadores neuroquímicos de comportamento afiliativo, que é a liberação de dopamina, prolactina e endorfina. Observa-se também a redução na concentração sérica do cortisol, hormônio relacionado ao estresse”, finaliza a Emily Gomes de Souza.

Alimentação é o principal gasto com pets no Brasil

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Crédito: Arquivo Pessoal

Uma mudança significativa nos padrões de gastos relacionados a animais de estimação é observada no Brasil após o período de restrições na pandemia. Durante o auge do isolamento social, quando as opções de lazer e saídas foram limitadas devido ao lockdown, o poder aquisitivo das famílias brasileiras aumentou, levando à aceleração na adoção e custos com cães e gatos. No entanto, com o retorno da vida social ao normal, as despesas voltaram a ser realocadas para outras áreas, impactando os gastos com animais de companhia.

De acordo com a Pesquisa Radar Pet 2023, realizada pela Comissão de Animais de Companhia Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2017/2018, o tratamento em clínicas era de 48,84%, principal gasto de saúde das famílias brasileiras em relação ao segmento. Em sequência, apareciam os investimentos destinados aos serviços de alimentação (39,53%) e higiene (11,63%). No entanto, em 2023 houve uma variante na distribuição desses consumos. Os cuidados de saúde caíram para a segunda posição, representando, agora, 33,50% do orçamento. Ao mesmo tempo, as despesas com alimentação assumiram a liderança, totalizando 49,63%. Já a higiene representa apenas 16,87%.

“Essa mudança reflete não apenas a necessidade de adaptação dos orçamentos familiares, mas também a dinâmica em constante evolução das prioridades de consumo. Embora os pets ainda sejam amados membros da família, a retomada das atividades fora de casa está gradualmente equilibrando a alocação de recursos financeiros. A pandemia trouxe à tona uma maior valorização dos animais, levando a um redirecionamento expressivo dos custos familiares. No entanto, conforme a vida pós-pandemia se estabelece, muitas famílias tiveram que adaptar seus orçamentos para abraçar novamente experiências fora de casa, criando um cenário de transformação nos hábitos de consumo. A prioridade é alimentação e não mais levá-los ao veterinário”, explica Gabriela Mura, diretora de Mercado do Sindan.

Com base no estudo, de acordo com a POF 2017/2018, observou-se que a parcela de gastos destinada ao tratamento de animais em clínicas era de 0,210%, enquanto as despesas com higiene representavam 0,050% e os alimentos atingiam 0,170%. Contudo, a atualização do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em outubro de 2022 revelou uma queda, passando a ser 0,280% para o tratamento em clínicas, 0,138% para serviços de higiene e 0,400% para alimentos. Já a atualização do IPCA em maio de 2023 apresentou percentuais de 0,272% para o tratamento de pets em clínicas, 0,137% para higiene e 0,403% para alimentação.

Segundo Robson Gonçalves, economista e consultor da FGV, existem várias razões pelas quais os gastos com alimentação para animais de estimação podem ter aumentado ao longo desse período. Isso pode ser devido a uma mudança nas preferências dos proprietários em direção a alimentos de melhor qualidade, ao aumento dos preços dos alimentos ou até mesmo ao aumento na população de cães e gatos. “Se considerássemos que os gastos relacionados a animais de companhia tivessem aumentado de forma consistente e equitativa em todas as três categorias, o cuidado em clínicas veterinárias representaria 0,397% das despesas das famílias em 2023, em vez dos 0,272% registrados. Em termos práticos, isso implicaria em desembolsos familiares adicionais da ordem de R$7,5 bilhões por ano”, especifica.

Nos últimos anos, houve também uma transformação fundamental na relação entre os seres humanos e seus animais, o que também afetou a dinâmica com os médicos-veterinários. Segundo a Pesquisa Radar Pet 2023, há uma década, esses especialistas eram predominantemente procurados quando cães e gatos apresentavam problemas de saúde ou comportamento, e a ênfase estava na cura. 85% dos cães e 90% dos gatos eram levados ao profissional quando apresentavam algum problema relacionado à saúde.

Atualmente, a relação entre médicos-veterinários e tutores é mais abrangente e orientada para a prevenção, à medida que as pessoas buscam prolongar a vida de seus animais. Embora os médicos-veterinários ainda sejam referências para orientar em momentos de adversidade, eles não são mais a primeira e única fonte de informação.

Os dados também revelam um crescimento consistente na proporção de cães e gatos por habitante no período de 2019 a 2023. Em 2019, a média era de 0,277 cães por habitante e 0,124 gatos por habitante e esses números progrediram gradualmente para 0,299 cães por habitante e 0,149 gatos por habitante em 2023. Esses indicadores culminam em uma estimativa de 61,1 milhões de cães e 30 milhões de gatos na população total. As taxas de crescimento entre 2021 e 2023 refletem um notável aumento estimado de 5,2% na população canina e um significativo crescimento de 9,5% na população felina. Em um cenário de constante evolução no mercado de produtos e serviços para pets, a busca por excelência e bem-estar se destacam.

Cuidados no verão

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Crédito: Arquivo pessoal

Com a chegada do Verão de 2024, os tutores de pets estão ansiosos para aproveitar o clima ensolarado com seus companheiros peludos. No entanto, especialistas em saúde animal alertam para a necessidade de precauções extras durante os meses mais quentes para garantir o bem-estar dos pets.

Pensando nisso, a Dorie Zattoni, Médica Veterinária, Supervisora técnica-comercial da Brazilian Pet Food, empresa de alimentos para cães e gatos, listou cinco dicas para manter a saúde do seu pet em dia no verão 2024:

Hidratação é a chave

Com as temperaturas elevadas, é essencial garantir que seu pet esteja sempre hidratado. Certifique-se de que a tigela de água esteja sempre cheia. Para tornar a hidratação mais divertida, experimente congelar cubos de caldo de carne sem sal ou frutas frescas para criar deliciosos petiscos refrescantes.

Proteção solar adequada

Assim como os humanos, os animais também podem sofrer queimaduras solares. Evite expor seu pet por longos períodos sob o sol, especialmente durante as horas mais quentes do dia. Se o seu pet tem pele sensível e pelo curto, principalmente se a pelagem for branca, considere aplicar um protetor solar específico para animais nas áreas mais propensas a queimaduras, como orelhas, focinho e barriga.

Passeios conscientes

Opte por passeios durante as primeiras horas da manhã ou no final da tarde, quando as temperaturas estão mais amenas. O asfalto quente pode causar desconforto e sérias queimaduras nas patas do seu pet, então verifique sempre se o solo não está excessivamente quente antes de sair para passear. Além disso, lembre-se da hidratação! Leve água fresca e ofereça-a regularmente durante o passeio.

Cuidado com parasitas

O calor é propício para o aumento de pulgas e carrapatos. Mantenha o ambiente doméstico limpo e utilize produtos preventivos recomendados pelo veterinário. Verifique regularmente a pelagem do seu pet e, se necessário, consulte um profissional para tratamento adequado. A prevenção é fundamental para garantir que seu pet aproveite o verão sem desconfortos.

Atenção à hipertermia

Animais de estimação podem sofrer com o calor excessivo, levando ao aumento da temperatura corporal: a hipertermia. Esteja atento aos sinais, como respiração rápida, gengivas e língua roxas, salivação excessiva e até mesmo vômito. Forneça sombra, água fresca com moderação e evite exercícios extenuantes nos dias mais quentes. Se os sintomas persistirem, consulte imediatamente um veterinário.

“Ao seguir essas dicas simples, os tutores de pets podem garantir que seus companheiros aproveitem os dias quentes com segurança e felicidade. Para informações mais detalhadas e personalizadas, recomenda-se a consulta a um veterinário. O bem-estar do seu pet é a prioridade, tornando cada estação uma experiência positiva e saudável para todos”, finaliza Dorie Zattoni.

Vacinas em dia

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Manter as vacinas em dia é não só um cuidado com o cão ou gato, como uma questão de saúde pública. A raiva, por exemplo, é uma zoonose que pode ser transmitida ao ser humano e ocasionar a morte de pessoas e animais – e que deve ser combatida via imunização. Além disso, com o verão chegando, é preciso ficar atento ao contágio de diversas doenças. Um exemplo é a Leptospirose, que aumenta a probabilidade de disseminação por conta das enchentes causadas pelas chuvas.

Um balanço feito pelo Grupo Petlove  mostra que, entre janeiro e outubro de 2023, foram aplicadas, em média, 182 mil vacinas via planos de saúde da empresa. Considerando que o Brasil tem mais de 100 milhões de cães e gatos, a estatística está consideravelmente muito abaixo do ideal.

O médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia reforça a importância fundamental de manter a rotina vacinal atualizada. “Os imunizantes protegem os animais de diversas doenças, dentre elas: Cinomose, Hepatite, Parainfluenza Canina, Leptospirose Canina, Clamidiose, Leucemia Felina e diversas outras que podem debilitá-los e acabar provocando até o óbito”, alerta. Ele relembra que as vacinas para cães e gatos são todas anuais, exceto no caso de filhotes, que devem receber doses de reforço. Além disso, Risolia explica que para a maior comodidade de tutores e para evitar estressar o pet ao tirá-lo do seu ambiente (como no caso da maioria dos felinos e cachorros mais antissociais), há a possibilidade da imunização acontecer via atendimento domiciliar.

O especialista afirma ainda que certos problemas graves de saúde só poderão ser erradicados do Brasil com um controle vacinal adequado. “Nos países do hemisfério norte, por exemplo, muitas destas zoonoses já não existem mais devido a um programa vacinal adequado e perene”, explica.

Confira a lista de vacinas que devem ser aplicadas nos pets anualmente:
– V8 e V10: protege contra Cinomose, Parvovirose, Coronavirose, Hepatite Infecciosa Canina, Adenovirose, Parainfluenza Canina, Leptospirose Canina (2 cepas na V8 e 4 cepas na V10);
– V3: protege contra Panleucopenia, Rinotraqueíte e Calicivirose;
– V4: protege contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose;
– V4 + FeLV ou V5: protege contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicivirose, Clamidiose e Leucemia Felina.

O veterinário da Petlove ressalta que cada caso de doença é individual e, por esse motivo, é necessário consultar um profissional para indicar quais imunizantes e o momento mais adequado que o pet precisa receber.

Crédito: Divulgação

Vale lembrar que a vacinação é uma medida fundamental não apenas para os pets, mas também para a construção de comunidades mais saudáveis e seguras. A prevenção por meio da imunização é também um ato de amor e dedicação que os tutores compartilham com seus companheiros peludos.

Pata na estrada

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Divulgação

Com a chegada do fim de ano, muitas pessoas planejam viagens de carro para o interior do estado, as grandes capitais e a praia. Considerando que os tutores costumam ficar muitos dias longe de casa durante os festejos de Natal e Ano Novo, a maioria gosta de ser acompanhada por seus pets, que também se divertem e curtem passar mais tempo em família.

“Levar o pet nas viagens é uma iniciativa eficaz para mantê-lo próximo e não gerar estresse ou tristeza causado pela distância dos tutores por longos períodos. Claro, há quem precise deixar o cãozinho em hotéis ou com pet sitters, mas, se houver possibilidade, ter o bichinho acompanhando também promove ótimos momentos de integração e diversão entre amigos”, explica Thiago Teixeira, diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo.

Entretanto, é preciso se organizar e tomar cuidados para que essa experiência seja tranquila e positiva para o pet — e, claro, para o momento de descanso dos tutores. Pensando nisso, o veterinário do Nouvet aponta as principais perguntas que devem estar no check-list das famílias que querem levar seus melhores aumigos nas roadtrips. Confira:

Quando foi feito o último check-up?

A recorrência dos exames de rotina garante e mantém o bem-estar do pet, assim como a prevenção de doenças. Antes de viajar, confira quando foi o último check-up; caso não seja recente, marque uma consulta com antecedência para não ser pego de surpresa com alguma condição mais séria durante as férias.

Para se prevenir em questões mais complexas e imprevistas, procure saber onde ficam as clínicas veterinárias perto do seu endereço de destino e salve os telefones de contato para emergências.

As vacinas estão em dia?

Também na lista de prioridades, as vacinas são fundamentais para preservar a saúde do bichinho. Conferir se a carteirinha de vacinação e os vermífugos estão em dia é importante, pois, assim, é possível atualizá-los antes de colocar o pé na estrada, além de cuidar para não atrasar nenhuma dose importante durante o período que está fora. Além disso, vale pesquisar se a cidade de destino está com algum requisito importante em relação à vacina dos pets.

O destino é pet-friendly?

Embora cães sejam bem-vindos em diversos tipos de estabelecimento, alguns ainda têm restrições. Antes de viajar, tenha certeza que o local aceita pets, seja na hospedagem, pontos turísticos, e até mesmo nas praias que pretende visitar, pois algumas possuem leis específicas sobre o tema.

Estou levando o essencial para deixar meu pet à vontade?

Alguns cães podem se sentir estressados quando tirados da sua zona de conforto e ao entrarem em contato com espaços e pessoas diferentes da rotina com a qual estão habituados. Por isso, levar brinquedos, a cama, snacks, recipientes de água e ração, mantinhas e demais acessórios que o aumigo conhece ajudam a mantê-lo à vontade e se sentindo seguro no novo espaço.

O bem-estar do meu pet estará garantido?

Para garantir a proteção do bichinho, uma alternativa é usar coleiras de identificação com nome e número do tutor, para caso o cachorrinho se perca ou haja algum outro problema. Além disso, é imprescindível usar sempre coleira, ou peitoral, e guia.

O pet estará confortável e seguro durante a viagem?

Um dos principais pontos de atenção antes de viajar é certificar a segurança do aumigo durante o translado no carro. “Os tutores devem estar atentos e alinhados com as normas de segurança para transporte de pets em carros de passeio. Verifique os itens obrigatórios e as exigências de trânsito, a fim de garantir a proteção do cãozinho e das pessoas dentro do veículo”, comenta o veterinário do Nouvet.

“No caso daqueles que precisarem viajar de avião e queiram levar seus bichinhos, todas as dicas também são aplicáveis, mas é preciso reforçar a atenção com os documentos e procedimentos necessários para o transporte aéreo”, complementa.

Viajando com o gato

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Crédito; Divulgação

Com a chegada das férias de fim de ano, muitos tutores decidem viajar acompanhados dos pets. Afinal, eles são parte da família. No entanto, o deslocamento pode ser um momento desagradável para os animais – especialmente para os gatos. “Uma das peculiaridades dos felinos reside em sua forte tendência territorialista. Eles apreciam o conforto e ao se encontrarem fora do ambiente familiar podem se incomodar. Eles ficam agitados e podem enjoar. Para minimizar os efeitos negativos, a recomendação é oferecer alimentação até 2 horas antes de viajar”, explica a médica-veterinária Suzana Melo, analista técnica de marketing da Pearson Saúde Animal.

Antes de iniciar qualquer jornada com o seu gato, consulte o médico-veterinário para garantir que todas as vacinações, vermífugos e antiparasitários estejam em ordem. Solicite certificado de saúde e mantenha a caderneta de vacinação atualizada. Opte por uma caixa de transporte confortável, segura e bem ventilada para o deslocamento. Durante o percurso, realize paradas estratégicas para fornecer água e alimento ao felino. Não negligencie a identificação: utilize coleira com plaquinha contendo seu nome e o número de telefone. Para criar um ambiente mais familiar e aconchegante, leve consigo alguns objetos dos felinos, como brinquedos, cobertores e caminha. Esses itens ajudam a mitigar o estresse e a ansiedade do gato diante do ambiente desconhecido.

Há formas de auxiliá-los a atravessar esse processo de maneira menos penosa. A suplementação nutricional apresenta resultados positivos, pois as vitaminas favorecem a síntese de melatonina e serotonina. “Fórmulas que incluem L-Triptofano, vitaminas e minerais desempenham importante papel na produção desses hormônios. A serotonina, por sua vez, regula processos fisiológicos, tais como funções cognitivas, estados emocionais e comportamentais. Enquanto isso, a melatonina atua em sinalizações cronobiológicas, exercendo controle sobre distúrbios do sono, fobias e ansiedade”, detalha Suzana Melo.

 

Quem são os “pet lovers”

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Foto: Reprodução

Com o avanço da indústria veterinária e a crescente variedade de produtos destinados aos cães e gatos, há o surgimento de um novo tipo de tutor, que busca proporcionar cada vez mais qualidade de vida, conforto e bem-estar para seus animais. Segundo dados da pesquisa Radar Pet 2023, realizada pela Comissão de Animais de Companhia (Comac) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), esse perfil é agora conhecido como “Pet Lovers Emocionais” e representa a maioria, totalizando 32%, enquanto o grupo dos “Pet Lovers Racionais” compreende 23%.

 

“Essa nova categoria considera os pets como membros legítimos de suas famílias e estão dispostos a investir em cuidados de alta qualidade, buscando os produtos mais avançados disponíveis no mercado para atender às necessidades de seus animais de estimação. Essa tendência emergiu em resposta ao crescente interesse das pessoas em proporcionar qualidade de vida e longevidade aos seus bichinhos, combinando cuidados essenciais com medidas preventivas,” explica Andrea Castro, Coordenadora da Comac).

 

Em sua maioria, o grupo “emocional” é composto por mulheres com idade até 39 anos, incluindo solteiras, viúvas, divorciadas, sem filhos e se enquadram na classe social AB1. Membros da comunidade LGBTQIA+ também são predominantes nesta categoria. Geograficamente, esse tipo de tutor é encontrado na região Sudeste e moram tanto em residências quanto em apartamentos.

 

Já o “Pet Lover Racional” é o perfil que busca equilíbrio entre razão e emoção e tende a ser do sexo feminino, com idades em torno de 40 anos, que geralmente vivem sozinhas e em apartamentos. Esses tutores pertencem predominantemente à classe social AB e estão distribuídos por todas as regiões do país.

 

Diferentes fatores foram responsáveis pela mudança de comportamento que deu origem a essa nova relação. Isso inclui avanços significativos na medicina e na indústria veterinária, estilo de vida, o contínuo crescimento e a sofisticação do ecossistema de cuidados com a saúde e o papel cada vez mais importante dos veterinários na vida dos pets. A configuração de novos lares na pandemia da Covid-19 também contribuiu para a aproximação dessa relação, pois, durante o período, houve um aumento no número de tutores solteiros, viúvos ou separados, o que fortaleceu ainda mais o laço afetivo entre as pessoas e seus bichinhos.

 

Em 2023, 29% das pessoas consideram seus cães como verdadeiros membros da família, em comparação com 25% em 2019. No que diz respeito aos gatos, 25% das pessoas agora têm essa relação de família, em comparação com 21% em 2019. Os números refletem a predominância do perfil de “Pet Lover Emocional” em 2023.

 

Complementando os tipos de tutores, há ainda os “Desapegados,” que mantêm um vínculo emocional mais fraco com seus pets, preocupando-se principalmente com os cuidados básicos. Geralmente, são homens na faixa dos 50 anos, casados e com filhos. Eles pertencem à classe C e residem em casas nas regiões Centro-Oeste e Norte do país.

 

Há também os “Amigos do Pet” que, em sua maioria, são mulheres com idades entre 30 e 59 anos, casadas e com filhos. Esses tutores, pertencentes à classe C e residentes no Sudeste e Centro-Oeste, possuem um forte vínculo com seus cães e gatos, considerando-os parte da família, apesar de terem pouco tempo para dar atenção devido às atividades diárias.

 

“Segundo os resultados da pesquisa, em 2019, o grupo de tutores classificados como “Desapegados” representava 21%, enquanto este ano, esse número foi reduzido para 18%. “Essa diminuição evidencia o fortalecimento dos laços de afeto e carinho entre os donos e seus pets”, complementa Andrea.

 

Há dez anos, os tutores concentravam-se principalmente nos cuidados básicos de seus animais de estimação, resultando em taxas de consultas preventivas de 15% para cães e 10% para gatos. Entretanto, em 2023, houve o aumento para 30% em cães e 21% em gatos no que diz respeito às medidas de prevenção. Agora, a atenção dos donos não está voltada apenas para as necessidades básicas, mas também para a qualidade de vida e longevidade dos pets.

 

Com a constante evolução e sofisticação dos serviços, os cães e gatos estão se tornando cada vez mais presentes e incorporados à vida cotidiana. Segundo a pesquisa Radar Pet 2023, shoppings, hotéis, restaurantes, participação em atividades esportivas, creches e até mesmo viagens de avião são exemplos de onde eles estão ganhando presença crescente e se integrando à rotina das pessoas. Isso é um reflexo da crescente busca dos tutores por proporcionar uma qualidade de vida superior aos animais de companhia, que agora compartilham espaços tradicionalmente reservados para os seres humanos.

Opções para as férias

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Crédito: Reprodução

Nas festas de fim de ano, muitas pessoas optam por viajar com os pets. Porém, o bem-estar deles precisam ser considerados. De acordo com Thais Matos, médica-veterinária da DogHero, plataforma de serviços da Petlove, nem sempre eles são beneficiados durante esses momentos de lazer. “Quando o tutor resolve viajar com seu pet, ele é obrigado a ficar muitas horas na caixa transportadora, principalmente em viagens mais longas em aviões ou ônibus, por exemplo. O estresse do translado pode ser tão grande que pode causar a queda da imunidade do animal e ele pode passar a apresentar certos problemas de saúde, por exemplo”, considera.

A especialista ressalta ainda que deixar o pet em casa sozinho, mesmo que com comida e água suficientes, e seus brinquedos favoritos espalhados pelo espaço, não é uma alternativa viável. Pois, além de ficarem desamparados sem receber os devidos cuidados, podem enfrentar problemas como a ansiedade por separação, sofrendo demais com a ausência de companhia. “Não importa se o tutor ficará poucos ou muitos dias fora de casa, é preciso ter uma pessoa capacitada para atender às necessidades do animal. Outra razão para não deixá-lo sozinho é que muitas raças precisam de uma dose de exercícios diária e, ao ficar sem companhia em casa, ele pode apresentar quadros de depressão, até mesmo recusando a comida”, alerta a veterinária.

Portanto, o ideal é procurar cuidadores profissionais para que o animal tenha suas necessidades físicas e psicológicas atendidas. Algumas opções como pet sitting e hospedagem domiciliar, podem solucionar essa necessidade e garantir o bem-estar do cão ou gato na ausência do tutor.

O serviço de pet sitter é o mais indicado para que o animal mantenha a rotina sem sair do seu ambiente, uma vez que o profissional responsável realiza visitas regulares ao lar. Que é um diferencial importante para dar mais conforto ao animal, pois muitos podem ficar ariscos em ambientes novos. Os gatos, por exemplo, não gostam muito de mudança. Por isso, deixar o felino hospedado em um hotel para animais pode não ser uma boa ideia, pois ele pode se estressar e passar por momentos difíceis.

Já na hospedagem domiciliar, o cão ou gato passa o dia e a noite na residência de um anfitrião, recebendo toda atenção e carinho que merece, como se estivesse em casa, sendo ideal para os tutores que precisam se ausentar por muitos dias. Neste serviço, o pet poderá dividir a estadia com outros animais, sendo uma importante opção de socialização para os cães, permitindo que eles interajam com novos amigos.

Saúde mental dos pets em pauta

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Monique Rodrigues, veterinária

Quando o isolamento social se fez necessário, o vínculo com animais de estimação se mostrou um importante aliado na busca por equilíbrio emocional. Uma pesquisa realizada pela UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) evidenciou um aumento de 400% na procura por adoção de animais durante a pandemia de Covid 19. Estar na companhia de cães e gatos não só reduz a sensação de solidão, como eleva os níveis de serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar e relaxamento. Hoje, inúmeros estudos comprovam que pets podem auxiliar no tratamento de quadros de depressão, ansiedade e estresse em humanos. Paralelamente a isso, questões relacionadas à saúde mental dos animais têm ganhado força.

Por muitos anos, os estigmas relacionados ao sofrimento psíquico afastaram as pessoas da busca por acompanhamento profissional. Esta falta de um debate transparente sobre saúde mental também impede que tutores reconheçam sinais de desequilíbrio emocional em seus animais. Segundo Monique Rodrigues, veterinária e CEO da Clinicão – primeira rede de franquias de clínicas veterinárias do Brasil, antigamente este contato direto com os pets era feito apenas pelo médico-veterinário clínico, de forma macro. Uma prova que avançamos nesta discussão é a especialização de médicos-veterinários comportamentalistas, profissionais especializados no diagnóstico, tratamento e prevenção de distúrbios de comportamentos.

“Esta questão passou a ser mais estudada e atual. Por ter essa especialização, tais profissionais conseguem identificar problemas a partir de reações comportamentais dos animais, agindo diante dessas causas”, comenta Monique, ressaltando que outros profissionais como os adestradores são aliados na busca por melhores condições de vida para os pets, contribuindo na melhora comportamental e consequentemente da saúde.

Uma aparente via de mão dupla: enquanto os animais contribuem para a manutenção da saúde mental dos seres humanos, seus tutores precisam proporcionar a qualidade de vida necessária para estes animais. Muitas vezes, são as próprias demandas do cuidado que afetam positivamente no psicológico do indivíduo. Levar para passear, fazer atividade física, tomar sol e brincar exigem que o tutor se coloque em uma postura ativa diante da vida, ainda que pelo seu pet. O contrário também acontece: quando a depressão bate à porta e nada é capaz de mudar este quadro, muito provavelmente este estado emocional também afetará o animal.

Monique Rodrigues evidencia que mudanças na rotina, como alterações de endereço, viagem de familiares, horas de solidão em casa e até a chegada de novos pets ou bebês podem gerar um impacto emocional significativo. “Situações em que cães, por exemplo, não tenham interações com humanos ou mesmo com outros pets, podem experimentar emoções negativas como tristeza, medo, angústia, etc., Além disso, traumas vivenciados também podem interferir no comportamento”, revela.

A mudança de comportamento é o indicativo principal de desequilíbrio mental. A veterinária alerta que é importante observar alterações no apetite, perda de interesse por atividades que gostavam anteriormente, excesso de lambeduras, agressividade ou sono excessivo. Lembrando que, para isso, é fundamental ter como referência o comportamento natural da espécie (etologia). “Apesar de serem mais independentes, os gatos, assim como os cães também apresentam comportamentos incomuns em estados de depressão, ansiedade ou estresse. É extremamente importante que os responsáveis pelos pets estejam atentos”.

Identificando os sintomas

A veterinária alerta para os sinais de depressão: “falta de apetite, sonolência em excesso, lambedura ou coceira excessiva, olhar triste, não querer brincar (apatia), movimentos repetitivos. Em gatos, destacamos: miados constantes, comportamento arisco ou estado de isolamento/reclusão. Vale enfatizar que cada animal responde diferentemente ao sintoma depressivo.”

Já a ansiedade, se manifesta nos animais de forma similar a dos humanos. “Assim como para nós se trata de uma situação constante de medo ou preocupação excessiva em relação ao futuro, a ansiedade deixa os pets em estado de alerta e em constante estímulo de estresse. Portanto, situações de instabilidade na rotina dos animaizinhos não são positivas para eles.” Segundo Monique, os principais sintomas de ansiedade são: agressividade, postura submissa (andar acanhado ou se abaixar quando for tocado pelo seu dono), falta de apetite, medo sem motivo aparente, lambedura excessiva das patas, choros frequentes, alterações de padrão do sono, etc.

Outro distúrbio que acomete os animais é o estresse. Mais uma vez, a análise da linguagem corporal é fundamental para o diagnóstico. Alguns alertas podem ser verificados em situações quando: o cachorro ou gato fica mais carente e tenta chamar a atenção do tutor, apresenta nervosismo, hiperatividade, coceira, comportamento destrutivo, desânimo, latido excessivo, pupila dilatada, ofegação, lambeduras excessivas, alongamentos desnecessários, falta de apetite, dentre outros.

Uma vez reconhecido os sintomas, o primeiro passo para um tratamento adequado é alterar situação para uma rotina mais saudável para o animal, com dieta adequada, fazer passeios regulares e claro oferecer carinho, amor e atenção. Também pode ser importante levar o pet para profissionais especializados como médicos-veterinários comportamentalistas ou mesmo adestradores. A partir do diagnóstico, os especialistas direcionarão o animal ao tratamento mais eficaz conforme o quadro observado.