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Já imaginou castrar o pet sem cirurgia, em um procedimento que dura apenas 20 minutos? Em um estudo pioneiro no mundo e extremamente promissor, estudantes da pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um método não cirúrgico para esterilizar cães e gatos machos. Ambas são bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do MEC (Capes).
As pesquisadoras Vanessa Nicolau de Lima, doutoranda em Biologia Animal, e Juliana Lis Mendes Brito, pós-doutoranda pelo mesmo programa, explicaram que a motivação da pesquisa foi reduzir o número de animais nas ruas e promover o acesso às ações de castração.
Segundo Vanessa de Lima, um único casal de gatos, em 10 anos, pode gerar, aproximadamente, 50 mil filhotes, descentes diretos e indiretos. “ O contingente de cães e gatos que vivem nas ruas é um desafio para gestores públicos. É um problema de saúde pública. Essa pesquisa abre a possibilidade de ser aplicada como política pública”, conta.
O procedimento dura 20 minutos e é feito apenas em animais machos. Nele o animal é sedado e recebe uma injeção de nanopartículas de óxido de ferro no testículo. Em seguida, uma de duas formas de esterilização pode ser adotada: a aplicação de um campo magnético (magnetohipertermia) ou de uma luz de LED (fotohipertermia).
Juliana Brito conta que o estudo é pioneiro no mundo e que os resultados foram promissores. “Acompanhamos 13 animais e chegamos ao final do experimento com um animal que tinha resquícios de um tecido, que a gente julga que seria testículo, mas ele já não era nada funcional”. O procedimento faz com que o testículo atrofie e “suma de vez”, explica a pesquisadora.
Os resultados demonstram que o projeto pode contribuir para a saúde pública. Hoje, as castrações cirúrgicas não são suficientes nem acessíveis para atender a demanda. A técnica da magnetohipertermia aplicada à castração de animais, coordenada pela professora Carolina Madeira Lucci, do Programa de Pós-graduação em Biologia Animal, teve seu caráter inovador reconhecido e foi patenteada em 2020.
FONTE: CCS/CAPES
Comportamentos repetitivos – como correr atrás do rabo – são mais comuns entre cães de tutores de primeira viagem, aqueles que vivem com famílias maiores e os que se exercitam por menos de uma hora por dia, de acordo com uma pesquisa realizada na Finlândia, publicada na revista Scientific Reports.
Já se sabe que comportamentos repetitivos anormais em cães podem prejudicar as relações entre animais e tutores e piorar o bem-estar do pet. No entanto, os fatores associados a não são claros.
Hannes Lohi e os colegas entrevistaram tutores de 4.436 cães de 22 raças entre fevereiro de 2015 e setembro de 2018. Eles descreveram que, com frequência, os animais de estimação se envolveram em uma série de comportamentos repetitivos; perseguindo a cauda, agarrando seu reflexo ou sombra, lambendo a superfície, cercando e passando o tempo perto de sua tigela de água e se mordendo.
Os pesquisadores descobriram que 1.315 (30%) dos cães se envolveram em comportamentos repetitivos e que a incidência desses comportamentos estava associada ao ambiente doméstico e ao estilo de vida de um cão. Comportamentos repetitivos foram 58% mais prováveis entre os cães que foram os primeiros de seus tutores, em comparação com aqueles cujo tutor já cuidava de um pet. Os cães que viviam com uma pessoa eram 33% menos propensos a se envolver em comportamentos repetitivos do que aqueles que viviam com uma família de três ou mais pessoas, enquanto aqueles que não viviam com outro cão eram 64% mais propensos a se envolver em comportamentos repetitivos do que aqueles que têm companhia canina. Exercitar-se por menos de uma hora por dia foi associado a um aumento de 53% na probabilidade de comportamentos repetitivos, em comparação com o exercício entre uma e duas horas por dia.
Além disso, os comportamentos repetitivos foram mais comuns em pastores alemães, cães de crista chinês e Pembroke Welsh Corgis, e menos comuns em Smooth Collies, Schnauzers miniatura e Lagotto Romagnolos. Os cães eram mais propensos a se envolver em comportamentos repetitivos com menos de dois anos e com mais de oito anos. Esses comportamentos também foram mais comuns entre os cães mais hiperativos, agressivos e mais facilmente distraídos.
Os resultados sugerem que os comportamentos repetitivos em cães são complexos e associados a uma série de fatores ambientais, de estilo de vida e genéticos. Os autores propõem que a compreensão desses fatores pode ajudar a melhorar o bem-estar dos animais.
Seja para economizar ou porque o pet tem muito medo de banho, muitas pessoas preferem higienizá-los em casa. Para isso, porém, não basta colocar o melhor amigo debaixo do chuveiro, esfregá-lo e secá-lo. Para garantir a saúde do cão e do gato, existem produtos específicos que devem ser usados; é preciso atenção especial no caso daqueles com dermatites, e essencial ter muito cuidado com os ouvidinhos, que podem infeccionar caso caia água. O Mais Bichos pediu para os veterinários Kaue Ribeiro da Silva e Carla Coiro, da Vetnil, responder algumas dúvidas comuns entre os tutores. Confira e garanta um banho mais seguro para o amigão.
Pode usar shampoo e condicionador de humanos nos cachorros?
Não. A pele dos humanos é completamente diferente da pele dos cães. Em primeiro lugar, o pH da pele dos humanos é muito mais baixo do que o pH da pele dos cães. Isso quer dizer que nossa pele é mais ácida, enquanto a dos cães está entre neutra e alcalina.
Nossa pele é coberta por ácidos graxos (gorduras), que formam uma barreira protetora, mantendo-a hidratada. Essa barreira é formada por células da pele, que funcionam como se fossem tijolos, e por gordura entre tais células, atuando como se fosse o cimento que mantém uma parede firme. Essa disposição da pele a mantém hidratada e cria uma barreira contra microrganismos, prevenindo infecções.
Além disso, a pele dos cães é mais fina que a dos humanos. Na verdade, animais peludos no geral têm a pele mais fina do que aqueles com menos pelos, havendo uma relação inversa entre a espessura da epiderme e a densidade da pelagem.
Assim, quando utilizamos produtos humanos para dar banho em nossos pets, corremos o risco de que eles desenvolvam vários problemas, como:
• Alergias
• Disqueratinização (descamação)
• Infecções por fungos e bactérias
• Foliculite, entre outras dermatites
Produtos especialmente desenvolvidos para pets são formulados com as características adequadas para utilização sobre a pele e pelos de cães e gatos. Esses produtos contêm ativos não agressivos e compatíveis com a estrutura da epiderme e pelagem dos animais. Escolha produtos de alta qualidade, de acordo com as orientações do Médico-Veterinário dos seus pets.
Deve-se ou não colocar algodão no ouvido na hora do banho?
Uma série de fatores pode causar otite canina, como alergias, ácaros de orelhas, bactérias, higiene inadequada ou água entrando nos ouvidos durante o banho. Uma infecção no ouvido tipicamente resulta em dor e inflamação.
Então, antes de iniciar o banho do pet, o ideal é colocar um chumaço de algodão impermeável (hidrofóbico) dentro do ouvido e retirá-lo ao final do banho. Em todo o caso, mesmo utilizando o algodão impermeável, é importante evitar a entrada de água nas orelhas, além de secar bem a pelagem sobre as orelhas (assim como todo o restante do corpo) para evitar que fique úmida e propicie a ocorrência de otites e dermatites. Lembre-se que o algodão que normalmente temos em casa é hidrofílico, ou seja, ele absorve água, por isso é comumente utilizado para limpeza da pele.
Existem produtos específicos para cães com alergias na pele?
Existem diferentes tipos de alergia causadas por vários fatores, desde a picada de pulgas e carrapatos, até reações por alimentos. Há casos ainda em que o cão apresenta alergia e não é possível estabelecer uma causa exata, doença conhecida como dermatite atópica. No geral, os sintomas mais comuns envolvem coceira, perda de pelos (alopecia), vermelhidão (eritema) em algumas áreas da pele, e pode haver também feridas em casos mais avançados.
O primeiro passo é sempre levar o seu pet em um médico-veterinário, já que cada um desses quadros é tratado de uma maneira diferente, então quanto antes for diagnosticada a causa da alergia, maiores as chances de tratamento e controle.
Em alguns casos, produtos específicos, como um shampoo hipoalergênico, podem ser recomendados para o pet. É importante controlar os sintomas da doença para manter uma boa qualidade de vida ao bichinho, evitando ao máximo o contato com agentes alérgenos. No caso da alergia alimentar, deve-se evitar a ingestão das substâncias que provocam reações alérgicas no seu pet, o que será avaliado obrigatoriamente pelo veterinário. O profissional poderá solicitar a troca da ração, evitar petiscos com corantes artificiais entre outras orientações importantes para controle do quadro. No caso da alergia por picada de ectoparasitas (pulgas, carrapatos etc.), lembre-se que, além do tratamento recomendado pelo veterinário que será aplicado diretamente no pet, é necessário cuidar do ambiente, fazendo a limpeza da casa e dos demais locais em que circulam, pois as pulgas, por exemplo, estão presentes em maior quantidade fora do animal.
Silenciosas e progressivas, as doenças renais que atingem cães e gatos podem ser prevenidas e tratadas, apesar de ainda não existir cura para a maioria delas. Quanto antes for feito o diagnóstico e o acompanhamento, maior é a chance de o pet ter qualidade de vida. A veterinária Joana Portin, líder da área médica da Nofaro, alerta para mudanças que devem ser observadas: aumento na ingestão de água e no volume da urina; perda de apetite, vômitos, perda de peso e hálito com odor forte são sintomas indicativos de doenças como insuficiência renal.
O diagnóstico é feito com o auxílio de exames de sangue, de urina e de imagem. As alterações mais comuns são aumento de creatina e ureia no sangue, baixa densidade urinária no exame de urina e alterações na imagem dos rins.
Cães e gatos de todas as raças estão sujeitos a desenvolver doenças renais, mas animais idosos estão mais suscetíveis e exigem cuidado redobrado, uma vez que o organismo está naturalmente mais fragilizado. Em todo caso, a recomendação para afastar as doenças renais é oferecer uma alimentação adequada e muita hidratação.
“A ingestão de água é determinante para manter a saúde dos rins. No caso dos gatos, que não costumam ingerir muito líquido, a inclusão de alimentos úmidos, como sachês e pastas, é bem-vinda e auxilia na hidratação. Além disso, reforço a importância da alimentação adequada para garantir que os pets se mantenham saudáveis. Alimentos caseiros, sem equilíbrio ideal de alguns componentes como sódio, proteína e fósforo, podem trazer malefícios ao funcionamento dos rins”, finaliza Joana.
As águas de março ainda não amenizaram o calor das manhãs em Brasília. Por mais divertido que seja levar o melhor amigo para um passeio ao ar livre sob o Sol, é preciso tomar alguns cuidados com a saúde do melhor amigo.
“Os passeios deixam os pets expostos aos riscos da rua, como doenças e parasitas que pode encontrar no meio do caminho. Portanto, estar com a carteirinha de vacina em dia é fundamental. Afinal, saúde em primeiro lugar! Por isso, é importante que o cãozinho esteja protegido. Primeiro de tudo, se o pet for filhote, não esqueça que é importante respeitar as orientações do médico veterinário e só preparar a guia para passear quando o pet estiver devidamente vacinado e liberado pelo profissional”, orienta Thaís Matos, médica veterinária da Dog Hero.
Em dias muito quentes, existe outro aspecto que precisa ser considerado, antes de colocar o pet na rua. “Certifique-se de que o chão não está quente fazendo o teste com as costas da sua mão encostadas na superfície por 10 segundos. Se você suportar, significa que a temperatura está adequada e seu cão não queimará as patas”, explica Thaís.
Confira 7 dicas de cuidados da médica veterinária para aproveitar os passeios com seu pet no verão:
Hidratação e alimentação
O calor é muito prejudicial para os pets, pode causar hipertermia com consequências irreparáveis. Para manter o pet bem hidratado e alimentado, não esqueça de levar para os passeios uma garrafa para cães ou bebedouro portátil e um pouquinho de ração em um pote fechado. Lembre-se que abrir mão desses itens na hora de dar uma caminhada pela rua é colocar a saúde do seu pet em risco, afinal, tanto filhotes como adultos não podem ficar muito tempo sem beber água e com fome por conta do exercício físico.
Pets também devem usar protetor solar
Pais e mães de pets precisam estar atentos aos passeios e fazer uso do protetor solar. Cãezinhos com pelagem branca ou que têm pouco pelo na ponta das orelhas, no focinho, no rabo e nas patas precisam de protetor solar antes de serem expostos ao sol. Há protetores específicos para uso em animais, consulte sempre a recomendação do médico veterinário do seu pet.
Pet sempre na coleira
Jamais passeie com o pet solto, mesmo que ele seja adestrado, pois as chances de um acidente acontecer, como um atropelamento, por exemplo, ou ele se machucar ou ainda comer algo indevido (sem o tutor perceber) e se intoxicar são muito altas. O risco não vale a pena. O tutor deve providenciar guias e peitorais que sejam bem confortáveis e adequadas ao tamanho do pet. A opção mais segura é a peitoral com engate na frente, chamada anti-puxão, como essas. Coleiras de pescoço aumentam as chances de ocorrer glaucoma, uma pesquisa realizada nos EUA concluiu que a cada três cães que usam coleiras de pescoço, dois apresentam fraturas no pescoço devido aos trancos.
Placa de identificação
Outro item indispensável é a placa de identificação, com o nome do animal de estimação e contatos de emergência do tutor. Em um caso de fuga, é a placa de identificação para cães que vai aumentar as chances do cãozinho voltar para casa. Esse é um acessório de passeio que não pode ficar em casa em hipótese alguma.
Procure manter locais limpos
Além disso, para manter os locais limpos após o pet fazer suas necessidades, o tutor pode levar jornais, papéis velhos, sacolinhas de mercado ou saquinhos higiênicos, que podem ficar presos à guia.
Passeio no parque onde tem outros pets
Especialmente aos fins de semana, variar e passear com pet é uma ótima pedida. Claro, outros tutores terão a mesma ideia, o que também é bacana, especialmente se o cãozinho é amistoso com outros animais. Novos cheiros para farejar são um excelente estímulo! Se é a primeira vez de vocês nessa situação, fica a dica: verifique a linguagem corporal do seu cão e dos outros cães. Se o cão lamber o nariz, bocejar ou se sacudir como se tivesse acabado de sair de um banho, isso demonstra que ele está estressado e as chances de uma briga iniciar são grandes. Nesses casos, mude o trajeto e evite o confronto.
Após o passeio, patinhas limpas!
O cuidado com as patas nos dias de calor também é essencial. Reveja o horário de saída para passeios com seu cachorro, pois o chão pode estar muito quente e acabar queimando as patinhas. Os lenços umedecidos específicos para pets podem fazer o papel do álcool em gel em humanos: eles devem ser usados para limpar as patas dos pets após um passeio. Basta retirar a quantidade necessária de lenços e passar suavemente sobre o local que pretende limpar, secando bem as patinhas após o uso. Desta forma, o pet ficará livre de bactérias e de qualquer ameaça viral.
Sobrou até para eles. O maior salão de competição canina do mundo, o Crufts, começou ontem em Birmingham, na Inglaterra, sem os participantes russos. A decisão dos organizadores deve-se à invasão da Ucrânia.
Mais de 20 mil cachorros devem participar do concurso, considerado uma instituição no Reino Unido, onde irão competir até domingo em concursos de beleza, agilidade e adestramento.
Porém, “condenando a invasão da Ucrânia” em finais de fevereiro, o Kennel Club, organizador do evento, decidiu “não permitir os participantes da Rússia”. Inicialmente se esperava que participassem 30 proprietários e criadores e 51 cães desse país.
“Nossos amigos da Ucrânia e seus cachorros temem por suas vidas e fazemos tudo que podemos para apoiá-los”, afirmaram os organizadores, anunciando uma doação de 50.000 libras (330 mil reais) a uma obra beneficente para cães, a fim de “ajudar os criadores, os proprietários e os cachorros que necessitam desesperadamente” na Ucrânia e na Polônia.
O Kennel Club, que possui federações em muto países, também excluiu os juízes caninos com licença na Rússia e em Belarus das competições que organiza em todo o mundo.
O Crufts atraiu 150 mil visitantes em 2020, porém se espera uma menor participação este ano.
“Depois de vários anos de indecisão, tínhamos previsto uma queda no número de participantes, devido tanto às mudanças (nas normas) para as viagens de animais depois do Brexit como as consequências da pandemia, com muita gente, sobretudo no exterior, que não pode viajar ou planejar uma viagem”, explicaram à agência AFP.
Este ano, 16.000 animais de 38 países competem pelo prestigioso título de “melhor cachorro do salão”. Entre eles, cerca de 1800 são de outros países, um número muito inferior ao de dois anos atrás, quando mais de 3.000 cachorros chegaram do estrangeiro.
Como consequência da saída britânica da União Europeia, desde de outubro de 2021 os europeus precisam de passaporte para viajar ao Reino Unido, ao invés de um simples documento de identidade e seus animais de estimação estão sujeitos a normas restritas de vacinação e identificação.
Quem vê pensa que é santo. Mas, com essa carinha fofa, o cachorrinho Lélo destruiu uma clínica veterinária em Novo Horizonte, São Paulo. O motivo da revolta do caramelo foi a castração. Ele não gostou nada de ficar internado pós-cirurgia e, para a surpresa da veterinária Jéssica Possari Rodrigues, estragou tudo que viu pela frente. Comeu caixas, derrubou móveis e ainda mastigou um pedaço da câmera de segurança. A veterinária postou o vídeo no Facebook e Lélo viralizou. Depois de colocar a clínica de cabeça para baixo, o caramelo teve uma ótima recuperação e já voltou para a propriedade rural onde vive, no interior.
Andrea Cisternino vive na Ucrânia há 13 anos, não muito longe de Kiev, onde criou seu próprio abrigo de animais abandonados. Originalmente um fotógrafo de moda da Itália, ele se casou com uma mulher ucraniana e se recusa a deixar o país, para não abandonar os 400 bichos que resgatou, incluindo cães, gatos, ovelhas, porcos e cabras. “Vou morrer aqui pelos meus animais. Tenho que pensar em salvar esse refúgio. São 400 hóspedes, que merecem ser protegidos a qualqeur custo”, postou, em sua conta no Facebook.
Apesar de a força aérea russa atacar várias áreas civis e pairar nas proximidades de seu abrigo, Cisternino permanece implacável e, regulamernte, posta atualizações sobre ele seus animais. Na primeira noite da invasão russa, ele revelou como a cidade estava sob toque de recolher durante todo o dia e relatou os cortes de energia por precaução, em meio a ataques aéreos russos.
A postagem mais recente foi feita no dia 25 de fevereiro, deixando preocupados seus seguidores. Porém, na sexta-feira 4, uma amiga de Cisterino publicou uma atualização. Anna Raimondi disse que tinha acabado de falar com a mulher do fotógrafo, que conseguiu entrar em contato com o embaixador italiano em Kiev. O diplomata prometeu tentar abrigá-la na Embaixada e não criticou a decisão de Cisterino de continuar no abrigo. “Vamos lá, Andrea, estamos todos pensando em você”, escreveu.
Aberto há seis anos em Lviv, na Ucrânia, o Cat Cafe Lviv é o lar de 20 gatos, que recebem os visitantes e pedem chamego enquanto eles comem e tomam um cafezinho. Segundo o proprietário, Serhii Oliinyk, os animais ajudam os consumidores a relaxarem: muitos entram na loja apenas para brincar com eles.
Porém, nos últimos dias, com a invasão russa, o clima está cada vez mais pesado não só em Lviv, mas em toda a Ucrânia. Ollinyk e a família, porém, resolveram ficar e manter as portas do café abertas, não só como ato de resistência, mas para proteger os gatinhos. “Eles vivem aqui desde os 4 meses de idade. São como família. Percebemos que nunca vamos deixar nosso país, que esse é o único lugar onde nos enxergamos no futuro”, contou o comerciante ao site The Dodo.
Para Ollinyk, mais do que nunca, as pessoas na Ucrânia precisam do clima de paz e tranquilidade que os gatinhos ajudam a construir no café. “Atualmente, temos menos visitantes regulares, mas há pessoas que vêm até de outras cidades. Elas precisam de comida quente e emoções positivas.” Segundo o comerciante, duas das salas do café ficam no porão. Por isso, em caso de bombardeio, há um espaço seguro, tanto para as pessoas quanto para
os gatinhos que moram no Cat Cafe Lviv.
No perfil do Facebook, Ollinyk agradeceu o apoio que tem recebido de todo o mundo. Com uma conta no PayPal, o estabelecimento vai doar 50% das transferências para o exército ucraniano.
Já percebeu que alguns cães e gatos, quando mais velhinhos, começam a parecer desorientados? Assim como acontece com humanos, animais domésticos — cães mais do que os gatos — idosos podem sofrer de doenças neurodegenerativas. Importante é reconhecer os sinais e ajudar o amigão a ter qualidade de vida na velhice.
De modo geral, cães e gatos são considerados idosos a partir dos sete anos de idade, quando a visita de rotina ao veterinário deve ser feita a cada seis meses.
Mudanças bruscas de comportamento são os principais indícios de que algo pode estar errado com a saúde do pet. Sinais como desorientação, ansiedade ou inquietação, necessidades fora do lugar, desequilíbrio e dificuldade para caminhar ou manter a cabeça ereta podem ser sintomas de doenças neurodegenerativas, como a Disfunção Cognitiva Canina, cujos sintomas são semelhantes ao do Alzheimer humano.
“No caso dos gatos, além das mudanças no comportamento, os tutores devem ficar atentos às doenças que acometem o trato urinário”, orienta a Joana Portin, médica-veterinária da Nofaro, especialista em felinos. Ela explica que eles costumam “esconder” que estão doentes. No entanto, alguns sinais, como aumento na micção ou sede excessiva, podem ser indicativos de problemas renais, principalmente na terceira idade. “Nesse caso, a recomendação é acionar um médico-veterinário”, alerta.
Não existe cura para as doenças neurodegenerativas. Porém, os avanços da medicina veterinária garantem tratamentos eficazes no controle dessas patologias, focando no bem-estar e na qualidade de vida dos animais. Além das terapias convencionais, especialidades como acupuntura e fisioterapia são essenciais para o aliviar os sintomas e inibir o avanço das doenças.
Em casa, algumas mudanças na rotina do pet também podem beneficiar a saúde e tornar o dia a dia mais prazeroso. Para Dora Mazzali, veterinária, a alimentação de animais idosos é assunto que merece atenção: “Para pets sem apetite ou com alguma dificuldade para se alimentar, a alimentação natural, sob supervisão de um nutricionista, pode ser uma excelente aliada na nutrição, principalmente no caso de animais idosos, que eventualmente podem se tornar resistentes à ração seca”, finaliza.