Festa Moranga para ajudar cães e gatos

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Parte da renda da tradicional festa Moranga será revertida para ajudar o abrigo de animais Flora e Fauna, localizado no Núcleo Rural Ponte Alta no Gama/DF, que ajuda cães e gatos abandonados da cidade. Para cada compartilhamento feito em modo público do evento de hoje, será doado R$ 1 para o abrigo.Basta confirmar presença no evento Moranga do Cão, compartilhar em modo público e avisar no feed do evento que compartilhou com a hashtag #MorangaDoCao. O link do evento é este aqui: 

https://www.facebook.com/events/966376276776236/

Quando?

Hoje, a partir das 22h

Onde?

Outro Calaf (Setor Bancário Sul, Quadra 2 – Térreo do Edifício João Carlos Saad)

Atrações

DJ Faroff

Chico Aquino

Gustavo Bill

André Barros

Deltafoxx

Cookie Valentino

Quanto?

R$ 20 até 23h30; R$ 30 até 1h; R$ 40, após esse horário.

Anfitriões amorosos

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(Por Mariana Rosa, Especial para o Correio)

(Fotos Luís Tajes)

 

 

O problema na hora de viajar é sempre o mesmo: com quem deixar o animal de estimação? Um parente? O vizinho? O amigo? O nem tão amigo assim, mas que gosta de cachorro… A decisão é difícil para quem pede e para quem aceita receber o bichinho. Focadas nessa situação, crescem no Brasil startups dispostas a solucionarem o impasse.

Páginas eletrônicas foram criadas para unir pessoas que recebem animais em casa e cuidam deles enquanto os donos estão ausentes. Algo como uma hospedagem domiciliar. Uma espécie de Airbnb (site oferece hospedagens em casas particulares), mas para animais. Na plataforma brasileira, o interessado escolhe o anfitrião que atende suas necessidades, entra em contato com ele, agenda os dias, os horários e fecha a reserva.

O valor da diária varia de R$ 25 a R$ 100, dependendo dos serviços oferecidos. Pagamento é feito on-line e é intermediado pelos sites de hospedagem.

Foi em 2012 que o paulista Sérgio Hernandes, 37 anos, lançou o site Pet Hub. Incomodado com a situação de não ter com quem deixar o cachorro durante uma viagem, o empresário arregaçou as mangas e saiu em uma tarde de sol perguntando aos frequentadores do Parque Ibirapuera, em São Paulo, se eles passavam pelo mesmo problema. “Todos viviam a mesma situação e 80% dos entrevistados aceitariam pagar para deixar o animal em um lugar realmente confortável.” Assim, o programador começou a desenvolver o site, que hoje possui mais de 20 mil anfitriões cadastrados e ultrapassa 200 mil noites registradas.

A escolha de uma casa para deixar o bichano vai além da questão financeira. A carioca Monique Corrêa, 34 anos, fundadora e CEO da Pet Roomie, presente em 20 estados brasileiros, conta que o momento da reserva exige atenção. “O local deve atender o pet em primeiro lugar. Por exemplo, se o bicho fica sempre acompanhado, precisa de um cuidador em tempo integral. Se é um gato, talvez seja mais interessante cuidar dele em casa. Pensando por esse lado, conseguimos conquistar 100% de satisfação nas avaliações de anfitriões”, conta. Entre os diferenciais, a Pet Rommie oferece um filtro específico para cuidadores de gatos. A própria Monique tem uma gata persa de 10 anos e é adepta a campanhas que promovem a adoção de animais.

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Amor é a palavra que inspira os anfitriões. Eles cuidam dos animais porque gostam e ainda encaram a prática como uma atividade financeira (as empresas descontam, em média, 15% do valor da hospedagem). Para candidatar-se ao cargo, o interessado elabora um perfil em que conta sua experiência com os animais e o carinho que tem por eles. Adicionam fotos dos cachorros que têm, do ambiente em que vivem e informam se moram em casa ou em apartamento. A partir desses dados, o tutor do cachorro entra em contato com o anfitrião que mais lhe agrada e combina os detalhes da hospedagem.

Eduardo Baer, 31 anos, e Fernando Gadotti, 30 anos, gerenciam a Dog Hero e tranquilizam os donos dos animais. “Para garantir a segurança do serviço, o anfitrião envia, diariamente, fotos e vídeos para os responsáveis e oferecemos uma garantia de R$ 5 mil para emergências veterinárias”, pontua Eduardo.

Além disso, o candidato passar por um criterioso processo seletivo, que inclui entrevistas por telefone, análise da casa por meio de fotos e até o levantamento de antecedentes criminais. “A ideia é fazer com que o anfitrião ofereça a hospedagem porque gosta da companhia de um animal. O serviço é focado em pessoas que amam cachorros e fazem de tudo para garantir o bem-estar deles”, completa Fernando Gadotti, da Dog Hero.

Motivada pela experiência própria de precisar viajar e não ter com quem deixar os animais de estimação, Ana Paula Rodrigues de Souza, 23 anos, candidatou-se a anfitriã há seis meses. No apartamento da Asa Sul, a estudante de psicologia recebeu oito animais — alguns por mais de uma vez —, e coleciona cinco estrelas em todas as avaliações. “Achei a proposta interessante por ser menos traumática para os animais. Além disso, é uma realização poder ajudar quem passa pela mesma dificuldade que eu passei. Como tenho dois cachorros vira-latas, cuidar de um a mais não faz diferença”, conta.

Pepe é o shih tzu da oficial do Exército Thaís Madureira, 38 anos. Uma experiência traumática fez com que ela nunca mais deixasse o pet em um hotel. “Viajei por 30 dias e, quando voltei, o Pepe estava com a córnea perfurada. Gastei mais de R$ 5 mil para ele não ficar cego e o canil disse que não poderia fazer nada”, desabafa. Por meio do aplicativo para celular, a militar fez a primeira reserva. Satisfeita, está prestes a fechar outra hospedagem, desta vez para as férias do fim de ano, por 40 dias. “Ele terá o mesmo tratamento que teria se ficasse comigo. Ficará mais barato do que deixar no hotel, não vou precisar incomodar ninguém e receberei fotos diárias dele para matar a saudade”, completa.

 

Saiba Mais:

* Pet Sitter é um serviço em que o cuidador vai até a casa onde o animal vive e cuida dele lá. O serviço também é oferecido por alguns anfitriões, além de passeios, treinamento, day care e transporte, desde que previamente combinado.

* Caso o cão seja antissocial, agressivo ou possua necessidades especiais, é possível encontrar um cuidador especialista nessas áreas. Se for necessário, um orçamento personalizado pode ser elaborado para atender tais demandas.

* Mediante agendamento, é possível visitar a casa do cuidador antes de deixar o animal no local. É aconselhável levar a coleira, algum medicamento necessário, a caminha e a ração suficiente para todo o período que ele ficará hospedado. O cuidado evita a troca de alimento.

* Não é recomendado levar brinquedos perfumados. Os cães costumam ser ciumentos em relação e podem não gostar que outros animais se aproximem dos objetos preferidos.

 

 

 Serviço:

* DogHero (https://www.doghero.com.br/) e PetHub (https://pethub.com.br/) possuem aplicativos para IOS e Android.

* A PetRoomie (http://www.petroomie.com.br/) está com os aplicativos em fase de teste.

 

Companheiros contra a solidão

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(por Laura Tizzo ,especial para o Correio Braziliense)

(fotos Jhonatan Vieira/CB/DA Press)

 

 

Ambos vivem nas ruas, invisíveis aos olhos da sociedade. Sobrevivem do que encontram descartado e dormem ao relento. Por vezes, despertam medo; por outras, compaixão. O que não se pode negar é que, para as pessoas que vivem na rua, a convivência com animais domésticos extrapola a relação “dono” e “mascote”.
O catador José Alves de Souza , 60 anos, é um desses homens. Apesar de ser dono de uma chácara em Planaltina, ele passa os dias da semana em um terreno próximo à Casa do Ceará (910 Norte). A realidade de trabalho é intensa. Seu Zezim, como é conhecido, recicla papelão, garrafa plástica, cobre, alumínio, sucata e ferro velho. À noite, dorme em uma barraca de lona improvisada, embaixo de um pé de manga, que serve de referência a quem quiser fazer uma visita.
A solidão, no entanto, passa longe. A cadela Quira está sempre ao lado, com um carinho meio desastrado — cada balançar de rabo é um estrondo. Ao ver o dono se aproximando, Quira se transforma. Antes deitada sobre a terra batida, ela se levanta e inicia um corre-corre, até que José finalmente lhe dá a atenção devida. A cadela de grande porte põe as patas embarradas sobre os ombros do dono, que retribuiu com mimos. “Já me ofereceram R$ 1,2 mil por ela. Eu falei para deixarem a minha cachorra em paz, é minha amiga. Poderia ser R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 1 milhão, não vendo. Eu já vivo sem o dinheiro mesmo”, conta.
José nasceu em São Paulo, morou em Minas Gerais, mudou-se para a Bahia, de onde veio, há três décadas, para “caçar melhorar a vida”. O único estudo que teve foi para tirar carteira de motorista, porém, se orgulha de ter lutado pela educação das filhas. “O meu sonho era estudar. Eu não tive (estudo), mas dei para as minhas filhas. Elas terminaram a faculdade, outra está se formando”, relata.

 

Aurino Costa da Silva e seu cachorro Leão, na Asa Norte.
Aurino Costa da Silva e seu cachorro Leão, na Asa Norte.

 

No mesmo terreno, fica a tenda de Aurino Costa da Silva, 61, que também recorre à reciclagem para sobreviver. Cansado de testemunhar os maus-tratos que a cadela Amarela sofria do antigo dono, ele a comprou por R$ 10, o preço de uma garrafa de bebida alcoólica. “O cara vivia com ela na rua, judiando da cachorra. Andava com ela no asfalto mesmo, em tempo de algum carro atropelar”, comenta.
Amarela não é de muitos amigos. Fica sempre quietinha, no canto, sem incomodar e sem deixar que a incomodem. Alguns meses depois da adoção, veio o filhote, Leão, que de feroz só tem nome. “Valeu a pena, são as minhas companhias”, revela o piauiense, que se mudou para o Distrito Federal prestes a completar 19 anos para ajudar a criar as irmãs.
 

Guilhermina Maria da Conceição e a sua gata Nina, na Asa Norte.
Guilhermina Maria da Conceição e a sua gata Nina, na Asa Norte.

 

 

 

Caso semelhante é o de Guilhermina Maria da Conceição, 44, que há meses se abriga no gramado entre o Eixão Norte e o Eixinho. Baiana, trabalhava na cidade de Barreiras, capinando e arrancando feijão. Deixou a roça há quatro anos para morar em Uruaçu, município goiano a 270km de Brasília. A maior parte do ano, no entanto, fica na barraca erguida no fim da Asa Norte, que, há três meses, conta com uma moradora nova: a gatinha Nina. “É uma amiga, a gente adora ela. Quando a gente come, ela está perto, a gente dá comida. Quando eu acordo, ela sai junto. A gente pega amizade dos bichinhos”, explica.

 

 

 

Carência

A porta-voz da ONG ProAnima, Simone Lima, conta que, há cerca de 10 anos, foi procurada por um morador de rua que pedia ajuda para a cadelinha atropelada. A entidade encontrou um veterinário para realizar a cirurgia, e o homem fez questão de pagar R$ 1 por dia à equipe por ter salvo a vida da melhor amiga. “Os vínculos podem ser estabelecidos, independentemente de classes sociais”, conta.
O doutor em sociologia e professor dos cursos de direito e ciência política do UniCeub Edvaldo Fernandes explica que uma das consequências da exclusão social é o isolamento dos indivíduos. “É como se a sociedade buscasse eliminar essas pessoas. Como não se pode, simplesmente, destruir a vida alheia, as ignora. Essa pessoa que é tratada dessa forma acaba não se sentindo alguém, mas, sim, uma coisa”, esclarece.
Uma vez imposta a condição de segregação, a pessoa em situação de rua, por exemplo, procurará se relacionar com aqueles que não a discriminam, que pode ser tanto alguém na mesma condição, quanto animais. “Mesmo as pessoas, quando são excluídas, acabam por construir zonas de escapes e por improvisar soluções. E, às vezes, na falta de encontrar um par, elas encontram um cachorro. O bicho vai suprir a carência de interação com alguém.”
Segundo Edvaldo, os casos de cidadãos marginalizados que buscam a companhia de animais de estimação são frequentes, pois a sensação de solidão é uma constante. “Cães e gatos, por exemplo, tratam as pessoas como elas são. Eles as tocam, se aproximam e, com isso, compensam um deficit de carinho, de amor e de afeição”, conclui.

 

Cadela desnutrida tem recuperação milagrosa

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(da Redação da ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais)

 

A recuperação milagrosa de uma cadela abusada que quase morreu depois de ser deixada passando fome pela sua tutora foi gravada em um vídeo tocante. As informações são do Daily Mail.

Angel, como foi batizada pelos funcionários, foi descoberta por voluntários da caridade de resgate de animais Rescue From the Hart em Nuys, California, no Estados Unidos, seguindo meses de fome deliberada. A cadela foi levada à um centro onde veterinários descobriram que seus órgãos haviam começado a falecer.

Agora, um vídeo de cinco minutos foi lançado pela caridade documentando a incrível recuperação de Angel. O vídeo no Youtube começa mostrando a cadela descansando em um cobertor rosa assim que foi resgatada. Um funcionário é visto cuidadosamente levantando Angel, cujas costelas aparecem por debaixo de sua pelagem cor de creme, e a colocando no chão. Suas pernas estão tão fracas que ela não consegue ficar em pé, escondendo seu nariz no meio de suas patas em vez disso.

 

O vídeo mostra os funcionários incapazes de a alimentar imediatamente visto que comida demais a teria matado. Voluntários estavam preocupados que Angel nunca melhoraria – até o surpreendente momento em que ela andou por conta própria. Ela logo é vista pulando pela clínica e sendo levada em passeios com outros funcionários que parecem extáticos com a sua recuperação. O vídeo termina com Angel correndo felizmente no jardim de sua nova casa.

Uma mulher da Califórnia, sua antiga tutora, foi presa e processada com 14 acusações de crueldade animal.

 

 

 

O final de semana e os eventos pet de Brasília

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Chegada do Papai Noel

Sábado dia 05.12.2015 a partir das 09:30h

Local: SCLN 205 Bloco D Loja 10

 

 

 

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Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna

Sábado 05.12.2015 das 11 as 15h

Local: SIA Trecho 2, ao lado da Gravia

 

 

 

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Feira de Adoção

Sábado dia 05.12.2015 a partir das 09h

Local: Lilas Pet, Edifício Real Quality na Avenida Araucárias Águas Claras

 

 

 

 

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Feira de adoção

Sábado 05.12.2015 das 11 as 16h

Local: 108 Sul

 

 

 

 

 

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Bazar Natalino São Francisco

Sábado 05.12.2015 das 10 as 16h

Local: SCLN 116 Bloco I loja 47

Sub-solo do Edifício Cedro

Família gasta R$ 6 mil em busca por cachorro desaparecido no DF

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(Da  ANDA e CACHORRO PERDIDO)

(foto Divulgação)

 

Há um mês, um cãozinho sem raça definida chamado Negão, sumiu na Cidade do Automóvel, que fica no SCIA (Setor Complementar de Indústria e Abastecimento). Desde então, seu tutor, o analista de sistemas Leonardo Murucci Bastos, busca o amado animal doméstico. Ele resolveu pagar por um outdoor na via Estrutural, uma das mais movimentadas do Distrito Federal, ao custo de R$ 2 mil, por 30 dias. Os custos totais na tentativa de reencontrar o animal chegam a R$ 6 mil.
Bastos conta que Negão é um cãozinho dócil e educado, mas que costumava cuidar bastante da região de sua casa. Até ser atacado por um cachorro bem maior. Para garantir a integridade do cãozinho doméstico, Leonardo decidiu levá-lo à Cidade do Automóvel. E foi lá que ele desapareceu, para a tristeza da família que o adotou há dez anos.
Foram várias as buscas na região da Cidade do Automóvel e também na Estrutural (DF). O analista de sistemas também contratou um detetive, carro de som e investiu em 10 mil panfletos e os distribuiu nas duas regiões. Mas sem resultado até a publicação desta reportagem. Leonardo estimou o gasto total em, pelo menos, R$ 6 mil reais.
— Não é um cachorro de raça, é um vira-lata. Estou procurando por amor.
O analista de sistemas garante que várias vezes já saiu mais cedo de casa e também no horário de almoço para procurar Negão. Enquanto a busca não se encerra, ele também não esclareceu o valor que pretende dar como recompensa. Se uma criança encontrou o cãozinho e passou a cuidar dele, ele acredita que dinheiro possa não ser a solução. Para ele, o dinheiro não é o mais importante.
— Se este for o caso, dou um outro cãozinho. O estresse emocional que tive é muito superior ao que já gastei.

Morre Cricri, a cadela que ficou famosa após lista de 10 coisas para fazer antes de morrer

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(Por Yasmine Holanda Fiorini, do Diário Catarinense ) (fotos reprodução Facebook)
Veterinária Katia Chubaci  decidiu fazer dos últimos dias de Cricri os mais felizes de sua vida
Veterinária Katia Chubaci decidiu fazer dos últimos dias de Cricri os mais felizes de sua vida

 

A cachorrinha Cricri, que ficou famosa na internet após sua dona fazer uma lista de 10 coisas divertidas para ela fazer antes de morrer, faleceu na última quinta-feira. Com câncer terminal e capacidade pulmonar reduzida, Cricri partiu naturalmente, abraçada junto de sua maior companheira, a veterinária Katia Chubaci.

 

 

Segundo Katia, naquela quinta-feira Cricri já acordou meio esquisita e não conseguiu subir no carro nem fazer xixi agachada, como sempre fazia. Na hora do almoço, recusou o sanduíche de ricota e cenoura e papou um churrasco. À tarde, desmaiou duas vezes na clínica de Katia, onde costumava passar os dias grudada na dona.

— Ela não sentia dor por causa da morfina, mas ali eu vi que era a hora. Levei ela para a sala de consulta e a abracei. Conversamos, agradeci a ela por tudo e deixei ela ir. Ela aproveitou até o último dia, foi muito amada — revela, emocionada.

Na lista com as 10 coisas para Cricri fazer antes de morrer, estavam pequenos prazeres como comer um sanduba com hambúrguer de carne e até aventuras, como descer as dunas da Joaquina e correr atrás de um gato sem levar bronca.

Os itens mais radicais tiveram que ser riscados, pois seu estado de saúde piorou na última semana, e foram substituídos por comilanças, como comer pizza e muita carne. Mas ela conseguiu andar de carro com a cabeça para fora da janela e ir na praia, divertimento garantido para qualquer cachorro.

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Nesta segunda, Katia receberá as cinzas de sua companheira fiel. Ela conta que pretende plantar uma muda com o pó e dar à arvore o nome de Cricri.

— Meu filho me perguntou “por que Deus leva quem a gente gosta?”. Mas ela vai voltar, eu tenho certeza disso. Um dia vou resgatar um cachorro que vai olhar pra mim com aquele olhar igual ao dela, e eu vou reconhecê-la. Queria que esse reencontro fosse logo. Os animais vêm para nos ensinar amor — conta Katia, que é espírita.

 

 

Veja o depoimento de Katia no Facebook:

Cricri,
Meu amor, minha filha, minha amiga, minha companheira; guarda um lugar ao seu lado pra mim.
Obrigada por partir sem que eu tivesse que sofrer mais ainda. Até nisso vc foi a melhor de todas, me poupou da situação terrível de eutanásia . E se foi abraçada a mim, como se fôssemos uma só.
Obrigada por me fazer uma pessoa melhor.
Nos despedimos abraçadas, senti seu coração parar junto ao meu, debruçada na mesa de atendimento, quando corri qdo ela caiu na hora de irmos embora da clinica como sempre fazíamos. Ela veio abanando o rabinho e caiu, eu a peguei nos braços e levei pra sala de atendimento.Ela me olhou nos olhos e a abracei , pedi a Deus que nos amparasse e ela se foi, ali comigo abracada ao seu corpinho fragil. Chorei , mas ela nao estava mais ali, e agradeci por toda vida que tivemos juntas.
Escute nossa musica, te amo meu amor.
Obrigada
Obrigada
Obrigada

Comportamento desregulado

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(da Revista do Correio) (fotos: Arquivo Pessoal)

Em humanos, a tireoide é uma velha conhecida de quem tenta emagrecer e não consegue. Nos pets, porém, a principal alteração pode ser no temperamento. Localizada no pescoço, a glândula é responsável por produzir e sintetizar hormônios que regulam o organismo, como a tiroxina (T4) e a tri-iodotironina (T3). O funcionamento deficiente dela caracteriza o hipotireoidismo — o nome serve ainda para designar anomalias em outras duas glândulas relacionadas, a hipófise e o hipotálamo.

Algumas raças apresentam predisposição genética para o mal, como golden retriever, dobermann, setter, schnauzer, daschund, cocker spaniel, labrador e beagle. Como não há uma prevenção clara, o melhor caminho é a observação atenta da saúde do animal, além da análise da árvore genealógica. O diagnóstico geralmente ocorre em bichos de meia-idade, de 4 a 10 anos.

O hipotireoidismo canino é dividido em três tipos. No primário, a glândula trabalha abaixo do ritmo ideal ou até mesmo cessa suas atividades. Enquanto alguns casos ocorrem por atrofia do tecido, de origem desconhecida, outras são causadas pelo sistema imunológico do animal. “A tireoidite linfocítica é uma doença de caráter autoimune, em que o próprio organismo do animal combate o hormônio que ela produz”, explica o médico veterinário Rafael Silva.

O tipo secundário consiste na destruição da hipófise por um tumor. Desse modo, a glândula para de produzir o TSH, hormônio estimulante da tireoide. Já o hipotireoidismo terciário é aquele comprometedor do hipotálamo, interrompendo a produção do TRH (hormônio liberador de tireotrofina).

“Existem algumas medicações que têm como efeito colateral reduzir a atividade da tireoide. Se o cão tem uma doença crônica como, por exemplo, epilepsia, o fenobarbital pode interferir”, alerta Rafael Silva. Nesse caso específico, uma saída seria combinar outros remédios para epilepsia, diminuindo a dose do fenobarbital e, consequentemente, os efeitos colaterais. Já a patologista clínica Denise Salgado chama a atenção para o uso de anestésicos, capazes de alterar a produção de tiroxina (T4).

Como a tireoide influencia na saúde de vários órgãos, não existe um sintoma específico que indique a doença. Porém, quando vários deles aparecem em conjunto, a suspeita é levantada. Os sintomas clínicos comportamentais são os primeiros a aparecer, formando um padrão depressivo. Segundo Rafael Silva, o cão passa a apresenta uma expressão facial triste, com pouco interesse por brincadeiras e interação social. “Ele fica apático e dorme muito”, aponta.

CBNFOT251120150210Foi o que aconteceu com a cadelinha da bancária Carol Rocha, 33 anos. A poodle Lisa (foto)  foi diagnosticada com a doença por volta dos 10 anos e um dos sinais foi o ganho de peso acompanhado de anemia. “Ela sempre foi gordinha, parecia um ursinho”, diverte-se Carol. Porém, Lisa sofreu um deslocamento da patela e só poderia realizar a cirurgia após perder peso. A partir daí, a mascote começou a fazer fisioterapia e se alimentar de uma ração especial. Mesmo com as atividades, ela emagreceu apenas 300g. A suspeita foi levantada e, logo em seguida, o veterinário detectou o hipotireoidismo em um hemograma. Lisa começou a medicação e atingiu o peso ideal. “Hoje ela está muito bem”, comemora a bancária.

Um dos efeitos da doença, porém, pode não ser facilmente relacionado à letargia e ao comportamento passivo do pet: a agressividade. A hipófise produz o ACDH, responsável por estimular o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. No hipotireoidismo terciário, com o prejuízo dessa glândula, o cortisol entra em produção descontrolada e o cachorro torna-se mais propenso a reagir desproporcionalmente a irritações externas. Por isso, encaminhar o bicho para terapias comportamentais, como o adestramento, não surtirá efeito.

Além disso, o sistema reprodutor de machos e fêmeas fica prejudicado com a queda dos hormônios luteinizante (LH) e folículo-estimulante (FSH). Há diminuição da libido e risco de gravidez psicológica, abortos espontâneos, irregularidade no ciclo menstrual, atrofia nos testículos e até infertilidade.

A aparência do animal também é afetada pela doença. O sinal característico é o ganho inexplicável de peso aliado ao aumento do colesterol, pois além do metabolismo trabalhar em ritmo mais lento, o pet não tem vontade de se mover. A pele torna-se mais seca e grossa; os pelos ficam opacos e caem, principalmente no tórax, no abdômen, na cauda e no pescoço. Surgem inflamações semelhantes a espinhas, descamação, manchas e dificuldade de cicatrização. Outros sinais menos comuns são arritmia cardíaca, conjuntivite, paralisia facial e intolerância ao frio.

A demora no diagnóstico traz sofrimento ao melhor amigo. O primeiro passo é o médico veterinário solicitar uma análise do histórico familiar do animal, bem como um hemograma e um panorama dos hormônios. “Estudos revelam que cães com hipotiroidismo frequentemente apresentam concentração de T3 normal, dificultando o diagnóstico de hipotiroidismo com sua mensuração isolada”, aponta Denise Salgado. Ajudam a fechar o quadro radiografias, ultrassonografias e a biópsia das glândulas.

O tratamento geralmente é feito com reposição hormonal, por um composto sintético chamado levotiroxina. A medicação precisará ser ministrada pelo resto da vida do animal. Em pouco tempo, os sintomas são atenuados. É importante que cada caso seja avaliado individualmente, pois a dosagem varia de acordo com o peso e com a gravidade da deficiência hormonal. E, sim, os pets gordinhos precisarão de uma dieta com restrição calórica.

 

Gatos: suscetíveis a hipertireoidismo

O hipertireoidismo em cães é raro e causado pela formação de tumores tireoidianos por: ingestão excessiva de iodo, exposição à radiação ou mutações genéticas. Em gatos, porém, a atividade excessiva da glândula é comum e até mesmo os exames são diferentes. “Nós fazemos apalpação com a ponta dos dedos na glândula. Em caso de irregularidade, aumento de volume, é pedida uma tomografia da região cervical ou ultrassonografia cervical. Se for detectado algo, é feita uma punção aspirativa, com agulha, para definir se é câncer ou um cisto”, explica o veterinário Rafael Silva. Segundo a patologista clínica Denise Salgado, a dosagem hormonal também é feita de modo diferenciado. “Testes de supressão de T3 são importantes para o diagnóstico do hipertireoidismo felino”, afirma.

 

Agradecimentos:
Clínica Veterinária Dom Bosco
Centro Integrado de Diagnósticos Veterinário