Autor: Bono Blue
(da Revista do Correio)(fotos Marcelo Ferreira /@cbfotografia)
Uma das doenças comuns nesse período é a cinomose, considerada a segunda maior causa de índice de mortalidade entre os pets, atrás apenas da raiva. É causada por um vírus da família paramixovírus, que gosta do frio. Por isso, nesse período, aumentam os números de casos. Altamente contagiosa, a cinomose é transmitida por fluidos corporais, como vômito e secreções nasais e também pelo ar. Segundo Fabiana Jorge, o vírus da cinomose sobrevive no ar, mesmo que por um tempo mínimo. “O vírus da doença é como se fosse o vírus da gripe em relação ao contato: pega-se em contato direto, por via respiratória.”
A vacina é a forma de prevenção mais eficiente da doença. A primeira dose é dada ao filhote por volta de 6 semanas de vida e, posteriormente, outras duas doses completam o ciclo, que deve ter manutenção anual. Dentre os grupos mais vulneráveis a contrair o vírus, estão cães com imunidade baixa ou com colapso de traqueia — síndrome em que o órgão da passagem de ar é reduzido devido a esforço ou estresse — e cachorros braquicefálicos.
As células preferidas do paramixovírus são as de rápida regeneração e, por isso, alguns dos sintomas iniciais incluem inflamações na pele e nas mucosas, como dermatite e meningite. Segundo Rafael Silva, os sintomas podem ser divididos em quatro grupos: fase cutânea, fase respiratória, fase gastrointestinal e fase neurológica. Por isso, a doença pode provocar tosse intensa, dificuldade respiratória, febre, apatia, vômito, convulsões e falta de coordenação motora.
A mascote da servidora pública Luana de Oliveira teve cinomose e chegou a ganhar 1kg por dia com o início do tratamento e está rumo à cura.“Ele ficou dois dias internado, mas já estava andando e comendo. Está se recuperando”, comemora a irmã dela, Maiara Oliveira, que ajuda a cuidar do animal. Thor foi resgatado após um atropelamento às margens de BR-020. Luana e o marido o levaram veterinário e receberam o diagnóstico: doença do carrapato e anemia.
O cãozinho foi enviado para um lar temporário em Águas Lindas e seria adotado quando melhorasse, mas durante a estadia surgiram os sintomas da cinomose, entre eles as convulsões. “Acho que ele pode ter pegado no lar temporário, porque havia outros cães diagnosticados com a doença”, imagina. Primeiramente, a doença não foi cogitada, já que ele havia sido vacinado e feito exame para detectar o vírus poucos dias antes. Um dos veterinários por quem Thor passou disse que se tratava de uma desordem neurológica sem cura, causada pelo atropelamento. Até a eutanásia foi sugerida, o que, segundo Rafael Silva, é uma medida que só deve ser tomada conjuntamente pelo médico e pelo tutor em caso de perda drástica de qualidade de vida do animal. Felizmente, logo o diagnóstico correto foi feito. “Meus outros cachorros eram vacinados, mas eu não sabia da gravidade da cinomose”, conta Luana.
O tratamento é longo e a cura incerta, mas existe esperança. Além do antibiótico, podem ser usados remédios para evitar vômito, convulsão e manter a temperatura corporal. Quando já houve perda de mobilidade, é importante que o tutor ajude com fisioterapia e mova o animal para evitar feridas, que surgem após muito tempo com a mesma posição. É possível ainda que, após a cura, ele fiquem sequelas. “Se tiver reabilitação durante a fase neurológica, pode ser que fique com tremor, déficit neurológico, mas no geral há qualidade de vida”, explica o especialista.
Uma possível cura seria com a ribavirina, composto usado para combater o sarampo humano. Como os vírus causadores de ambas as doenças agem de modo parecido, imaginou-se uma simetria também para o tratamento. Em 2008 uma dissertação da Universidade Estadual Paulista analisou a eficácia do composto e, desde então, surgiram outras pesquisas cogitando o uso da ribavirina, mas a questão ainda é controversa. O veterinário conta que circula também pelas redes sociais uma receita que curaria a cinomose, à base de suco de quiabo. Ele lembra que não existe qualquer comprovação ou mesmo evidência de que o quiabo agiria contra a doença.
“O tempo seco resseca as vias aéreas e compromete a proteção natural do nariz, favorecendo a entrada de vírus e bactérias”
Fabiana Jorge, veterinária
Traqueobronquite infecciosa
A traqueobronquite infecciosa, na verdade, não é uma doença, mas um conjunto de várias patologias, que podem afetar a laringe, os brônquios e a traqueia. Pode ocorrer a ação de vírus ou bactérias, separada ou concomitantemente. As inflamações mais graves ocorrem com a entrada da bactéria Bordetella bronchiseptica no organismo e a sintomatologia é de uma enfermidade respiratória comum: cansaço, espirros, tosse seca e intensa, que pode provocar até vômitos. Segundo a veterinária Fabiana Jorge, a transmissão pode ocorrer pelo ar, por objetos contaminados ou contato direto com infectados. Apesar de os sintomas melhorarem espontaneamente após alguns dias, não é recomendável dispensar o tratamento veterinário, com antibióticos e broncodilatadores. “Na maioria dos casos clínicos, não se procura um diagnóstico definitivo, mas sim avaliar a gravidade desta doença e a existência de infecções secundárias”, afirma a veterinária. Nesses casos, podem surgir febre e conjuntivite. Para a prevenção, é importante realizar a limpeza do ambiente, isolar animais com suspeita de infecção e mantê-los em locais arejados.
Carrapatos
Os parasitas também aproveitam a época de frio. Com o inverno brasiliense, há queda na umidade e na frequência de chuvas, o que deixa a vegetação seca. Nessas condições, os carrapatos aumentam suas populações consideravelmente. Além da coceira, os insetos trazem consigo micro-organismos causadores de doenças. Uma delas, a Doença de Lyme, acontece a partir da infecção pela bactéria Borrelia burgdorferi e pode demorar anos para se manifestar. O sintoma inicial é uma mancha vermelha no local da picada, seguido por febre e dores intensas. O estágio mais grave atinge o sistema nervoso, podendo resultar em meningite e desordens neurológicas. A recomendação geral para as doenças causadas por carrapatos é que a vegetação seja mantida úmida e em altura reduzida, para evitar a proliferação do parasita, além de inspeções diárias no pelo dos animais.
(por Maria Eduarda Cardim, especial para o Correio) ( fotos Marcelo Ferreira/ @cbfotografia)
Sarah. É assim que se chama a mais nova integrante macaca-aranha do Jardim Zoológico de Brasília. O nome, em homenagem a Sarah Kubitschek, mulher de Juscelino e primeira-dama do Brasil, ganhou a votação realizada no Zoo durante a celebração do aniversário da cidade. A eleição começou na quarta-feira, pelas redes sociais, mas na quinta quem visitou o parque pôde votar em uma urna localizada na frente do recinto do Micário.
Os votos depositados na urna valiam cinco pontos e os computados pelas redes sociais, um 1. Com 1.175 votos, Sarah venceu as outras opções: Pequi e Candanga. Pequi, o fruto do cerrado, ficou em segundo lugar. Já a homenagem aos candangos de Brasília e à cidade de Candangolândia ficou em último lugar. As sugestões foram feitas por funcionários e os nomes homenageiam os 56 anos da capital.
Segundo a Assessora de Comunicação do Zoo, geralmente, quando nasce um novo animal, é feita uma campanha nas redes sociais na qual o público sugere nomes e os funcionários decidem. Esta foi a primeira vez em que os visitantes puderam votar diretamente. A campanha computou, no total, 2.310 votos. Somente na urna, 450 foram contados. A ideia era levar o público a interagir e fazer parte da história do zoológico.
A filhote tem apenas 1 mês de vida e ainda vive pendurada na mãe. Filha de Doli, resgatada pelo Ibama de Rondônia em 2007, e de Pretinho, nascido no Zoo de Brasília em 2003, Sarah é a caçula de três irmãos. Hoje, ela, o pai e a mãe vivem no recinto do Micário, pois a pequena ainda precisa de cuidados especiais.
Fruto de uma reprodução em cativeiro, Sarah é uma macaca-aranha-de-cara-preta, com nome científico de Ateles chamek, espécie amazônica de primata que é vítima de caça e da perda de hábitat. “Apesar de não estar na lista de extinção, a espécie já é ameaçada. A reprodução em cativeiro é importante para o controle dos animais e também para pesquisas”, ressalta Camila.
Filhotes
Além de Sarah, o Zoológico de Brasília tem 5.790 animais, entre aves, répteis, mamíferos, borboletas e aracnídeos. Entre eles, há muitos filhotes e novatos. Alguns nascidos no próprio zoo e outros resgatados pelo Ibama em vários estados. É o caso da Maria Bonita — uma filhote da espécie tatu-canastra que foi recuperada em uma obra no Tocantins. O Zoológico de Brasília é o primeiro do Brasil a receber a espécie. Porém, Mabu, como foi apelidada carinhosamente, ainda não está exposta, pois o recinto adequado não está pronto.
Já Eduardo e Mônica são irmãos e ambos foram gerados na capital. Da espécie lobo-guará, já ameaçada de extinção, eles têm apenas 9 meses e vivem juntos no zoo. Gaia, filhote da espécie adax, nasceu no local há seis meses e vive com a mãe na ala da maternidade, ainda em período de adaptação.
A votação
Sarah: 1.175 votos
Pequi: 770 votos
Candanga: 365 votos
Os caçulas
tamanduá-mirim
Nome: Babalu
A tamanduá-mirim Babalu chegou ao Zoológico em novembro
de 2015, após ser resgatada pelo Ibama ainda filhote.
tatu-canastra
Nome: Maria Bonita
Maria Bonita é um filhote da espécie de tatu-canastra e ainda não está exposta no zoológico, pois não tem recinto adequado.
lobo-guará
Nomes: Eduardo e Mônica
Os irmãos Eduardo e Mônica, da espécie lobo-guará,
nasceram em julho de 2015 no Zoológico de Brasília.
adax
Nome: Gaia
Gaia nasceu em 18 de outubro do ano passado e vive na ala da
maternidade com a mãe, ainda separada do pai e do irmão para adaptação.
Fundação Jardim Zoológico de Brasília: Endereço: Avenida das Nações, Via L4 Sul / Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h / Valor da entrada: R$ 5 (meia)
Sarah é o nome escolhido para o novo filhote do Zoo de Brasília
Sarah é o nome que vai batizar a macaquinha que nasceu em 18/03. A escolha do nome é o resultado de uma votação que foi realizada ontem com os frequentadores do Zoo e também por redes sociais.
O Zoológico de Brasília acaba de divulgar o nome do macaco aranha fêmea, filhote da Doli e do Pretinho. A mãe chegou no Zoológico em 2007, ainda filhote, resgatada pelo IBAMA de Rondônia. O pai nasceu no Zoo Brasília, em 2003. A macaquinha Sarah é a mais nova sensação do Zoo.
O macaco-aranha-de-cara-preta, com nome científico de Ateles chamek, é uma espécie amazônica de primata que é vítima de caça e da perda de habitat. Apesar de não estar listado como ameaçado de extinção na lista oficial, é notório que esta espécie sofre pela pressão do ser humano.
*com informações de Maria Eduarda Cardim
Candanga, Sarah ou Pequi? Um desses nomes vai batizar a macaquinha que nasceu em 18/03. Quem foi ao Zoológico de Brasília hoje votou em um dos nomes.
O Zoológico de Brasília vai anunciar amanhã, dia 22, qual será o nome do macaco aranha fêmea, filhote da Doli e do Pretinho, e nascida em 18 de março. A mãe chegou no Zoológico em 2007, ainda filhote, resgatada pelo IBAMA de Rondônia. O pai nasceu no Zoo Brasília, em 2003. A macaquinha ganhará um nome, Candanga, Sarah ou Pequi – o mais votado pelos visitantes do Zoo no dia do aniversário da cidade. As opções dos nomes pré-selecionados remetem à cultura da cidade.
O macaco-aranha-de-cara-preta, com nome científico deAteles chamek, é uma espécie amazônica de primata que é vítima de caça e da perda de habitat. Apesar de não estar listado como ameaçado de extinção na lista oficial, é notório que esta espécie sofre pela pressão do ser humano.
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 23 das 11 as 15h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
Feira de adoção Abrigo Flora e Fauna
Sábado 23 das 11 as 16h
108 Sul ao lado do Pet Shop Di Petri
Feira de Adoção ATEVI
Sábado 23 das 10 as 16h.
108 Sul – Pet House
Feira de adoção SHB
Domingo 24 das 10 as 16h
SIA trecho 2 ao lado da Gravia
(Por Juliana Contaifer)
Desde que adotei a Lupita e o Natsu, uma cadelinha vira-lata muito doida e um gato também vira-lata que chegou lá em casa com dois meses e um nariz quebrado de brigar na rua, me tornei uma super ativista pelos animais sem raça definida. Já convenci amigas a esquecer os cães de raça e dar uma chance aos bichinhos que já estão nascidos, já passaram por muita coisa e só precisam agora de um pouco de carinho e atenção. E garanto, depois de passar por poucas e boas, eles são ainda mais companheiros e carinhosos.
Por esse novo amor, me inscrevi para participar de um dia de voluntariado organizado pelo Atados, vinculado ao Dia das Boas Ações (que aconteceu no dia 10 de abril). A ideia era ir ao Abrigo Fauna e Flora, no Gama, e ajudar a dar banho em alguns animais que participariam depois de uma sessão de fotos para incentivar a adoção. Me levantei sábado bem cedinho e segui com minha irmã para o abrigo. Não sei se por coincidência, mas a chácara onde ficam os animais fica exatamente ao lado de um morrinho com uma escultura do Cristo Redentor.
O Abrigo Fauna e Flora é um dos mais conhecidos de Brasília e eu, honestamente, não sabia o que esperar de um local que abriga mais de 200 cachorros e outros tantos gatos. Fui surpreendida positivamente. Tudo é muito bem organizado. Ao chegar, os cães ficam em uma quarentena. Depois seguem para uma área telada, depois para outra, depois outra, até poderem ficar soltos. Uma outra ala é só para os animais doentes, outra para aqueles que sofrem com os efeitos da cinomose, e há até uma maternidade para as cadelas que chegam prenhas. Todos os animais são castrados.
Depois de fazer um tour pelo local, seguimos para um local específico para os banhos. Lá, recebemos opções: quem quisesse, podia dar banho, ou limpar o chão, ou ajudar com os gatinhos, ou só sentar e fazer carinho nos cães. Decidida a ajudar, resolvi dar banho mesmo. É preciso colocar uma coleira ao redor do pescoço dos cachorros para levá-los ao local de banho. Claro que a maioria corre assim que vê a corda, mas alguns vinham de bom grado. E todos, depois do banho, se jogaram na terra e se sujaram de novo.
Um dos coordenadores explica que o que importa, na verdade, não é o banho. É o carinho associado, a massagem com o xampu especial, a atenção. É só o que eles precisam. A maioria fica bem quietinho, só aproveitando o banho. Alguns, mais assustados com a água fria, escondem a cabeça debaixo dos nossos braços. Outros, felizes, enchem os voluntários de lambidas. Um dos mais arredios, precisou de duas pessoas para conseguir levá-lo ao local de banho. Chegando lá, ficou bem quietinho. Descobri que a orelha dele estava toda mordida, cheia de sangue e pus. Por isso estava agressivo antes. Se não tivéssemos pegado para dar banho, talvez ninguém soubesse da ferida.
Muita gente aparece para ajudar. Uma menina vem da Asa Norte toda semana passear com um pitbull. Outro pessoal sempre aparece para ajudar a limpar o chão e as vasilhas. Outras senhoras tiram foto dos animais disponíveis para a adoção. E sempre no último domingo do mês, das 10h às 16h, as portas do abrigo ficam abertas para quem quiser aparecer e ajudar com o que puder.
Depois que terminamos com os banhos, sentei para descansar. Foi quando um dos cachorros me viu, veio e subiu no meu colo, só por causa do carinho. Outro me deu uma lambida na bochecha e ficou por perto. Mais um passou, ganhou um carinho, e seguiu em frente. Tudo o que esses animais precisam e de um carinho, de voz que transmita paz, sossego e segurança. Foi super gratificante. Saímos de lá não só com a sensação de dever cumprido. No final do dia, estávamos, nós e os cachorros, muito felizes, amados, cheios de carinho. Satisfeitos. Domingo (24/04), as portas do abrigo estarão abertas de novo para quem quiser ajudar. E garanto, não faltam cachorros para quem conseguir ir.
(da Agência UnB)
Criado em 2009, o serviço de atendimento do hospital veterinário funciona em parceria com Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (Cetas) e o Zoológico do Distrito Federal. Esses órgãos são os responsáveis por capturar os animais que se encontram em situação de risco e levá-los para atendimento.
O HVet, por sua vez, tem a missão de cuidar da triagem, alimentação, medicação e cirurgia dos animais. Após a recuperação do paciente, o hospital devolve o animal aos parceiros para reintegração e readaptação ao habitat natural.
Em geral, todo animal silvestre que é levado para o Cetas tem sua espécie identificada, é avaliado, tratado, e destinado aos programas de soltura. Nos casos em que não há possibilidade de liberação, ele pode ser destinado a zoológicos, mantenedores particulares ou criadouros científicos.
Danilo Simonini, professor e médico veterinário do HVet, considera que o serviço oferecido no hospital é de grande utilidade ao meio ambiente. “Recuperamos a saúde de muitos animais. Algumas vezes, eles chegam aqui totalmente debilitados. Em pouco tempo, conseguimos colocá-los completamente em forma. É gratificante ver um animal retornar ao seu ambiente natural”, declara.
ESTRUTURA – Num espaço equipado com salas de cirurgia, isolamento e repouso, os pacientes têm a saúde física recuperada. Além disso, o hospital veterinário possui área externa apropriada para o animal fazer exercícios de fisioterapia e recuperar os movimentos naturais. Há também apoio nutricional prestado por um técnico em zootecnia, servidor do Zoológico do Distrito Federal. Ele avalia e prescreve a alimentação adequada a cada animal em tratamento.
Além do professor Simonini, o HVet dispõe de equipe composta por seis médicos veterinários residentes e 40 estagiários do curso de Medicina Veterinária da UnB. Todos os profissionais têm plenas condições de atender os animais, tanto em consultas médicas e tratamentos cotidianos, como em cirurgias de emergência.
Os alimentos que compõem as dietas são fornecidos pela Fazenda Água Limpa (FAL/UnB). Frutas, verduras e legumes são oferecidos com fartura para suprir as necessidades alimentares dos animais. Além disso, o HVet possui criatórios de baratas, formigas e cupins. Os insetos fazem parte do cardápio da alimentação dos pássaros, cobras e mamíferos.
Mais informações, acesse:
> Facebook: HVet/Unb – Setor de Animais Silvestres
> Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas)
Popularmente conhecido como “verme do coração”, ele ataca cerca de 25% dos cães em todo o país e provoca a chamada dirofilariose, doença séria, que representa sério risco de morte. Segundo uma pesquisa feita em parceria entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), que avaliou 1,6 mil cães de todo o país, um entre quatro animais está infectado pelo tal verme. O estudo, que teve início em 2014, indicou que houve aumento da dirofilariose no Brasil em mais de 20%, em comparação com os dados coletados dez anos antes.
A doença é causada pelo Dirofilaria immitis, uma microfilária de cor esbranquiçada, transmitida pela picada de fêmeas de algumas espécies dos mosquitos Aedes, Culex e Ochlerotatus. São mosquitos que vivem em locais com alta umidade e calor. A a microfilária se desenvolve mais rapidamente em altas temperaturas e, por isso, a área litorânea é a que está mais propensa ao registro de casos.
A comunicadora visual Sônia Rollin, 62 anos, enfrenta os efeitos da dirofilariose. Ela é proprietária de um canil, no Rio de Janeiro, da raça staffordshire bull terrier, e três dos seus cães contraíram a doença, em julho de 2015. Dois deles estão em estado mais grave. Após o período latente da doença, começaram a apresentar perda de peso e esbranquiçamento da mucosa ao fazer atividade física. “O diagnóstico foi precoce e nem todos os cachorros do canil foram infectados”, diz. Após exames de ecocardiograma e de sangue em todos os animais, foi confirmada a presença do verme no trio. Os filhotes doentes usaram antibiótico por 30 dias. A previsão é de que o tratamento dure cerca de dois anos.
Outros cães que moram no condomínio de Sônia também foram vítimas da doença. Uma cadela vizinha, adotada há alguns meses, contraiu a dirofilariose e os vermes atingiram os pulmões dela. Atualmente, Sônia realiza imunizações mensais para evitar reinfecções nos cães já doentes. Quem escapou da dirofilariose recebeu dose única de uma medicação que garante imunização por 12 meses. “Enquanto eu tiver canil vou fazer imunização”, afirma.
Tratamento
Tratar a dirofilariose pode ser tão perigoso quanto a própria doença. No Brasil, o mesmo medicamento é usado na prevenção e no tratamento do problema. A comunidade internacional não recomenda esse método, já que a larva pode se tornar resistente ao uso da medicação. “A droga, que era produzida exclusivamente para tratamento, com outros compostos, parou de ser vendida pelo laboratório devido à baixa procura”, explica a veterinária Norma Labarthe, que conduziu pesquisa com a UFF e a UFRRJ e é pesquisadora da doença há mais de 20 anos.
Como o potencial de reprodução da microfilária é alto, as infestações não costumam ser pequenas e o uso de antibióticos dura meses, podendo causar lesões nos órgãos. “O tratamento tem um risco de vida enorme para o cachorro. Imagine que um verme pode ter 30cm de comprimento e encontramos cães com até 100 vermes”, observa Labarthe. Os vermes mortos normalmente vão para os pulmões. A cirurgia para retirada é de alta complexidade, mas descartá-la não é recomendado. O corpo deles pode provocar embolia e formar de nódulos, provocando complicações respiratórias.
Prevenção
Além do controle de água parada, é recomendado o uso de repelente nos animais e vermifugações mensais. Segundo a veterinária Fabiana Zerbini Jorge, os vermífugos são a única alternativa que não apresenta riscos para o cão, além de impedir a instalação dos vermes nos órgãos vitais.
O recomendado, no entanto, é se antecipar. A imunização protege o cão e evita a doença. Estima-se que 18 meses de tratamento tenham custo semelhante a dez anos de imunização mensal.
Palavra do especialista
-A dirofilariose apresenta janela imunológica?
Sim. Nos seis primeiros meses, nem exames de sangue podem detectar a presença da microfilária.
-Quais os principais sintomas?
A maioria da infecção é assintomática, não apresenta nada. Quando há o surgimento de sintomas, na fase mais aguda, podem ocorrer tosse, emagrecimento, dificuldade para respirar, perda de peso e acúmulo de líquido no abdome.
-O animal, quando é contaminado, passa a ser um vetor, assim como o mosquito?
Não, o cachorro infectado não passa a doença.
-Os humanos ou outros animais domésticos podem ser infectados?
Sim, mas a doença causada é diferente. O gato tem dois momentos muito críticos: quando o verme chega ao coração e quando há a morte do verme. No organismo deles, a vida do verme é de dois anos, enquanto no cachorro é de sete. Nos humanos, o verme morre antes de atingir a fase adulta, mas os corpos podem chegar até os pulmões e criar nódulos. Se você fizer uma radiografia e for identificado o nódulo, dificilmente a dirofilariose vai ser uma opção e vão tratar como um tumor maligno, fazendo tratamentos desnecessários.
-Existe alguma interação medicamentosa conhecida com os antibióticos que tratam a dirofilariose?
Não. Só não devem ser usados remédios da mesma classe para não haver excesso.
*Norma Labarthe é doutora em Biologia Parasitária pelo Instituto Oswaldo Cruz.
Feira de adoção SHB
Sábado de 10 as 16h
Na Petz-SIA Trecho 2
Feira de adoção Quintal dos Bichos/ATEVI
Sábado a partir de 9 horas
Armazém Rural – 409 Sul
Feira de adoção de Cães e Gatos Abrigo Flora e Fauna/Farmvet
Sábado das 10 as 14h
703 Bloco A loja 27
Feira de adoção PetCães
Sábado e domingo das 10 as 17h
Avenida Águas Claras, Quadra 301, rua D. Conj. 01.
Para mais informações: 3353-4251 WhatsApp; 8555-4185 ou Fabio 8184-5518
Primeira CÃOminhada do Park Way
Domingo 17 a partir das 10h
Na pracinha da quadra 14.
Gata com problema renal precisa de doação de ração especial no DF
(da ANDA)
Natasha Muniz
natasha.muniz@gmail.com
A gata da imagem é carinhosamente chamada de Lilith. Ela foi resgatada das ruas de Brasília, DF, e é portadora da FIV. Lilith está com um problema renal e precisa de doações de ração especial para felinos com problemas renais. Quem puder ajudar entre em contato com Natasha através do e-mail abaixo.
Contato: Natasha, e-mail: natasha.muniz@gmail.com