Versá Eventos e Restaurante abre as portas no Núcleo Bandeirante

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Com o nome Versá Eventos & Restaurante abre as portas no Núcleo Bandeirante a primeira opção gastronômica de grande porte capaz de oferecer serviço de qualidade, em ambiente refinado e aconchegante a um público residente na cidade e próximo ao bairro
pioneiro da capital, que nasceu há mais de seis décadas como Cidade Livre. Concluído há um ano e oito meses o portentoso prédio de quatro pavimentos em uma área de 6.400 metros quadrados no Setor de Indústria Bernardo Sayão (SIBS) só agora poderá dar início à proposta para a qual foi construído “graças à flexibilização das normas de funcionamento do comércio de bares e restaurantes decretada, na última quarta-feira, pelo Governo do Distrito Federal”, comemora o proprietário Osmar Figueiredo.

Dono do premiado Coffee Break, um dos bufês mais requisitados de Brasília, Osmar vinha há anos acalentando o sonho de ter uma sede própria não só para realizar as inúmeras festas que lhe são encomendadas – só no último fim de semana serviu os comes e bebes em seis casamentos –, mas também para tocar um restaurante de primeira linha com “comida de qualidade e preço justo”, segundo promete o empresário. Para tanto, o novo restaurateur tem ao seu lado como braço direito e esquerdo também, a mulher Simone Borges, que desde quando eram namorados há mais de 40 anos, depois de trabalhar o dia inteiro como relações públicas na Clínica São Braz, na Asa Norte, ela corria para ajudar Osmar, responsável pela cantina deste jornal.

Com recursos exclusivos da família, da qual fazem parte a filha Bruna, de 31 anos, e o filho Diego 23, ambos atuando no negócio, Osmar teve a coragem de buscar alto investimento para financiar o sonho de uma vida. Na fachada do prédio de bonito visual se destaca o nome Versá, concebido por Simone “para significar a versatilidade do empreendimento”. Ao chegar o cliente já será encaminhado para uma ampla escada ou elevador para o primeiro andar onde funciona o restaurante numa área enorme decorada em madeira e preto, mas com boa distribuição de mesas para 300 lugares. No segundo andar há espaços para eventos sociais, corporativos, workshops e treinamentos graças a divisórias moduláveis, além de um foyer com isolamento acústico, sistema de som e projetores.

Toque francês

Para comandar a cozinha instalada no subsolo do prédio, o casal trouxe de fora o chef Flavio Rodrigues, com passagem internacional por cobiçados postos na alta gastronomia, tendo trabalhado na França em restaurantes de Joël Robuchon, Paul Bocuse e Roger Jaloux. Nascido na região serrana do Rio de Janeiro, o chef carioca também amealhou experiências em grandes hotéis brasileiros, como o Sheraton de Recife, o Crown Plaza de Belém e um resort da Costa do Sauípe.

Aqui ele executará cardápio variado com foco em cortes de carnes nobres. A operação conta com uma parrilla assistida, onde os clientes poderão acompanhar o prato sendo preparado. No reino do Angus há picanha premium, bife ancho, assado de tiras, shoulder steak e também t-bone de cordeiro, costelinha suína e galeto espalmado. Pode regá-los com chimichurri, pesto, bordelaise, poivre, vinagrete ou barbecue caseiro, enquanto os acompanhamentos são vendidos separadamente. O preço dos cortes é cobrado de acordo
com a gramatura. Bife de chorizo, por exemplo, sai por R$ 89,90, 300g ou R$ 149,50, 600g.

Na entrada, há brusqueta de muçarela de búfala, berinjela à parmegiana e sushi mineiro com tutu de feijão, queijo minas e linguiça levemente apimentada em rolls de couve manteiga, mas o destaque é a salada de batata com lagostim e mix de folhas na cestinha crocante de parmesão (R$ 37,50). Entre os principais, há um tornedor de filé à Roanne com o mignon grelhado no azeite de ervas ao molho roti escoltado de aspargos salteados na manteiga e finas camadas de batata em emulsão de queijo holandês (R$ 74,80).

Se preferir camarão poderá optar entre o flambado a Versalhes com brunoise de legumes cremosos sobre risoto de açafrão (R$ 81,80) e o Ver-o-Peso com o crustáceo ao creme de cupuaçu e batatas recheadas com alho-poró (R$ 89,80). À base de peixe há mais de
meia dúzia de pratos, como o delicioso robalo em corte especial de 200g feito em três etapas e servido ao molho Iemanjá com arroz cremoso e batatas ao forno (R$ 68,50). Pescada e salmão completam as sugestões nas quais há ainda três preparações de bacalhau: lombo do gadus morhua ao forno, em natas e lascado, além do bolinho por R$ 13,80 a unidade.

Ainda tem opções de petisco, como carne de sol nordestina, sanduíches tipo burger, uma página do cardápio só de massas e risotos, além de pizzas. Adoce a boca com tortinha de limão ao merengue, quindim, abacaxi grelhado com sorvete de creme e calda de chocolate meio amargo e até a cartola clássica do Recife com banana grelhada e queijo coalho e ainda pudim por valores que variam entre R$ 26,50 e R$ 36,90.

Outra opção que a casa oferece é o bufê executivo, somente no almoço de terça a domingo por R$ o quilo. Constituída por jovens na profissão, a equipe de salão ainda precisa ser afinada. Nada porém que não dê conta o experiente maître Toninho, lenda viva da gastronomia da cidade, onde começou pelo Cachopa, inesquecível restaurante português da Galeria Ouvidor.

Berço promissor

Aos 59 anos, com mais de três décadas de experiência na profissão, Osmar Figueiredo é um dínamo para a banqueteria em Brasília. Tudo começou quando aos 16 anos começou a trabalhar na cantina do Hospital da L-2 Sul. Atendendo a todos com simpatia, o jovem
cantineiro conquistou a confiança do corpo médico e não demorou a ser contratado para realizar eventos exclusivos da classe. “Eu comprei um furgão no qual instalei equipamento frigorífico e com ele fizemos a primeira festa junina da Associação Médica de Brasília, que reuniu 150 pessoas”, lembra Osmar, que continuou por mais de 22 anos à frente do evento – com público de 5 mil pessoas –, só interrompido pela pandemia.

Aos 18 anos, Osmar foi convidado para tocar a cantina do Correio Braziliense. Na época, os pais seu Biúca e Dona Maria o ajudavam enquanto o filho estudava. A namorada Simone desde o início também foi um braço forte. A cantina funcionava quase 24 horas, porque fechava às 2h e reabria às 6h”, lembra Osmar, que mesmo com horário puxado conseguiu expandir o trabalho abrindo a primeira loja de lanches no Centro Clínico Sul, em 1992. Com o nome de Coffee Break funciona lá até hoje.

Os eventos se intensificaram e Osmar abandonou o serviço em cantina três anos antes da passagem do milênio. Quando o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo de 2014, o Coffee Break foi escalado para fornecer os comes e bebes durante os sete jogos no Estádio Mané Garrincha. “Montamos 20 cozinhas no anel do estádio, 10 em cima e 10 embaixo, e chegamos a trabalhar com um staff de 649 pessoas”, conta o banqueteiro que enfrentou na ocasião o seu maior desafio: servir 20 mil pessoas.

Quinze anos atrás, Osmar comprou um terreno no Núcleo Bandeirante, Setor Individual Bernardo Sayão (SIBS), para construir um galpão de apoio à estrutura do bufê e uma cozinha industrial. No decorrer do tempo, a proposta foi se transformando aos poucos num mega projeto que deu origem ao empreendimento multifuncional capaz de atrair pela qualidade do serviço o público gourmet das cercanias: não só do Núcleo Bandeirante, mas também do Guará, Águas Claras, Riacho Fundo e Parkway. Versá fica no SIBS Quadra 2, Conjunto B, Lote 3/5. O preço do bufê de almoço é de terça a sexta, R$ 64,80 (quilo) e sábado e domingo, R$ 84,90 (o quilo). No happy hour, bufê de antepasto de terça a sábado, a R$ 84,90 (o quilo). Reservas pelo telefone: 3209-8915 ou pelo site www.versarestaurante.com.br

Liana Sabo

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