Sorveteria Madame Jambu, no Sudoeste, aposta em sabores amazônicos

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Madame Jambu é o nome da mais nova sorveteria da cidade, aberta há uma semana no Sudoeste, onde o produto está disponível em potes de 120ml, 480ml e caixas de cinco litros. Por enquanto, a marca ainda não faz jus ao nome. Está em testes, ainda, a transformação de cachaça de jambu em gelato, à base de água.
O que há são “sorvetes encantados da Amazônia”, como apregoa o cardápio que apresenta os sabores com sugestivos nomes do folclore nortista, como “Espanta Curupira” para o delicioso sorvete de maracujá com pimenta. Tem tudo para fazer sucesso no encerramento de qualquer banquete de alta gastronomia. Originário da região amazônica, o cupuaçu de polpa cremosa e branca empresta sua acidez e aroma a um pavê bem geladinho que se chama “O canto da Iara”. Já o doce da fruta tropical misturado à castanha-do-brasil (“vou continuar chamando castanha-do-pará, diz a sorveteira) resulta no sabor “Chega-te a mim”.

Melhor convite

04/06/2018. Crédito: Arthur Menescal/Esp.CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia – DF. Gastronomia. Favas Contadas. Sorvetes Artesanais da Madame Jambu, no Sudoeste. Na foto, a proprietária Samia Gabriel.

“Somos de uma cidade muito quente, Belém do Pará, em que tomar sorvete sempre foi o melhor convite que alguém podia nos fazer”, relata a paraense Samia Gabriel, responsável pela fábrica de sorvetes artesanais, instalada no subsolo do Bloco B da CLSW 103, em parceria com Adriano Leal, “sócio e companheiro de estrada que topou o desafio”, diz ela. Adriano é músico e já tocou fagote na OSESP.
Filha de político — Almir Gabriel, um dos fundadores do PSDB, foi governador e senador — Samia sempre viveu entre Brasília e Belém e aqui se tornou publicitária, sem nunca esquecer os sabores da terra natal. “Nossa referência afetiva é a sorveteria Cairú, que tem uma variedade enorme de sabores, principalmente de frutas regionais”, menciona. A grife com mais de 50 anos já foi premiada como o melhor sorvete do Brasil.

Sem pastas e corantes

Decidida a fazer sorvete, Samia foi em busca da formação com o mestre-sorveteiro Francisco Sant’Ana, que, em 2015, inaugurou a Escola Sorvete na capital paulista. Brincalhão, o especialista costuma dizer que a profissão surgiu “por ser gordinho e sentir muito calor na cozinha”. Formado em geografia pela USP, Sant’Ana preferiu trocar a cátedra, “já que no mundo inteiro existem poucos lugares que ensinam a fazer sorvete — uma das técnicas da confeitaria”.
Para ele, o sorvete deveria ser um produto sustentável — pauta totalmente absorvida pela discípula que faz questão de usar insumos naturais, sem corantes, saborizantes e sem usar pastas importadas. Nessa linha reside todo o menu, que traz ainda o icônico açaí com guaraná e amendoim na receita sem leite chamada Pororoca ou cremoso no Caboco Avoado. Ainda tem tapioca com coco no Agarradinho; amendoim com café no Do Boto; e doce de bacuri com chocolate trufado.
A ideia agora é desenvolver uma receita para o mundial de futebol, revela a sorveteira, que está testando o taperebá da Copa. “Como formulamos nosso próprio sorvete, podemos fazer sabores por encomenda, para festas, eventos ou até mesmo em parceria com chefs para compor sobremesas ou pratos salgados”, expõe Samia Gabriel. Na loja, os sorvetes à base de água saem por R$ 9, o pote de 120ml, e R$ 30, o de 480ml. Os de leite saem por R$ 10, com 120ml, e R$ 32, com 480ml. Anotem o telefone: 3046-5778.

Liana Sabo

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