Seis meses depois do início da pandemia, que fechou mais de uma dezena de bares e restaurantes da cidade, o circuito gastronômico volta a se agitar com a abertura de, pelo menos, meia dúzia de grifes nos últimos três meses de 2020. Os tempos não foram fáceis. Segundo dados da Abrasel (associação que congrega bares e restaurantes no Distrito Federal), o impacto da quarentena foi de 25%. “Dos cerca de mais de 10 mil CNPJs que tínhamos, houve uma queda de mais de dois mil e ficaram em torno de oito mil aqui no DF”, informa o presidente da Abrasel, Beto Pinheiro. Mais de 30 mil funcionários do setor de alimentação fora do lar perderam o emprego. Agora, porém, está havendo uma retomada. Veja aqui o que há de novo:
Nove rótulos de saquês (além de drinques e cervejas) podem vir acompanhados de petiscos típicos japoneses servidos em porções, como o Katsusando, sanduíche de copa de lombo suíno preparado com maionese japonesa e tonkatsu. Destaque para o tempurá de shitake, com atum selado, foie gras e calda de lichia, além do Batera de Salmão, feito com salmão batido, temperado com cebolinhas e ovas, prensado com shari temperado e coberto com crisp de tempurá. “Izakaya é um ambiente para reunir amigos, bater papo, bebericar e petiscar”, define Alexandre Faeirstein, chef proprietário da casa, inaugurada em 2009. Durante a pandemia, o restaurante foi reformado para se tornar “mais moderno e aconchegante e trazer o bar à moda japonesa”, conta o chef, que mantém no menu o festival Kojima, que já oferecia antes. Telefone: 3443-0118.
Com parrilla que mescla carnes do Brasil, da Argentina e do Uruguai, a grife fundada há seis anos por Fábio Gregol, na 104 Sul, pratica a culinária dos Pampas. Além disso, a segunda operação (substitui no local o Reverso, de Marcelo Petrarca) oferece sanduíches, sopas e omeletes, típicos de cardápio de hotel, já que é responsável por todo o room service, como o café da manhã. No comando das caçarolas estão se revezando os experientes chefs Hélio Rodrigues e Alexsandro Panta. Telefone: 98264-5512.
Começou há um ano em Águas Claras e agora chega ao Plano Piloto com carnes nobres da parrilla, bufê e pratos à la carte. O lugar, que sempre foi ocupado por bares e restaurantes, traz agora uma parrilla, onde são preparadas carnes especiais com toques do chef Bilt Lima, que começou como auxiliar de limpeza mas logo descobriu que sua vocação era cozinhar. Herdou talento da mãe Maria da Glória, cozinheira de mão cheia. No fim da tarde, há um happy hour com os petiscos de bar mais incríveis. O renomado mixologista Gustavo Guedes assina a carta de drinques. “Estamos respeitando o distanciamento social, assim como tomamos precauções, como a higienização com álcool em gel e cardápio digital”, assevera o restaurateur Roberto Ferreira. Telefone: 99958-1587
Com o nome da mais famosa erva paraense, também conhecida como agrião do Pará, o restaurante do GoldenTulip decidiu fazer sua própria homenagem ao Círio de Nazaré neste ano no qual a tradicional procissão não será realizada por conta da pandemia. Com preço único de R$ 80 (entrada, principal e sobremesa) o menu oferece vatapá de camarão, pato no tucupi, maniçoba, pescada amarela com tucupi e jambu e arroz de jambu. “Vamos trazer para Brasília um pouquinho de Belém do Pará e das tradições dessa festa para que os paraenses que moram aqui se sintam em casa e também para aqueles que apreciam a culinária paraense”, acentua o chef Silvio Lopes, que herdou o talento da mãe, da avó e da bisavó, todas exímias cozinheiras. Telefone: 3429-8100.
O novo estabelecimento está instalado no mesmo endereço onde funcionou o Dudu Bar Lago, cujo proprietário Dudu Camargo à casa volta, na condição de autor do menu italiano, que terá pratos fartos como eram os do Unanimità, antigo reduto do chef que funcionou por 10 anos na 408 Sul. No comando das caçarolas estará o chef Josivaldo Mariano de Lima, que ainda jovem, de compleição franzina, ganhou o apelido Petit quando trabalhou na cozinha do Le Chef Rouge, em São Paulo. Do restaurante francês passou pelo Oscar, em Brasília, até chegar ao Gero, no Iguatemi, onde atuou por 10 anos, desde a inauguração em 2010. Pety, como ele se assina agora, traz também o antigo maître, Alexandro Araújo e, ainda parte da equipe de garçons do Gero, que permanece fechado.
Destaque para a polenta nero com frutos do mar; tortelle de abóbora e amaretto com molho de manteiga e parmesão e nhoque de batata com trufa negra ao creme de burrata e parmesão, além da paleta de cordeiro e do polpetone. A casa, que reúne três famílias de investidores, será administrada por Marcelo Ramos, que também está à frente do Soho, do Pontão do Lago. Assinado pelo escritório Babel Arquitetura, o projeto impressiona pela beleza, apesar das linhas rústicas como nas janelas em arco com muito verde. Telefone: 3347-8909
Com uma pegada romântica, o nome do restaurante é uma homenagem ao local do imortal idílio entre Romeu e Julieta, personagens da tragédia de Shakespeare, que serão lembrados na decoração, na qual não faltará sequer o balcão, símbolo do encontro entre os jovens apaixonados proibidos de se amarem. No fundo da loja, o jardim ostenta uma fonte de ferro que esguichará água em determinados momentos. Assim que viram fechado o Limoncello, os dois amigos Diego Gebrim e Gustavo Andrade correram na imobiliária para alugar o espaço. A família de Gustavo toca um restaurante em Formosa, chamado Dom Fernando, como o avô Fernando Monteiro Andrade, de 88 anos, pioneiro de Brasília, para onde veio durante a construção. O neto cuidará da administração do restô na capital.
Já o advogado Diego Gebrim tem passagem pela Comissária Aérea de Brasília, trabalhou no Viena e é louco por gastronomia. Fez até curso rápido em Florença e é ele quem chefiará as caçarolas do Verona, escoltado pelo subchef. O cardápio ainda está sendo elaborado, mas já dá para saber que terá um risoto de grana padano com queijo brie, redução de goiabada cascão, vinho Marsala acompanhando o filé alto feito no charbroiler. “Gosto muito de mesclar sabor doce e salgado”, adiantou Gebrim. Telefone: 99936-5096
O prédio, que por muito anos serviu para abrigar o salão de cabeleireiros Enjoy, ao vagar no ano passado foi alugado para sede de um projeto gastronômico que começou a ser desenvolvido muito antes da pandemia. “Nós tivemos de refazer os planos porque atrasou a construção”, disse o sócio-proprietário Tiago Boita que compartilha a direção da casa com Leandro Pompeo, também fundador do restaurante A Mano, e com o mais novo sócio nas duas operações: o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido por Kakay.
O sonho dos três é trazer um chef argentino para comandar a parrilla, enquanto o menu não se limitará às boas carnes, mas terá massas frescas e produtos de salumeria oferecidos no amplo espaço de 130 lugares com jardim arborizado na esquina. Arquiteta Gabriela Gontijo assina o projeto de ambientação rústica com muito ferro e madeira, cujo conceito foi inspirado no estilo industrial do Soho, antigo bairro novaiorquino que sediava açougues e abatedouros erguidos em estruturas escuras.
A grande dama da gastronomia brasiliense, Mara Alcamim, cultiva vários gurus. Um deles é o chef argentino Francis Mallmann, bruxo do fogo e da carne, autor do mais famoso churrasco portenho. Por isso, a chef Mara não hesitou quando teve a possibilidade de assar uma boa carne na parrilla no ecológico restô, que fica distante quatro quilômetros de São Jorge, na Chapada dos Veadeiros. Lá, já está quase tudo pronto, avisa Luciana Fabrino, mas a inauguração fica para “o melhor momento indicado pela energia dos cristais”. Então, tá.
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