Ouriço chega à 405 Sul com a sofisticação do mar até na moqueca

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Como havia previsto, ainda em agosto, o chef Thiago Paraiso irá reabrir o Ouriço Restaurante em novas instalações na 405 Sul com o dobro do espaço do endereço anterior, mas com a mesma proposta de servir o que há de melhor no litoral brasileiro com receitas sofisticadas, que são a marca registrada desde que abriu o Saveur Bistrot, sua primeira casa. Esta é a notícia mais esperada pelo circuito gastronômico da cidade, que ainda enfrenta o efeito perverso da pandemia, que já provocou em todo o país, o desaparecimento de 1,3 milhão de empregos na área de alimentação fora do lar.

Crédito: Liana Sabo/CB/D.A Press. Thiago Paraiso na fachada do Ouriço

Inaugurado em 2017 na comercial da QI 21 do Lago Sul, o Ouriço foi a segunda casa do jovem chef que tinha apenas 26 anos e trouxe a experência de ter morado um ano na Suíça, onde trabalhou no estrelado Domaine de Châteauvieux, depois de seis meses na Austrália. Diferente do primeiro estabelecimento, o Ouriço, como o nome indica, é especializado em frutos do mar, uma matéria prima que só era servida em grandes operações, como Nau e Coco Bambu. Fazia falta, na opinião do chef, um lugar pequeno e aconchegante que se dedicasse exclusivamente a preparar especialidades no menu, como os já consagrados tartare de atum com teriyaki de pitanga e palha de batata baroa; o carpaccio de vieiras com azeite cítrico e crispy de cebola e a casquinha de siri.

A proposta do Ouriço é mesmo muito diferenciada em relação aos outros endereços de frutos do mar, defende Thiago, que fechou a casa dois anos mais tarde, porque já começava a desenvolver outro projeto gourmet, esse ao nível da rua. Em parceira com o irmão Marcelo Paraiso, o primo Samuel Paraiso e o amigo Matheus Costa, o chef alugou no Bloco C da 405 Sul a loja 16, que havia sido ocupada por uma brigaderia.

Moquecas para dois

Além dos pratos ícones que fizeram a fama da casa no Lago Sul, o novo Ouriço traz como novidade uma seleção de moquecas. São ao todo oito, todas acompanhadas de arroz de salsa e farofa de banana e servem duas pessoas. Desde banana da terra (R$ 89) até polvo (R$ 294), passando por frutos do mar (R$ 130), pirarucu (R$ 95) e lagosta (R$ 245). Entre as tops ainda tem a moqueca de vieira (R$ 298) e de camarão (R$ 140). Completa o time a moqueca de pupunha (R$ 99).

Entre os principais, há destaque para a lagosta em manteiga de alho, limão e pimenta dedo-de-moça, musseline de tomate, tomate seco e salsa (R$ 107); o polvo espanhol grelhado com batata crocante, vinagrete de tomate, cebola roxa, azeitona preta e salsa (R$ 114) e o bacalhau em baixa temperatura, creme de espinafre, batatas refogadas com dedo-de-moça, bacon, tomates assados, lâminas de alho e ovo molet (R$ 94).

Pra não dizer que não há carne, entre os pratos principais tem tornedor de filé com redução de vinho com amora e risoto de gruyère e brie (R$ 74). Outras opções, você encontra no item “pra compartilhar”, no qual aparecem carne de sol, purê de mandioca e farofa de melaço (R$ 119); costela de porco braseada com molho de jabuticaba e batatas gratinadas (R$ 112) e um chorizo com camarões grelhados ao chimichurri da casa com salada de batata e farofa do Bad, apelido do amigo que criou a receita com biju, carne de soja, alho, cebola, cheiro verde, pão ralado e manteiga (R$ 145), que é a melhor composição do quesito terra e mar.

Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio
Projeto do Ouriço Restaurante cedido ao Correio

Jardim nos fundos

A harmonização dos pratos será feita exclusivamente com os rótulos da Del Maipo, importadora brasiliense que foi buscar os melhores produtores no Velho e no Novo Mundo de vinhos brancos e tintos para compor a carta do Ouriço. Instalada no térreo a adega se destaca no projeto assinado pelo trio Daniela Monteiro, Luciana Monteiro e Amanda Garcia. São quatro ambientes, dois no térreo e dois na sobreloja, de onde se projeta para fora o nome da casa. De qualquer ponto da quadra, dá para ver o Ouriço, cuja fachada de gesso é coberta de jato de areia. No mesmo piso, domina uma parede a arte de Wenzo Rithelly, cuja composição lembra … o mar.

Arte na parede do artista Wenzo Rithelly

Um jardim ainda está sendo finalizando nos fundos, cuja porta estará sempre aberta, garante Thiago, para o cliente ter opção de ingresso. O restaurante irá funcionar todos os dias no almoço e no jantar, de terça a sábado. Reservas pelo telefone 99267-2967.

Liana Sabo

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