Conheça Cave do Sol e seus 34 rótulos
A Serra Gaúcha, região que mais atrativos tem no Rio Grande do Sul, acaba de ganhar mais uma vinícola que se soma às cerca de 550 cantinas produtoras de vinho brasileiro, cada vez mais apreciado por sua qualidade e técnica de elaboração. Nem a pandemia afetou a comercialização da bebida. Ao contrário, o mês de julho, por exemplo, foi responsável por 26,13% de todo vinho fino vendido este ano, que chegou a quase 15 milhões de litros. É o melhor desempenho de 2020 nesta categoria, segundo dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Diante dessa performance, é fácil vislumbrar a ousadia que teve o descendente de italianos Arnaldo Passarin ao decidir abrir as portas nessa sexta-feira, 4 de setembro, da Cave do Sol, a mais jovem vinícola gaúcha, que já está produzindo espumantes, brancos, tintos e sucos com uvas cultivadas na Serra Gaúcha e em mais duas regiões: Campanha Gaúcha e Serra do Sudeste.
“Me sinto realizado em ver se tornar realidade mais um de meus sonhos, tendo meus filhos e minha esposa envolvidos em cada projeto”, afirma o diretor presidente da vinícola. Paulista de Jundiaí, Passarin também preside a Associação dos Produtores de Suco Puro, idealizada por ele desde que comprou o terreno no Vale dos Vinhedos há 23 anos.
Encravada no coração do roteiro enoturístico mais famoso do Brasil, entre a Vila Michelon e o spa do Vinho, a Cave do Sol fica no km 20 da Rodovia RS-444 numa área de 36,6 mil metros quadrados, dos quais cinco mil são de área construída. Como a sede que convida a imergir num rico cenário de objetos considerados peças de museu que preservam a história da família.
Os Passarin sempre acreditaram que história de luta, como a da família, merece ser contada. Em 1888, Giuseppe Passarin saiu do Vêneto, na Itália, rumo ao Brasil trazendo na bagagem fé, esperança e a coragem necessária para trabalhar num novo mundo. Primeiro se dedicou ao cultivo do café nas fazendas paulistas. O vinho, que alimentou os sonhos da família, veio depois e começou a ser elaborado num cômodo da casa do primogênito Guido, nascido em Jundiaí.
A saga chega a 2020 com o neto Arnaldo, que em 1954 se transferiu para Flores da Cunha produzindo vinho de mesa. Atualmente, aos 86 anos, pertence ao grupo de risco e não irá participar da inauguração, que será comandada pelo casal de filhos Cristiane e Christian. De casa, o patriarca irá acompanhar o feito que sintetiza bem o sonho. “Tenho duas paixões: a minha família e o vinho. Mas o melhor da vida é a família”. Dá pra constatar esse sentimento nos rótulos dos vinhos finos, como o Vitória Lúcia, que traz o nome das mães de Arlete e Arnaldo, respectivamente. Trata-se de um espumante Nature, feito pelo método tradicional como são os champanhes. O vinho ícone, no entanto, um tinto 100% Cabernet Sauvignon, carrega o nome de Capitão Chico, como Arnaldo Passarin é chamado. Ao todo, são 34 rótulos.
Você poderá degustá-los durante a visitação que, a princípio, poderá ser feita de sexta a domingo. Guiadas por enólogos e sommeliers, há três tipos de visitas que vão de 40 minutos a 1h10min. Em todas elas, serão oferecidos cinco produtos com direito a levar para casa a taça de cristal exclusiva. Inicialmente, quatro linhas estarão no mercado, partindo da superior Cave do Sol, que leva o nome da vinícola, passando pela Solar do Vale e Vulcano até chegar a Monarca.
Ao chegar, o visitante se depara com uma instalação de oito metros de altura denominada Sol Negro, formado por um conjunto de oito bombas antigas pesando mais de duas toneladas. Ao seu lado, há uma fonte que exibe o seguinte texto: “A Cave do Sol foi construída numa TERRA abençoada, onde o AR puro chega abundante em cada estação. O FOGO representado pelo Sol, com nome e arte fundidos, aquece a paisagem. Para completar a homenagem aos quatro elementos, a ÁGUA que limpa, refresca e purifica, está nesta fonte que, com sua atividade constante, traz a certeza da vida em movimento”.
A madeira das antigas pipas usadas na cantina em Flores da Cunha está em todo o lugar, especialmente no mobiliário que ambienta espaços como a loja e a vinheria, já o interior da cave é revestido com os tijolos retirados da vinícola e transportados até o Vale dos Vinhedos para fazer parte do complexo enoturístico, que reúne tradição, história e modernidade. O projeto é assinado pela renomada arquiteta gaúcha Vanja Hertcer, autora da vinícola Luiz Argenta, considerada um paradigma na arquitetura e design do setor de vinho no Brasil. Cave do Sol abre em soft opening sexta e sábados, das 10h às 17h. Domingos, das 10h às 16h. Telefones (54) 2521-2599 e (54) 98418-9882. E-mail: turismo@cavedosol.com.br
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