Cozinha a preço módico

Compartilhe
Bufê oferece 30 tipos de saladas e 15 opções de pratos quentes (Fecebook/reprodução)

Porto Alegre – Oferecer comida caseira saborosa, bem elaborada, e com uma pegada gourmet não é tarefa difícil para quem sente “um profundo compromisso com o cliente”, como explica o chef Edevaldo Nunes, que depois de trabalhar por 19 anos na rede Dado Bier, estreou carreira solo. Ele abriu no dia 23 de maio o Quintanilha, pequeno restô de 42 lugares no centro histórico da capital gaúcha (Rua Coronel Vicente 600), poucos metros abaixo da Santa Casa.

“Antes mesmo da inauguração havia fila na porta e eu acabei atendendo as pessoas enquanto testava o cardápio”, lembra o chef de 44 anos, que tem 30 de carreira. Edevaldo aprendeu a cozinhar ainda criança com sua avó materna no interior de São Paulo. De origem humilde, foi entregador de comida e vendedor de espetinho de camarão nas praias da ilha de Santa Catarina.

Em 1993, teve início a formação profissional no hotel-escola Águas de São Pedro, do Senac. O jovem chef passou temporadas na Europa e nos Estados Unidos, trabalhando na equipe de Claude Troisgros, durante a experiência norte-americana do chef francês radicado no Rio de Janeiro.

Direto do produtor

Funciona no método self-service o bistrô gaúcho que tem a melhor relação custo/benefício para restaurantes de sua categoria. Por apenas R$ 24, de segunda a sexta-feira (sábado passa para R$ 35), a casa, que só serve almoço, oferece cerca de 30 saladas variadas. No bufê ao lado, montado sobre dois fogões no estilo antigo, você escolhe os pratos quentes, que são em torno de 15 opções, e se serve quanto quiser.

Nada impede, porém, o chef de ir à mesa e servir pessoalmente o cliente com uma iguaria, como o macarrãozinho no molho de carne, o filé com brócolis orgânico ou a costelinha suína com couve refogada. Quando perguntei a Edevaldo qual o segredo de fazer uma comida tão boa e barata, ele resumiu na frase: “não é preciso praticar preços abusivos, porque faço as compras de hortifrutigranjeiros direto do produtor e respeitando a sazonalidade dos alimentos.”

Vinho na taça

De tão informal, o acolhedor ambiente não tem vinho engarrafado. Produzido por pequenas vinícolas da Serra Gaúcha, a bebida — como o bom Cabernet Sauvignon que tomei –, é servido em taça por R$ 7. Quanto ao nome da casa, segundo o proprietário, é uma homenagem ao seu pai, descendente de portugueses que habitaram a pequena aldeia Quintanilha, próxima a Bragança.

Também é, no dizer do chef, uma referência ao poeta mais amado de Porto Alegre, Mário Quintana. Assim, há quem já tenha encurtado o nome do restô, tipo “vamos lá no Quintana”. Telefone (51) 3029-1900.

Liana Sabo

Posts recentes

Embaixada da Itália realiza a 5ª edição do Vini D’Italia – Salão do Vinho Italiano no Brasil

Um passeio pela viticultura italiana. Essa é a proposta do evento Vini D’Italia – Salão…

2 dias atrás

Castália inaugura unidade no Pontão

Essa é a quarta unidade da marca de panificação artesanal

6 dias atrás

Le Birosque reabre no Quituart com novo cardápio

A expansão é na verdade um retorno da marca para o local de origem, onde…

6 dias atrás

Todo domingo tem tambaqui na brasa na barraca Assados do Fred

Você não precisa esperar até o fim do defeso a 31 de março, que protege…

6 dias atrás

Dom Francisco promove jantar harmonizado com vinhos do Sul

Evento contará com rótulos da vinícola brasileira Monte Reale

6 dias atrás

Brasiliense está entre os vencedores do Prêmio Artesanal de Cerveja

A cerveja Seja Minha Luz, de Tácio Montes, foi a quinta colocada na categoria Ale

7 dias atrás