Um post no Facebook de Marcelo Petrarca foi o suficiente para que a nova casa na QI 5 do Lago Sul — por isso mesmo chamada Lago — bombasse “sem qualquer propaganda”, diz o chef, um veterano de apenas 29 anos, que abriu a terceira operação gastronômica, sempre amparado na família, cujos irmãos, advogados Carolina e Daniel, são os sócios investidores.
“Ainda estamos ajustando o serviço”, desculpava-se Petrarca, diante de uma inevitável demora, característica dos primeiros dias de funcionamento. Nada, porém, importou à fiel e curiosa clientela, que fez questão de compartilhar o “nascimento” do terceiro filho. No começo de fevereiro de 2015 surgiu o Bloco C, na 211 Sul, e quase dois anos depois, o Inverso, no Park Sul.
Os moradores do Lago Sul e de outros cercanias, que conhecem a alta gastronomia da grife, não vão se decepcionar com a repetição. “Não queremos de forma alguma comprometer nossa operação na Asa Sul”, assegura Carolina Petrarca. Segundo ela, a ideia é compartilhar os clientes nas duas casas, apresentando menus 100% diferentes”.
Mesa de zinco
Para o chef, a nova operação corresponde à cozinha contemporânea com alguns pratos um pouco revisitados, como é de seu feitio, em relação a grandes ícones, tal como o filé Wellington (enrolado inteiro em massa folhada, segundo centenária receita inglesa em homenagem ao primeiro duque de Wellington) com purê de batata servido somente à noite por R$ 82. Tem outro filé com foie gras e batata rosti, por R$ 89; stinco de cordeiro glaceado com risoto de açafrão, por R$ 88 e risoto de vieira, com edamame (vagem japonesa) por R$ 99.
Também experimentei o polvo grelhado com aligot de limão siciliano, fresco e certamente mais leve que outros musts da casa, como o cacio pepe que Petraca resgatou da cozinha clássica romana com creme de pecorino e pimenta moída por R$ 74. Tudo isso pode ser pedido no salão de mesas de madeira de demolição, onde desponta junto ao bar uma mesa coletiva — coberta com folha de zinco — destinada a quem chega avulso.
Quebra de tabu
Quinta entrada do menu, a couve-flor assada é servida com azeite de limão siciliano e flor de sal (R$ 44). Juro que lembrei muito de minha mãe. Ela adorava Blumenkohl, como é chamado, em alemão, o legume que ia à mesa todas as semanas no almoço. “Muita gente que diz não comer nunca couve-flor, gostou dessa aí”, me contou um garçom.
Outra entrada deliciosa é a burrata cremosa com limão siciliano e saladinha de brotos (R$ 58), além do tartar de salmão fresco com ovas, creme azedo e tempurá (R$ 58) ou o milho verde grelhado na brasa com páprica picante (R$ 39).
De segunda a sexta-feira, você pode desfrutar do prato executivo, que além do principal inclui ainda uma entrada e sobremesa por R$ 59. Outra opção é a carne do dia com mix de batatas fritas e molho do chef por R$ 66, enquanto o peixe (branco) do dia sai por R$ 81 e vem com cuscuz vermelho e molho de iogurte. Nessa época, o destaque da sobremesa é a rabanada recheada de brigadeiro de leite ninho (R$ 27).
Distribuído num espaço com mais de 500m², que por muito tempo pertenceu ao disputado endereço de moda Ana Paula Boutique, o Lago teve as colunas da loja feminina revestidas por tijolo enegrecido pela arquiteta Vanessa Rosset, no bonito projeto, mais aconchegante que o do Bloco C, também de sua autoria. Ainda em execução está a revitalização do jardim na parte externa posterior. Funciona de terça a domingo. Telefone: 3553-9700
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