A Copa do Mundo na Rússia acabou, mas os amantes de futebol não precisam esperar por mais quatro anos para assistir a outro Mundial. Em menos de um ano, ocorre a Copa do Mundo de futebol feminino justamente no país que acabou de levantar a taça de campeão mundial em Moscou: a França. De 7 de junho a 7 de julho de 2019, nove cidades francesas receberão as melhores jogadoras do mundo para a oitava edição do campeonato — a Fifa organiza o torneio desde 1991, antes disso as outras edições que ocorreram eram chamadas de mundialitos.
Ao todo, 24 seleções entram em campo para decidir qual levanta a taça de campeão do mundo. Dez equipes já carimbaram o passaporte para entrar nesta disputa na França. Entre elas estão o Brasil, que garantiu a vaga na Copa América, disputada em abril, quando sagrou-se heptacampeão com 100% de aproveitamento no Chile. Além da anfitriã França, as seleções de China, Tailândia, Austrália, Japão, Coreia do Sul, Chile, Espanha e Itália também já conquistaram a classificação para disputar o Mundial. As demais vagas serão definidas até o fim de 2018.
Atual campeã mundial, os Estados Unidos sediarão o torneio que definirá as três vagas da América do Norte e Central para a Copa do Mundo da França — o quarto colocado ainda terá uma nova chance de se classificar na repescagem contra a Argentina, terceira colocada na Copa América. O campeonato da CONCACAF será disputado de 4 a 17 de outubro. O sorteio dos grupos do Mundial está marcado para 8 de dezembro, na França.
Enquanto no futebol masculino os Estados Unidos não conseguiram a vaga para a Copa da Rússia, no futebol feminino o país é um dos favoritos. Tricampeão mundial, o país é o maior campeão da Copa do Mundo feminina. Levou o título na primeira edição organizada pela FIFA, em 1991, na China. Depois, levantou a taça em 1999, em casa. Nas duas edições seguintes, a Alemanha igualou os Estados Unidos com bicampeonato de forma seguida: em 2003, em solo estadunidense; e em 2007, na China. Em 2015, os Estados Unidos voltaram a conquistar o Mundial, no Canadá.
Os tricampeões Estados Unidos seguem em primeiro no ranking da FIFA e a bicampeã Alemanha figura na segunda colocação. Noruega e Japão completam a lista de campeões mundiais no futebol feminino. A equipe japonesa, que levantou a taça em 2011, ocupa a sexta posição. Já a Noruega não está nem entre os dez primeiro. O país que conquistou o ouro na Copa de 1995 começou o declínio em 2006, quando caiu de terceiro para quinto no ranking. De 2010 para 2011, perdeu mais cinco posições: foi de sétimo para 12º e, atualmente, amarga a 14ª colocação internacional.
Seleções que correm por fora
Brasil, Suécia e China estão entre as seleções que bateram na trave, com um vice-campeonato cada. A Seleção Brasileira viveu o auge na competição quando chegou à final contra a Alemanha na Copa de 2007, na China, mas viu o ouro escapar ao ser derrotada por 2 x 0 — as outras melhores campanhas da equipe brasileira ocorreram nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 e de Pequim-2008, quando conquistou a prata.
Em Copas do Mundo, a Suécia foi outra vítima da Alemanha na decisão de 2003, quando perdeu por 2 x 1 no gol de ouro. Já o Japão foi goleado pelos Estados Unidos por 5 x 2 na única final que disputou, em 2015. Inglaterra chegou a um honroso terceiro lugar, em 2015; e Canadá e França chegaram às semifinais nas melhores participações que fizeram na competição.
Atual campeão mundial no futebol masculino, a França vê a modalidade crescer no feminino. De 2009 para 2018, o país subiu seis posições no ranking mundial da FIFA: foi de nono para terceiro. No último mundial, em 2015, mostrou um estilo ofensivo e foi eliminada nas quartas de final pela Alemanha nos pênaltis.
No ano passado, uma jogada pra lá de criativa rendeu muitos gols de escanteio à seleção comandada pela ex-zagueira Corinne Diacrea — pioneira como mulher no cargo de treinadoras de grandes equipes. Na próxima Copa, as Blues contarão com o fator casa e abrirão a competição em 7 de junho, em Paris. A partida mais cobiçada, no entanto, ocorre um mês depois, em Lyon, para decidir o campeão.
Veja onde assistir… Mas passará na TV?
O heptacampeonato da Seleção Brasileira na Copa América neste ano, em que Marta e Cia. garantiram vaga para a Copa do Mundo 2019, não contou com transmissão de nenhum canal de televisão brasileiro. O Grupo Globo tem os direitos de todas as competições Fifa, mas ainda não se pronunciou se transmitirá a competição feminina.
Na Copa do Mundo do Canadá, em 2015, SporTV e TV Brasil transmitiram as partidas da Seleção Brasileira. As datas do Mundial da França no ano que vem, porém, coincidem com a Copa América de futebol masculino, que inclusive será disputada no Brasil entre 14 de junho e 7 de julho de 2019.
E a explicação não está na falta de interesse dos espectadores. Estima-se que 750 milhões tenham acompanhado o Mundial feminino pela televisão. Nos Estados Unidos, a final entre americanas e japonesas entrou para a história como o jogo de futebol de maior audiência do país — isso considerando o futebol feminino e masculino.
Para a Copa do Mundo da França, a expectativa também é alta para o comparecimento do público nas arenas. Na última Copa, as arquibancadas dos estádios do Canadá baterem recorde de torcedores. Ao todo, 1,3 milhão de pessoas acompanharam a competição in loco, que teve uma média de 26 mil pessoas por jogo. Sete partidas contaram ainda com mais de 50 mil torcedores.
A internet salva!
Caso a tevê brasileira não transmita a Copa do Mundo feminina, interessados em assistir às partidas podem, ao menos, recorrer à internet. Os jogos da Copa América do Chile, por exemplo, foram transmitidos ao vivo pela página oficial da organização da competição no Facebook.
Turismo na França + Copa: como comprar ingressos
No site da Copa do Mundo 2019, a FIFA disponibiliza um espaço dedicado à compra de ingressos. A comercialização dos bilhetes ainda não começou, mas já é possível se cadastrar no site para receber novidades. Para se ter uma noção de preços, as entradas para o Mundial de 2015, no Canadá, variaram entre US$ 20 e US$ 165, aproximadamente R$ 77 e R$ 635 em valores atuais.
2 thoughts on “Em 2019 tem mais Copa do Mundo, a de futebol feminino na França”
Eu não esterei exagerando em dizer que agora está copa pode ser do Brasil pela primeira vez feminino e masculino em 2022 se usar o espírito de equipe pode conseguir o triunfo.
Thank you