Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Partido com ampla bancada na Câmara e no Senado, sem candidatura própria à Presidência da República e com liberdade para se aliar à esquerda e à direita, o PSD é uma das siglas mais cobiçadas para alianças nessas eleições. No DF, não é diferente. O presidente regional do partido, Paulo Octávio, tem sido procurado por diversas legendas. Ele quer concorrer ao Senado, mas está sem espaço na chapa liderada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), que está fechado com a pré-candidatura de Flávia Arruda (PL). Assim, Paulo Octávio conversou com os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF), José Antônio Reguffe (União-DF) e até com a cúpula do PT, depois que Lula acertou uma aliança em Minas Gerais com Alexandre Kalil, pré-candidato do PSD ao governo. O PSD tem tempo de televisão e está entre os cinco partidos que mais receberão recursos do Fundo Eleitoral.
O ex-deputado Luiz Pitiman, secretário-executivo do Podemos-DF, é um dos principais conselheiros do senador José Antônio Reguffe (União-DF), hoje. Eles sempre conversam por telefone até de madrugada, com análises sobre os fatos e desdobramentos do dia. Certamente, será uma figura influente na campanha de Reguffe.
Reação
Após o anúncio da pré-candidatura do senador José Antônio Reguffe (União-DF) ao governo, a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) tratou de reafirmar apoios e arregimentou todo o grupo que estava construído. Como é presidente do Cidadania, emitiu uma nota garantindo apoio ao senador. E, nas redes sociais, reuniu depoimentos de mais de 30 pré-candidatos a deputado federal e distrital, que expressaram estarem juntos com Reguffe e Paula. De um lado estão Cidadania, União Brasil, PSC, Podemos e Novo. Do outro lado, o PSDB, comandado pelo senador Izalci Lucas, está em voo solo.
Bate, rebate
Em mensagem em grupo de políticos, o advogado Felipe Belmonte, que comanda o PSC-DF, reagiu indignado à articulação do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) junto à federação PSDB-Cidadania para comandar a composição da chapa majoritária. Ele escreveu que revidaria. Detalhe: Belmonte é suplente de Izalci.
Combate aos outdoors
O deputado Fábio Felix (PSol) está organizando um documento ao TRE-DF para questionar o uso de outdoor nas cidades. Muitos candidatos inventam temas e motivos para uma propaganda. Alguns têm milhares de outdoors espalhados. Algo que é proibido na campanha também é na pré-campanha e pode configurar abuso de poder econômico. “Isso desequilibra a disputa. Vamos fazer uma consulta ao TRE-DF sobre o tema”, afirma Félix.
De volta às campanhas
O ex-deputado Benício Tavares se filiou ao Patriota e está em pré-campanha para uma vaga de distrital. Ele perdeu o mandato em novembro de 2011, por decisão da Justiça Eleitoral, acusado de abuso de poder econômico. Onze anos depois, volta às urnas e à busca ao eleitor, como ontem, na Feira de Ceilândia.
Desfile com Simone Tebet
O ex-deputado e ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) circulou, na sexta-feira, ao lado da pré-candidata do partido à Presidência, senadora Simone Tebet (MS). Eles visitaram a Feira do Livro, ao lado do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire. É o primeiro emedebista do DF a desfilar com Tebet em agenda pública.
Padrinhos petistas
Petistas querem que nomes históricos do PT, bem identificados com o partido, circulem pelo DF de mãos dadas com o deputado Leandro Grass (PV), pré-candidato da federação PT-PV-PCdoB ao governo. É como o deputado Chico Vigilante (PT) fez com Cristovam Buarque em 1994. À época, deu certo. Cristovam era recém-filiado ao PT e precisava de uma apresentação para a militância. Hoje, os nomes mais identificados com o PT são, além de Vigilante, Arlete Sampaio e Érika Kokay.
De volta ao PT
O ex-presidente da Câmara Legislativa Patrício voltou para o PT e vai concorrer a novo mandato de deputado distrital. Ele havia deixado o partido e até disputou eleição em 2018, pelo PDT. Teve 1.482 votos e não se elegeu. No retorno ao PT, partido que está em alta com a candidatura do ex-presidente Lula, Patrício aposta em uma votação maior.
Mais perto de casa
Quem também voltou foi Wasny de Roure. Ex-petista, ele migrou para o PDT. Mas, agora, está no PV, partido de Leandro Grass, pré-candidato ao Buriti da federação de Lula, que reúne PT, PV e PCdoB. Wasny tenta novo mandato de deputado distrital.
30 anos do teste do pezinho
O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) é autor da lei que criou o teste do pezinho. Foi na primeira legislatura, em 1992. Há 30 anos.
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