Vilões viram heróis na reação épica do Internacional contra o Nacional

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Um erro individual em 45 minutos compromete plano de jogo. Três, então, decretam o caos! Assim foi o primeiro tempo do Internacional no empate heroico por 3 x 3 com o Nacional, no Beira-Rio, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América. Algumas tomadas de decisão foram de jogadores amadores — não de profissionais.

O lateral-esquerdo Bernabei é o maior culpado pelo primeiro gol do Nacional. A defesa afasta o escanteio. Em vez de sair da pequena área, ele fica sozinho e dá condição de jogo para o zagueiro Julián Millán abrir o placar. Erguer a mão pedindo impedimento não passou da velha artimanha fracassada brasileira de tentar induzir juiz ao erro a favor do Internacional. Gol legal.

A segunda falha grave partiu justamente dos pés de quem não deveria cometê-la. Alan Patrick recebe a bola do zagueiro Vitor Gabriel. Ao tentar esticar a bola para Gabriel Carvalho, o camisa 10 erra o passe e arma o contra-ataque uruguaio. Boggio intercepta o passe do Internacional, corre sozinho do meio de campo até a grande área e finaliza para o fundo da rede colorada depois de receber o cruzamento de Villalba da esquerda.

O terceiro gol é uma falha gravíssima do goleiro Anthoni. Muito elogiado em exibições anteriores como substituto de Rochet, ele se atrapalhou na cobrança de escanteio fechado depois da falha de Valencia na marcação, solta a bola e o zagueiro Coates não perdoa.

O gol de pênalti marcado por Alan Patrick antes do intervalo deixou o Beira-Rio pilhado para a volta do intervalo e a torcida correspondeu. Quem errou no primeiro tempo recuperou alguns créditos na etapa final. Bernabei apareceu na cara do gol após um passe de Óscar Romero, diminuiu o placar para 3 x 2 e incendiou de vez a mansão colorada.

Fernando poderia ter perseguido Boggio no lance do segundo gol, mas se redimiu na etapa final ao cabecear com firmeza a cobrança de escanteio de Alan Patrick. Responsabilizado pelo segundo gol, o camisa 10 fez um de pênalti e cruzou a bola com fita métrica para o camisa 5 igualar o placar em um jogo praticamente perdido contra o Nacional.

Bela reação, mas Roger Machado precisa despertar. O Inter não vence desde que o clube renovou o acordo com treinador. São quatro jogos de abstinência. Empates com Nacional, Grêmio e Fortaleza, e derrota para o Palmeiras.  Repito sempre: contrato de técnico de futebol não respeita carência nem período de experiência. É preciso voltar a ganhar.

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Marcos Paulo Lima

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