O Atlético voltará a campo neste domingo no clássico contra o América pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro com uma pendência na lista dos pedidos de reforços do técnico Jorge Sampaoli: o goleiro eficiente com os pés. Foi assim na passagem pelo Santos. O argentino sacou o ídolo Vanderlei para dar a posição a Éverson. A tendência é que isso se repita no Galo. Ao que parece, “São Victor” e Rafael não são os preferidos. Sampaoli sonha com Toselli (Universidad Católica) e Éverson – em litígio com o Peixe.
A obsessão de Sampaoli por arqueiros habilidosos é antiga. O blog conversou com o maior goleiro-artilheiro com quem o técnico trabalhou. Johnny Vegas Fernández, o “Chilavegas” fez 45 gols na carreira. Só fica atrás das lendas Rogério Ceni (131) e José Luis Chilavert (67). Oito foram marcados sob a batuta do treinador argentino no Sport Boys e no Sporting Cristal do Peru. “Cinco de pênalti e três em cobranças de falta”, recorda o peruano de 44 anos nascido em Huancayo.
Aposentado, Johnny Vegas não se assusta com a obsessão de Sampaoli por goleiros capazes de jogar com os pés. “Ele é assim desde que o conheci. Mais do que saber jogar com os pés, o goleiro tinha que ser uma espécie de líbero, interceptar a maioria das bolas”, recorda.
Ao saber que Sampaoli exigiu a contratação de goleiros com esse perfil nas chegadas ao Santos e ao Atlético-MG, Vegas ficou surpreso. “Ele não fazia esse tipo de pedido (no futebol peruano), mas entendo que ele evoluiu na carreira e na forma de trabalhar. De repente, pediu goleiro com esse perfil porque esses clubes têm condições econômicas de oferecer isso a ele”, pondera.
Vegas orgulha-se do fato de ele, Chilavert e Rogério Ceni, ou seja, três goleiros sul-americanos, terem se antecipado às exigências do mercado. Quando todos apontam Manuel Neuer e Ter Stegen como modelos na arte de jogar com os pés, o peruano rebate. “Nós pulamos etapas. Estávamos tentando sair do modelo”, comenta o goleiro com passagem pela seleção peruana.
O peruano exalta a importância de Jorge Sampaoli na carreira dele. “Ele me ajudou muito. Eu tinha muito potencial para sair do gol e cortar a bola. Por isso, não sofri muita pressão. Fazíamos trabalhos específicos para isso”, lembra, mostrando para Victor e Rafael que é possível evoluir sob as ordens do argentino. “Jorge Sampaoli viu que a equipe trabalhava no limite e ele começou a fazer sua história, como vemos agora”, diz.
Além da excelência dos goleiros, Sampaoli é perfeccionista na montagem do time desde a passagem pelo futebol peruano. “Para ele, o trabalho vem em primeiro lugar. O nível tático era importante para ele. Trabalhava muito as linhas e queria tudo perfeito. O clube em que atuamos não era tão bom economicamente, mas nós conseguimos nos superar”, testemunha.
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