As competições da Fifa costumam ter um Grupo de Estudos Técnicos (TSG na sigla em inglês) responsável por analisar todas as partidas do torneio — neste caso, o Mundial Sub-17. O colegiado aponta tendências técnicas e táticas, elabora relatórios e distribui o material para as 211 federações filiadas à entidade máxima do futebol.
O comandante do grupo no Mundial Sub-17 é o croata Branimir Ujevic, de 41 anos. Ele coordena o Departamento de Treinamento e Desenvolvimento de Jogadores da Fifa. Um dos colaboradores dele é o ex-goleiro argentino Claudio Alejandro Vivas. Aos 51 anos, Vivas tem “Bielsismo” no sangue. É discípulo do técnico Marcelo Bielsa.
Vivas foi goleiro até os 18 anos nas divisões de base do Newell’s Old Boys. Pendurou as chuteiras precocemente e virou auxiliar de Marcelo Bielsa no clube de Rosário. Era um dos auxiliares do treinador na decisão da Copa Libertadores da América de 1992 contra o São Paulo. Perderam o título para o timaço de Raí, liderado por Telê Santana.
A parceria foi longe. Vivas auxiliou Marcelo Bielsa no Atlas do México, Vélez Sarsfield e na seleção da Argentina no período de 1998 a 2004. Amargou o vice da Copa América contra o Brasil de Carlos Alberto Parreira no Peru, em 2004. Em 2009, Vivas optou pela independência. Comandou Argentinos Juniors, Racing e Instituto de Córdoba. Na temporada de 2011, reatou o vínculo com Marcelo Bielsa e trabalharam juntos no Athletic Bilbao. Decidiram o título da Europa League contra o Atlético de Madrid, do amigo Diego Simeone.
O Grupo de Estudos Técnicos do Mundial Sub-17 apontará:
– Bolas de ouro, prata e bronze para os melhores jogadores
– Chuteira de ouro, prata e bronze para os artilheiros estabelecendo critérios de desempate
– Luva de ouro para o melhor goleiro
– Prêmio Fair Play
Entre idas e vindas, Vivas assumiu o Sporting Cristal do Peru, mas não cortou o cordão umbilical com Marcelo Bielsa. Embarcou para ajuda-lo a comandar a seleção do Chile e até comandou a esquadra sub-20 do país. Em 2016, herdou o Banfield e classificou o time argentino para a Copa Sul-Americana de 2016.
O responsável pela análise dos jogos do Mundial Sub-17 tem ao lado outro ex-goleiro. O suíço Pascal Zuberbuhler também integra o Grupo de Estudos Técnicos da competição. O grande momento da carreira dele rolou na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Zuberbuhler deixou o torneio sem sofrer gol nos duelos com França, Coreia do Sul, Togo e Ucrânia. A Suíça foi eliminada nos pênaltis nas oitavas de final.
A seleção entrou para a história como a primeira eliminada da Copa do Mundo sem ser vazada no tempo normal + prorrogação. Depois da aposentadoria, ele acumulou passagens como preparador de goleiros da seleção de Filipinas e do Derby County, da Inglaterra.
O Grupo de Estudos Técnicos conta ainda com o analista de desempenho Chris Loxton. Em março, o profissional esteve no Catar participando do lançamento de um sistema batizado de Análise de Jogo ao Vivo usado por todos os clubes da Qatar Stars League — a liga de futebol do país sede da Copa 2022. O dispositivo fica à beira do campo por meio de um tablet.
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