Na era Alexandre Mattos, os técnicos não conseguem completar um ano no cargo. Demitido na noite desta quarta-feira após a derrota para o Fluminense por 1 x 0, no Maracanã, Roger Machado é a mais nova vítima da diretoria alviverde e da Crefisa, principal mecenas do clube paulista. Antes dele, Oswaldo de Oliveira, Marcelo Oliveira, Cuca, Eduardo Baptista e Cuca novamente duraram no máximo nove meses. O último profissional a passar um ano no emprego foi Gilson Kleina, de 19 de setembro de 2012 a 8 de maior de 2014, ou seja, bem antes da era Alexandre Mattos.
Contratado em 2015 para trabalhar no Palmeiras, o gerente executivo Alexandre Mattos jamais conseguiu manter um técnico empregado por mais de 10 meses em sua gestão. O recorde é de Cuca. Em 2016, ele levou a equipe ao títuo da Série A, mas deixou o cargo após nove meses e 18 dias de trabalho.
Oswaldo de Oliveira foi o primeiro técnico contratado pelo treinador. Durou apenas seis meses no cargo. Na sequência, Marcelo Oliveira herdou a prancheta e passou nove meses no emprego. Apesar do título da Copa do Brasil, ele ocupou a função de treinador de junho de 2015 a março de 2016.
Cuca assumiu a missão de comandar o Palmeiras no restante da temporada. Quebrou o jejum de 22 anos sem título brasileiro e só saiu porque quis. O clube tinha intenção de continuar com ele, mas o técnico preferiu sair após nove meses e 18 dias no cargo.
Eduardo Baptista assumiu em 2017 com a missão de comandar o Palmeiras na temporada, mas o filho de Nelsinho Baptista durou apenas quatro meses. Estreou em janeiro e foi dispensado em maio durante a fase de grupos da Libertadores.
Cinco meses depois de deixar o cargo, Cuca reassumiu em 10 de maio e saiu em 13 de outubro, ou seja, a segunda passagem foi ainda mais curta do que a primeira. Alberto Valentim encerrou o ano. Em 2018, o clube investiu em Roger Machado. Nem mesmo o primeiro lugar geral na fase de grupos da Libertadores, com direito a vitória sobre o Boca Juniors, no Estádio La Bombonera, foi capaz de mantê-lo para as oitavas de final da competição e o maior projeto do clube, ou seja, conquistar o bi do torneio continental para tentar finalmente o inédito título mundial.
O sonho de consumo do Palmeiras é Abel Braga, ex-Fluminense, mas o treinador teria de se contradizer para topar o desafio. Procurado pelo Santos, ele disse que não pega trabalho no meio da temporada. Lembro que, na véspera de uma entrevista que Vanderlei Luxemburgo me deu aqui em Brasília, os donos da Crefisa, principal parceira do Palmeiras, jantaram com o treinador, em São Paulo. Badalado, o argentino Jorge Sampaoli é mais um nome na mira da diretoria alviverde.
INSTABILIDADE
Os técnicos do Palmeiras na era Alexandre Mattos
Oswaldo de Oliveira: 1/1/2015 a 9/6/2015
Marcelo Oliveira: 15/6/2015 a 12/3/2016
Cuca: 12/3/2016 a 11/12/2016
Eduardo Baptista: 11/12/2016 a 4/5/2017
Cuca: 10/5/2017 a 13/10/2017
Alberto Valentim: 13/10/2017 a 5/12/2017
Roger Machado: 1/1/2018 a 25/7/2018
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