Pela primeira vez na história das quartas de final da Libertadores, sete das oito vagas são ocupadas por clubes argentinos ou brasileiros. Com as classificações de Palmeiras e Boca Juniors na noite desta quinta-feira, os hermanos contam com Independiente, River Plate, Boca Juniors e Atlético Tucumán na próxima fase. O Brasil emplacou o atual campeão, Grêmio, o Cruzeiro e o Palmeiras. O Colo-Colo, do Chile, é o estranho no ninho.
A maior taxa de ocupação de vagas por brasileiros e argentinos nas quartas havia sido registrada nas edições de 2001, 2005 e 2012: seis clubes, ou 75%. Nesta edição, são sete, o equivalente a 87,5%. Com isso, há possibilidade de final argentina, brasileira ou entre os dois países, repetindo o ano passado, quando o Grêmio superou o Lanús na decisão. A menos que o intruso Colo-Colo apronte e estrague o baião de dois nas semifinais.
A seguir, o retrospecto e algumas curiosidades das quartas de final.
Palmeiras
Houve dois duelos pela fase de grupos da Libertadores de 2009. O Colo Colo venceu o primeiro jogo por 3 x 1 no velho Palestra Itália e perdeu por 1 x 0 no Monumental, em Santiago. O alviverde avançou às oitavas de final em segundo lugar, atrás do Sport. Dois velho conhecidos da torcida alviverde serão adversários nas quartas de final: o meia Valdivia e o centroavante Lucas Barrios. Cada clube tem um título do torneio. O Palmeiras foi campeão em 1999 e vice em 1961, 1968 e 2000. O Colo-Colo deu a volta olímpica em 1991 e perdeu a decisão de 1973 para o tradicional Independiente.
Títulos em jogo: 2
1 do Palmeiras (1999) + 1 do Colo-Colo (1991)
Palpite: Palmeiras
Times-base
Palmeiras (4-3-3)
Wéverton
Mayke, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa
Bruno Henrique, Felipe Melo e Moisés
Willian, Borja e Dudu
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Artilheiro: Borja, 8 gols
Colo-Colo (3-5-2)
Orión
Matias Zaldivia, Julio Barroso e Juan Insaurralde
Opazo, Carmona, Baeza, Damián Pérez e Jorge Valdívia
Lucas Barrios e Esteban Paredes
Técnico: Héctor Tapia
Artilheiro: Estebán Paredes, 3 gols
Cruzeiro
É praticamente um “clássico” na Libertadores. Em 1977, houve três confrontos válidos pela final do torneio. O Boca Juniors venceu o primeiro por 1 x 0, em La Bombonera, o Cruzeiro deu o troco pelo mesmo placar, no Mineirão, e forçou o jogo desempate. O tira-teima terminou empatado por 0 x 0 no Estádio Centenário, em Montevidéu, e o Boca conquistou o título nos pênaltis, por 5 x 4. Ambos se reencontraram na fase de grupos de 1994. O Cruzeiro venceu no Mineirão e em La Bombonera pelo mesmo placar: 2 x 1. Nas oitavas de 2008, o Boca venceu os dois confrontos por 2 x 1. O Boca Juniors está entalado na garganta de Mano Menezes. Em 2007, o time argentino goleou o Grêmio por 5 x 0 no placar agregado — 3 x 0 em Buenos Aires e 2 x 0 em Porto Alegre. Do outro lado, o centroavante Ábila reencontrará o técnico do Cruzeiro, que o preteriu na passagem pelo clube mineiro.
Títulos em jogo: 8
2 do Cruzeiro (1976 e 1997) + 6 do Boca Juniors (1977, 1978, 2000, 2001, 2003, 2007)
Palpite: Cruzeiro
Times-base
Cruzeiro (4-2-3-1)
Fábio
Lucas Romero, Léo, Dedé e Egídio
Henrique e Lucas Silva
Robinho, Thiago Neves e De Arrascaeta
Barcos
Técnico: Mano Menezes
Artiheiro: Thiago Neves, 5 gols
Boca Juniors (4-3-3)
Andrada
Leonardo Jara, Paolo Goltz, Lisandro Magallán e Emmenuel Mas
Fernando Gago, Wilmar Barrios e Pablo Pérez
Cristián Pavón, Dario Benedetto e Mauro Zárate
Técnico: Guillermo Schelloto
Artilheiros: Tévez e Ábila, 3 gols cada
Grêmio
É o único confronto inédito nas quartas de final desta edição da Libertadores. Estreante em 2017, o Atlético Tucumán só enfrentou um clube brasileiro no torneio, o Palmeiras. Empate por 1 x 1 em casa e derrota por 3 x 1 no Allianz Parque.
Títulos em jogo: 3
3 do Grêmio (1983, 1995 e 2017) + 0 do Atlético Tucumán
Palpite: Grêmio
Times-base
Grêmio (4-2-3-1)
Marcelo Grohe
Leonardo Moura, Pedro Geromel, Kannemann e Bruno Cortês
Jaílson e Maicon
Ramiro, Luan e Everton
Jael (André)
Técnico: Renato Gaúcho
Artilheiro: Everton, 4 gols
Atlético Tucumán (4-4-2)
Cristian Luccheti
José San Román, Bruno Bianchi, Jonathan Cabral e Gabriel Patrón
Guillermo Acosta, Juan Mercier, Rodrigo Aliendro e Ricardo Noir
Luis Rodríguez e Leandro Diaz
Técnico: Ricardo Zielinski
Artilheiro: Leandro Díaz, 3 gols
Independiente
O clássico aconteceu 16 vezes na história da LIbertadores, mas não rola desde 1995 no torneio. O primeiro clássico argentino na Libertadores aconteceu no triangular semifinal de 1966. Empate por 1 x 1, em Avellaneda, e goleada do River Plate por 4 x 2 no duelo de volta. Houve um jogo desempate e o River Plate fez 2 x 1. No triangular semifinal de 1976, houve empate por 0 x 0 em Buenos Aires, e vitória do River Plate por 1 x 0 na volta. O resultado se repetiu no jogo desempate, com triunfo do River por 1 x 0. Em 1978, o confronto rolou pela fase de grupos. Empate por 0 x 0 na ida e goleda dos Millonarios por 4 x 1 na volta. Os rivais voltaram a duelar no triangular semifinal de 1987. O River Plate segurou 0 x 0 em casa, mas perdeu por 2 x 1 no segundo duelo. Na edição de 1990, empate por 0 x 0 na ida e triunfo do Independiente por 1 x 0. Em 1995, nos últimos encontros pela fase de grupos, empate por 1 x 1 na ida e vitória do River Plate no confronto de volta, por 2 x 0.
Títulos em jogo: 10
7 do Independiente (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984) + 3 do River Plate (1986, 1996 e 2015)
Palpite: River Plate
Times-base
Independiente (3-4-2-1)
Martín Campaña
Alan Franco, Emanuel Brítez e Nicolás Figal
Fabrício Bustos, Gastón Silva, Francisco Silva e Pablo Hernández
Silvio Romero e Maximiliano Meza
Gigliotti
Técnico: Ariel Holan
Artilheiro: Martín Benítez, 3 gols
River Plate (4-4-2)
Franco Armani
Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Pinola e Milton Casco
Ezequiel Palacios, Ignacio Fernández, Enzo Pérez e Juan Quintero
Lucas Pratto e Rafael Borré
Técnico: Marcelo Gallardo
Artilheiro: Lucas Pratto, 3 gols
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