A parceria entre um ex-zagueiro do Grêmio e o ex-lateral-direito português que virou técnico do Palmeiras deu liga em duas finais da Taça de Portugal — equivalente à Copa do Brasil. Ânderson Polga e Abel Ferreira jogavam juntos na defesa no bicampeonato do Sporting nas temporadas 2006/2007 e 2007/2008 do segundo torneio mais importante do futebol lusitano.
Uma das vítimas da parceria foi o técnico Jorge Jesus. Em 2006/2007, o ex-técnico do Flamengo comandava o Belenenses e chegou à final da Taça de Portugal contra o Sporting. Comandados por Paulo Bento, Polga e Abel ajudaram os Leões na decisão em jogo único a vencer a decisão por 1 x 0. Liedson fez o gol do título no Estádio Nacional. A retaguarda campeão tinha Ricardo, Abel Ferreira, Caneira, Ânderson Polga e Rodrigo Tello.
Na temporada seguinte, o Sporting enfileirou o bicampeonato. O time de Rui Patricio; Abel Ferreira, Tonel, Âderson Polga e Grimi; Miguel Veloso, João Moutinho, Izmailov e Romagnoli; Derlei e Djaló derrotou o Porto por 2 x 0 com dois gols de Rodrigo Tiuí na prorrogação. Lembra-se dele? Aquele atacante formado nas divisões de base do Fluminense. O Porto era comandado à época por um treinador que passou pelo Brasil recentemente: Jesualdo Ferreira.
Dezoito anos depois, Abel Ferreira pode conquistar uma copa pela terceira vez. Agora, na Copa do Brasil. No papel de treinador. Justamente contra o Grêmio, clube do coração de Ânderson Polga. O português tem chance de entrar para a historia do segundo torneio mais importante do país. Em vantagem depois da vitória por 1 x 0 na partida de ida na Arena, em Porto Alegre. Pode empatar neste domingo para tornar-se o primeiro técnico estrangeiro a conquistar a Copa do Brasil. O colombiano Reinaldo Rueda amargou o vice-campeonato em 2017.
Do outro lado estará o Imortal. Dos cinco títulos do Grêmio na Copa do Brasil, o aposentado Ânderson Polga fez parte de um deles. Era o xerife do time configurado por Tite no 3-5-2 na decisão de 2001 contra o Corinthians: Danrlei; Marinho, Mauro Galvão e Roger; Ânderson Lima, Ânderson Polga, Tinga, Zinho e Rubens Cardoso; Marcelinho Paraíba e Luis Mário.
Impossível apontar o favorito na decisão deste domingo. O Palmeiras está em vantagem. Abel Ferreira era pé-quente em copas como jogador — ganhou duas Taças de Portugal — e desencantou como treinador ao ganhar a Libertadores.
Porém, do outro lado, há um adversário viciado em torneios de “mata-mata”. Renato Gaúcho ganhou a Copa do Brasil como ponta-direita em 1990 vestindo a camisa do Flamengo; e pode levantá-la pela terceira vez no papel de técnico. Levou o Fluminense ao título em 2007 e o Grêmio em 2016. Ele pode virar tricampeão como Mano Menezes (2009, 2017 e 2018). E ficar a um do recordista Luiz Felipe Scolari (1991, 1994, 1998 e 2012).
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