Prata da casa ou veio de fora? Os goleiros titulares do Flamengo em finais da Copa do Brasil

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Thiago ou Alex Muralha? Se uma tradição rubro-negra pesar, o Flamengo escalará um goleiro revelado em casa nesta quinta-feira, às 21h45, contra o Cruzeiro, no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil. O time carioca disputou seis finais do torneio. Em cinco, o “camisa 1” era um jogador revelado nas categorias de base ou muito identificado com as cores rubro-negras: Zé Carlos (1990 e 1997), Julio César (2003 e 2004) e Diogo (2006). A exceção foi Felipe (2013), mas Paulo Victor chegou a ser titular em momentos cruciais, como a semifinal diante do Goiás.

Zé Carlos não começou no clube. Antes de chegar à Gávea em 1984, aos 22 anos, trabalhou no Americano-RJ e teve rápida passagem pelo Rio Branco-ES.  Entretanto, virou sinônimo de Flamengo nos anos 1980 e 1990, com títulos no módulo verde da Copa União de 1987, na copa do Brasil de 1990 e nos Cariocas de 1986, 1991 e 1996.

O primeiro título na Copa do Brasil tinha justamente o “Zé Grandão” debaixo das traves. Foi ele quem fechou o gol na primeira partida — vitória por 1 x 0, em Juiz de Fora (MG) — e na segunda, empate por 0 x 0 no Serra Dourada, em Goiânia. No mesmo ano, foi um dos reservas de Taffarel na Copa do Mundo da Itália, em 1990. O outro era Acácio, do Vasco.

A segunda decisão do Flamengo na Copa do Brasil também teve Zé Carlos como titular. Em 1997, o Flamengo resistiu bravamente no Estádio Olímpico e empatou por 0 x 0. Na volta, o tricolor gaúcho saiu na frente com um gol de João Antônio no Maracanã, Lúcio e Romário viraram a partida, mas Carlos Miguel calou o estádio ao empatar e garantir o título.

Curiosamente, Zé Carlos também defendeu o Cruzeiro. Morreu jovem, aos 47 anos, vítima de um câncer no abdômen. Com a camisa do Flamengo, disputou 352 jogos, com 181 vitórias, 91 empates e 80 derrotas. Na Copa do Brasil de 1997, chegou a fazer um gol de pênalti na goleada por 6 x 2 sobre o Nacional, no Estádio Vivaldão, atual Arena da Amazônia.  Zé Carlos balançou a rede em uma cobrança de pênalti.

Nas decisões de 2003 e de 2004, o goleiro titular era um prata da casa. Julio César não conseguiu parar o timaço do Cruzeiro — aquele da tríplice coroa — nem o Santo André, protagonista de um dos maiores vexames do Flamengo na história da Copa do Brasil.

O Flamengo conquistaria o bicampeonato em 2006. Novamente o titular era um goleiro prata da casa. Diego não sofreu gol na partida de ida e viu Obina e Luizão decidirem a partida contra o Vasco. No segundo round, novamente terminou invicto e o lateral-esquerdo Juan anotou o gol do título sobre o arquirrival no Maracanã.

Na última decisão rubro-negra, Paulo Victor, cria da Gávea, vestiu a camisa titular nas semifinais contra o Goiás. Na decisão, Felipe assumiu as traves nos confrontos de ida e volta.  No primeiro confronto, empate por 1 x 1 na Vila Capanema, em Curitiba. Na volta, vitória do Flamengo por 2 x 0. Os gols de Elias e de Hernane garantiram o tricampeonato.

Marcos Paulo Lima

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