Mundial Sub-17: entenda por que o Brasil tem que se inspirar no México para conquistar o cobiçado tetra

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Classificado para o Mundial Sub-17 por acaso, o tricampeão Brasil (1997, 1999 e 2003) terá uma missão (quase) impossível. Apenas um anfitrião conquistou o título em 17 edições do torneio. Só dois donos da casa chegaram pelo menos à final. Tricampeã, a Seleção estreia neste sábado contra o Canadá, às 17h, no Bezerrão, e espera igualar o feito do México na sonhada decisão, em 17 de novembro.

Em 2011, a seleção asteca entrou para a história como a única anfitriã campeã. Conquistou o caneco ao derrotar o Uruguai por 2 x 0 numa final disputada diante de 98.943 pagantes no lendário Azteca. Comandado pelo técnico Raúl Giménez, o México pulverizou os adversários. Desbancou Coreia do Norte, Congo e Holanda na fase de grupos. Despachou Panamá, Franca e Alemanha na caminhada para a glória. Uma raridade.

Dois anos antes, a recordista de títulos Nigéria tentou o feito. Os pentacampeões passaram em primeiro lugar numa chave dificílima contra Alemanha, Honduras e Argentina; eliminou Nova Zelândia, Coreia do Sul e Espanha na hora do mata-mata e perdeu a taça dentro de casa para a Suíça de Seferovic, Xhaka e Veseli por 1 x 0, em Abuja.

O Brasil hospeda competição de seleções da Fifa pela quarta vez. Amargou o vice na Copa do Mundo de 1950 e o quarto lugar em 2014; e venceu a Copa das Confederações em 2013. Isso sem contar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, organizado pelo COI.

“Disputar um Mundial é coisa única na carreira de um atleta. Muitos deles estão iniciando a carreira, e fazer isso com essa responsabilidade, sabendo a grandeza do Mundial, vai agregar muito para a história deles. O que contei foi a história que deu certo, passando um pouco da experiência que adquiri nos 25 anos de carreira como profissional”

Zé Roberto, em palestra para os jogadores da Seleção Sub-17 na concentração, em Brasília

Originalmente, o anfitrião seria o Peru, mas o país não cumpriu o caderno de encargos. Eliminado na fase de grupos do Sul-Americano Sub-17, o Brasil nem disputaria esta edição. Como topou assumir o lugar do Peru, o Brasil virou dono da festa por acaso.

Vale tudo para conquistar o título em casa. Inclusive palestras com jogadores vitoriosos. Na noite desta quinta-feira, o ex-jogador Zé Roberto deu palestra para os 21 jogadores convocados pelo técnico Guilherme Dalla Déa. A convite do coordenador das divisões de base Branco, ensinou um pouquinho como colecionou 19 títulos na carreira, quatro na Seleção.

“A importância desse encontro vem da grandeza da competição. Disputar um Mundial é coisa única na carreira de um atleta. Muitos deles estão iniciando a carreira, e fazer isso com essa responsabilidade, sabendo a grandeza do Mundial, vai agregar muito para a história deles. O que contei foi a história que deu certo, passando um pouco da experiência que adquiri nos 25 anos de carreira como profissional”, descreveu Zé Roberto em entrevista ao site da CBF.

Zé Roberto falou sobre foco, disciplina, trabalho em equipe, planejamento e liderança. “Todos que estão aqui são talentosos, o futuro da Seleção Brasileira. Uma geração que está se iniciando. Se eles fundamentarem a carreira deles em um só pilar desses, com certeza a carreira deles vai ser um grande sucesso”, apontou o craque.

Marcos Paulo Lima

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