Luan não fazia dois gols em uma partida desde 24 de março do ano passado no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Gaúcho. O tricolor goleou por 6 x 0 no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, e encaminhou a passagem às semifinais. Depois daquele jogo, o atacante marcou apenas quatro vezes antes de acertar a transferência para o Corinthians.
Os números na temporada passada justificam a empolgação da Fiel com o segundo maior reforço do Timão para 2020. Em minha opinião, a principal contratação alvinegra é o competente técnico Tiago Nunes. Luan honrou a camisa 7 eternizada por Marcelinho Carioca com um golaço de falta na vitória sobre o New York City e ainda teve tempo para fazer mais um e se tornar o cara do jogo na estreia do time paulista na Florida Cup.
Aos 26 anos, Luan parece ter percebido a responsabilidade que assumiu. Não chegou para ser mais um no Corinthians. O Rei da América em 2017 precisa ser o número 1. De preferência, superar a temporada de gala da carreira. Há três anos, marcou 18 gols em 52 jogos com a camisa do Grêmio, distribuiu 12 assistências e levou o Grêmio ao tri da Libertadores com oito gols, ou seja, quase metade da performance pessoal no ano inteirinho.
O desafio de Luan é manter a regularidade e superar as melhores temporadas da carreira. Em 2015, fez 17 gols e distribuiu 12 assistências em 56 partidas na temporada 2015. Dois anos depois, estabeleceu a melhor marca dele com 18 gols e 12 assistências em 52 exibições.
Eu sempre gosto de lembrar que Luan é o cara que mudou os rumos da Seleção na conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. O time titular de Rogério Micale começou a competição com Gabriel Barbosa, Gabriel Jesus e Neymar no ataque. O time não funcionou nos empates com África do Sul e Iraque em Brasília. Desencantou a partir do terceiro jogo contra a Dinamarca, em Salvador, justamente com a entrada de Luan e a saída do meia brasiliense Felipe Anderson da equipe. O Brasil encaixou e arrancou rumo ao título.
Luan faz a diferença quando as lesões permitem e ele está motivado. Ao que parece, ele chegou animado ao Corinthians. Não sentiu o peso da responsabilidade na estreia e recebeu merecidos elogios de Marcelinho Carioca depois da vitória em Orlando.
“Muito feliz com esse troféu (de melhor em campo), meus dois primeiros gols com a camisa do Corinthians. Marcelinho tinha brincado comigo que eu tinha que fazer um gol de falta com essa camisa, era a marca dele e que essa camisa 7 fazia gol de falta. Tenho alguns na carreira. Estou muito feliz, importante. Marcelinho é um ídolo da torcida, do clube, fico feliz em poder representar um pouco desse número. Espero retomar para ajudar o Corinthians a vencer”.
O Corinthians costuma catapultar jogadores para a Seleção. Que Luan saiba aproveitar o holofote e ter mais do que as duas oportunidades dadas por Tite, ambas em 2017. Afinal, as Eliminatórias para a Copa do Catar estão chegando e é sempre bom ter um jogador diferenciado como Luan no mínimo no banco de reservas.
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