Técnico interino da Argentina no amistoso desta terça-feira contra o Brasil, em Jeddah, na Arábia Saudita, Lionel Sebastián Scaloni, de 40 anos, já foi carrasco da Seleção. Faz tempo, mas a lembrança está muito bem arquivada na memória do ex-lateral-direito e do auxiliar dele, Pablo Aimar. Ambos tiveram papéis decisivos em uma eliminação canarinha.
Scaloni é um dos heróis do título da Argentina no Mundial Sub-20 de 1997, na Malásia. Fazia parte de um baita elenco comandado pelo técnico José Néstor Pekerman, cotadíssimo para assumir a seleção no ano que vem. O grupo contava, entre outros, com Samuel, Cambiasso, Riquelme, Aimar e Placente. Lionel Scaloni vestia a camisa número 18.
Depois de uma campanha impecável até as oitavas de final, com vitórias por 3 x 0 sobre a França, 2 x 0 contra a África do Sul, 10 x 3 na Coreia do Sul e 10 x 0 diante da Bélgica nas oitavas de final, o Brasil topou com a Argentina nas quartas de final, no Estádio Sarawak, em Kuching. Naquele dia, a Argentina mandou a geração do goleiro Hélton, do lateral-esquerdo Athirson, dos meias Pedrinho e Alex, e do centroavante Fernandão de volta para casa.
Era 29 de junho de 1997. Depois de um primeiro tempo equilibrado, a Argentina abriu o placar aos 30 minutos. Riquelme deu um lançamento de Gérson “Canhotinha de Ouro” para Lionel Scaloni. O lateral-direito desmoralizou o atacante Adailton, artilheiro isolado da competição com 10 gols, deixou o volante Sidney no chão na hora do chute e marcou um golaço (veja o vídeo no fim do post).
Aos 45, praticamente no último lance da partida, a Argentina protagonizou um contra-ataque de cinema. O volante Cambiasso roubou a bola no campo de defesa, acionou o camisa 10 Aimar, e o meia rolou para Martin Perezlindo consolidar a eliminação do Brasil.
Na sequência da competição, a Argentina eliminou a Irlanda nas semifinais e desbancou o Uruguai por 2 x 1 na decisão do título. Vinte e um anos depois, os carrascos Scaloni e Aimar estão juntos na comissão técnica que enfrentará o Brasil, de Tite, na Arábia Saudita.
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