Grêmio e Hamburgo: 35 anos depois, o sucesso tricolor sob o comando do ídolo Renato Gaúcho e o risco de rebaixamento inédito no Alemão

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Lá se vão 35 anos da final do Mundial de Clubes de 1983. Lá se vão 35 anos dos dois gols de Renato Gaúcho, ou Renato Portaluppi como preferem os conterrâneios dele, sobre o Hamburgo no Estádio Nacional, em Tóquio. O presente dos dois clubes em 2018 é totalmente oposto. Enquanto o clube brasileiro coleciona títulos e pratica o melhor futebol do país, o time alemão está próximo de sentir pela primeira vez uma dor que a torcida tricolor amargou em 1991 e em 2004: o rebaixamento para a segunda divisão.

O Volksparkstadion, casa do Hamburgo, tem um contador de tempo que é o maior orgulho dos torcedores. Registra o tempo de permanência do clube de 130 anos de idade na elite do Campeonato Alemão. Há pelo menos quatro anos, o cronômetro virou ampulheta. Anuncia a possibilidade do primeiro rebaixamento do hexacampeão nacional — que está na elite há 54 anos e jamais participou da segundona alemã.

A matemática não joga a favor do time dos brasileiros Walace e Douglas Santos. Neste sábado, o time enfrenta o Wolfsburgo, concorrente direto na luta contra o descenso e cinco pontos à frente. No caso de uma derrota e de uma vitória do Freiburg diante do Colônia; e do Mainz contra o RB Leipzig, sentenciará a inédita queda do Hamburgo para a segunda divisão.

O Hamburgo é o único membro fundador da Bundesliga — a principal competição da Alemanha —que jamais caiu. Entretanto, flerta com a Série B há quatro anos consecutivos. Quando não consegue escapar por pouco, é obrigado a encarar a temida repescagem.

O timaço campeão europeu na temporada de 1982/1983 ao derrotar a Juventus, de Zoff, Michel Platini, Boniek, Scirea, Gentile e Cabrini por 1 x 0 no Estádio Olímpico de Atenas naquele 25 de maio de 1983, gol de Felix Magath, está prestes a testemunhar o capítulo mais triste de sua história. Ou não. Afinal, quem escapou quatro vezes nas últimas quatro temporadas pode escapar da queda pelo quinto ano consecutivo. Milagres acontecem…

Marcos Paulo Lima

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