Filipe Luís tem seis derrotas em 69 jogos como técnico do Fla: uma delas para o Cruzeiro. Foto: Flamengo
Um ano depois de suceder Tite e assumir a prancheta do Flamengo, o técnico Filipe Luís é tema de “estudo de caso”. Dá um trabalho danado decifrar o estilo de jogo dele. Há algumas receitas prontas e outras teses em fase de elaboração para deixá-lo em dificuldade. O comandante rubro-negro não é gênio, mas a obsessão dele pelo trabalho e a busca pela perfeição desafiam quem tem o compromisso de enfrentá-lo a fazer plantão e hora extra.
No primeiro turno, o Cruzeiro venceu o Flamengo apostando em uma das virtudes dos times de Leonardo Jardim: a transição em altíssima velocidade. O gol do centroavante Kaio Jorge saiu justamente assim. O camisa 9 saiu na cara de Rossi e estufou a rede rubro-negra. Além da transição, a Raposa cometeu 18 faltas contra nove e fez 24 desarmes contra 10. O método celeste é o mais convencional. Surgiram alternativas depois daquele jogo.
O Bayern de Munique sufocou a saída de bola do Flamengo como se estivesse fazendo uma malhação intermitente. Avançava a marcação e pressionava a defesa rubro-negra em curta duração e alta intensidade. Quando intercalava momentos de recuperação, o time carioca balançava a rede, ensaiava empatar a partida, mas o Bayern retomava a blitz. Nenhum adversário conseguiu aplicar a fórmula da equipe bávara depois daquele 4 x 2. Não é fácil.
O Estudiantes apresentou uma outra possibilidade. Usou e abusou das bolas longas nas costas dos volantes e em cima da dupla de zaga formada por Léo Ortiz e Léo Pereira. O Flamengo tinha dificuldade para ganhar a primeira bola pelo alto. Quando perdia, virava um Deus nos acuda na defesa. Assim saiu o primeiro gol argentino e o segundo, anulado.
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A aposta no jogo de físico também incomoda o Flamengo. O Central Córdoba recorreu a esse plano. O Fluminense e depois o Grêmio de Mano Menezes; e o Vasco de Fernando Diniz no último Clássico dos Milhões, também. Outra saída cruzmaltina foi congestionar os lados do campo, concentrar jogadores em um setor. Uma marca registrada do dinizismo.
Cuca investiu nas saídas longas da defesa para o ataque e na imposição de velocidade com Rony, Cuello e Hulk no primeiro jogo da série de três contra o Flamengo. O primeiro pelo Campeonato Brasileiro e os outros dois nas oitavas de final da Copa do Brasil.
O Mirassol foi ousado no Maracanã. A sensação do Campeonato Brasileiro se propôs a disputar a posse da bola com o Flamengo durante o jogo inteiro. Encerrou a partida com 51% contra 49% dos donos da casa. Perdeu por 2 x 1 e quase empatou no último lance. Dorival Júnior arriscou fazer o mesmo. O Flamengo terminou com 52% x 48% e virou o jogo dentro da Neo Química Arena. Saiu de lá com o placar de 2 x 1.
Filipe Luís deixou escapar pelo menos duas características de jogo que o incomodam. Um deles é a utilização de uma linha defensiva com cinco homens. Ele admitiu mais de uma vez a dificuldade. Alguns adversários picotaram o jogo, paravam a partida, amarravam qualquer possibilidade de o Flamengo impor o estilo de jogo e a intensidade. “O que eu reclamo? De jogo picotado. Isso não existe, nada me irrita mais no mundo que jogo picotado”, desabafou depois de clássicos contra Vasco e Fluminense no campeonato Carioca deste ano.
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