Entenda por que Rafinha virou sonho de consumo do Olympiacos e o time grego tem dinheiro para levá-lo

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A peça-chave da obsessão do Olympiacos por Rafinha é Omar Elebdellaoui. Capitão, titular e ídolo do clube grego, o lateral-direito de 28 anos está deixando o time rumo ao Galatasaray da Turquia. Consequentemente, a equipe comandada pelo técnico português Pedro Martins perde qualidade, experiência, liderança e um jogador vitorioso.

O norueguês defendeu o Olympiacos por quatro temporadas. Foi tetracampeão nacional em 2015, 2016, 2017 e 2020. Ganhou também a Copa da Grécia em 2015. Na ausência de Omar Elebdellaoui, Pedro Martins apostava em Bruno Gaspar, mas o angolano não estava à altura do titular e também deixou o clube ao término desta temporada.

A solução foi ir ao mercado. Especulado como possível sucessor de Jorge Jesus logo após a saída do técnico do Flamengo e a contratação do catalão Domènec Torrent, Pedro Martins tinha Rafinha no radar antes da saída dele do Bayern de Munique. Imaginava que, com o brasileiro no elenco, poderia avançar Omar Elebdellaoui para o meio de campo, como volta e meia costuma fazer o atual técnico da seleção da Noruega — o sueco Lars Lagerbäck. No entanto, Rafinha escolheu o Flamengo e frustrou os planos de Pedro Martins.

Pedro Martins elogiou a forma física de Rafinha e o recomendou ao dono e presidente do clube, Evangelos Marinakis, e ao diretor esportivo francês Christian Karembeu para suceder o capitão Omar Elebdellaoui. Magnata do setor naval, Marinakis também é proprietário do tradicional clube inglês Nottingham Forrest — campeão da Champions League nas temporadas de 1978/1979 e de 1979/1980.

Segundo a imprensa grega, a primeira oferta do Olympiacos pelo jogador teria sido de € 2,8 milhões (R$ 17,8 milhões) por dois anos de contrato — € 1,4 milhão por temporada (R$ 8,9 milhões). Rafinha teria recusado a proposta. A diretoria do time avançou para € 3 milhões por dois anos (R$ 20,1 milhões) e as duas partes ficaram muito próximas do acerto.

O valor envolvido na negociação tornou-se atraente para o jogador de 34 anos, e praticamente  inviável para o Flamengo manter o campeão do Brasileirão, Libertadores, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca no Ninho do Urubu.

Além de ser o clube de futebol mais rico da Grécia, o Olympiacos acaba de fazer um grande negócio. Vendeu o lateral-esquerdo Kostas Tsimikas para o Liverpool por € 16 milhões. O grego será comandado pelo alemão Jürgen Klopp na temporada 2020/2021. Portanto, a conta bancária do Olympiacos tem margem de segurança financeira para negociar com Rafinha.

Do ponto de vista esportivo, o Olympiacos briga por títulos domésticos. A melhor campanha na Champions League rolou na temporada 1998/1999. Vendeu caro a derrota para a Juventus nas quartas de final (3 x 2 no placar agregado).Nesta edição, o clube terá de passar pela etapa eliminatória para figurar na fase de grupos. Em 1992/1993, o Olympiacos alcançou as quartas de final da Copa da Uefa, atual Europa League. Foi eliminado pelo Atlético de Madrid.

Eleito melhor jogador do mundo em 1999, o campeão mundial Rivaldo (2002) foi uma das estrelas do clube grego por três temporadas, no período de 2004 a 2007. Ídolo do Santos nos anos 1990, Giovanni foi pentacampeão grego e é tratado como o melhor brasileiro na história do clube.

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Marcos Paulo Lima

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