O Cruzeiro pode quebrar nesta quarta-feira o mito de que a Copa do Brasil não tolera mesmice e é a mais democrática e equilibrada do mundo. Inaugurado em 1989, o torneio jamais viu um clube ser bicampeão, ou seja, conquistar o título por dois anos consecutivos. O ineditismo, caso o time celeste supere o Corinthians, em Itaquera, contrasta com longas hegemonias estabelecidas em competições similares do futebol europeu.
Enquanto a Copa do Brasil pode testemunhar o primeiro bicampeonato da história, Itália, Espanha e França estão prestes a ter pentacampeões na temporada de 2018/2019. A Juventus, por exemplo, é a atual tetracampeã da Copa Itália. Arrematou as edições de 2015, 2016, 2017 e 2018. Reforçada por Cristiano Ronaldo, a Velha Senhora tem tudo para ampliar o reinado.
Na Espanha, as maiores dinastias da Copa do Rei foram protagonizadas por três clubes diferentes. O Real Madrid enfileirou um tetracampeonato de 1905 a 1908. O Athletic Bilbao igualou a façanha no período de 1930 a 1933. Na era moderna, o Barcelona coleciona quatro títulos consecutivos nas últimas quatro temporadas. Se fizer a quina em 2018/2019, o clube catalão estabelecerá a maior sequencia da história da competição.
A Copa da França também pode ter um pentacampeão nesta temporada. O badalado Paris Saint-Germain, dos brasileiros Neymar, Daniel Alves Thiago Silva e Marquinhos, abocanhou todas as últimas quatro edições — algo jamais visto no torneio inaugurado em 1917/1918.
Inspiração para as copas nacionais, a mais antiga de todas — FA Cup, da Inglaterra —, teve dois tricampeões. O Wanderers enfileirou três conquistas em série nas versões de 1876, 1877 e 1878. O Blackburn Rovers repetiu o feito em 1884, 1885 e 1886. Tottenham (1961 e 1962; e 1981 e 1982) e Arsenal (2002 e 2003; e 2014 e 2015), conseguiram no máximo bicampeonatos.
Na Copa da Holanda, há três casos de tricampeões: PSV Eindhoven (1988, 1989 e 1990), Ajax (1970, 1971 e 1972) e Den Haag (1909, 1910 e 1911). Na terra de Camões, Porto e Benfica conseguiram no máximo tricampeonatos na “Copa do Brasil” de lá, a Taça de Portugal.
A Copa da Alemanha tem a realidade mais próxima da Copa do Brasil. Por lá, o máximo que se “permitiu” foram bicampeonatos. Bayern de Munique, Schalke 04, Eitrancht Frankfurt, Colônia, Fortuna Dusseldorf, Karlsruher e Dresdner conseguiram o que o Cruzeiro tentará na decisão desta noite contra o Corinthians, em Itaquera.
Vale ressalvar que, durante muito tempo, até bem recentemente, não era possível ser bicampeão da Copa do Brasil porque quem disputava a Copa Libertadores da América não podia jogar o mata-mata nacional. Ou seja, o campeão não defendia o título
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