Erro zero em cinco jogos de três competições diferentes deslocados do Norte e do Nordeste para a bolha de Brasília em 2021. Veto à distribuição de ingressos para agentes de saúde vacinados contra a covid-19. Aumento da rigidez no protocolo sanitário. Fé no time do setor jurídico do Governo do Distrito Federal (GDF). A confiança da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é baseada nesses quatro pilares para a manutenção da Supercopa do Brasil neste domingo, às 11h, no Mané Garrincha.
O evento está no centro de mais uma batalha de liminares. Pela segunda vez, em sete dias, a Justiça determinou o fechamento (lockdown) da capital do país. A medida impacta em outras competições esportivas. A última rodada da primeira fase do Candangão está prevista para este fim de semana. A cidade também serve de bolha para o Novo Basquete Brasil (NBB). Na semana que vem, receberá jogos do Santos e do Palmeiras pela Pré-Libertadores e Recopa Sul-Americana, respectivamente.
Nesta quinta, o blog apurou que o clima era de tranquilidade nos departamentos técnico e jurídico da CBF. Todos apostavam no sucesso do recurso do Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, contra a ordem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) de novo lockdown na capital do país. Não há plano B no caso de insucesso no tapetão. Até porque, parte do estafe da entidade máxima do futebol brasileiro desembarcou nesta quinta, em Brasília. As delegações dos campeões do Brasileirão (Flamengo) e da Copa do Brasil (Palmeiras) mantiveram o planejamento e desembarcam nesta sexta na capital do país. O estádio começou a ser customizado para a decisão. A taça também desembarcou no DF.
A CBF também tem como trunfos o histórico recente de cinco partidas de três competições diferentes realizadas no Distrito Federal neste ano. Em janeiro, por exemplo, Brasília serviu de bolha para três jogos jogos da Copa Verde. O departamento técnico da entidade tirou as partidas de Manaus e Fast do Amazonas, que passava por situação crítica, e levou para o Defelê, em Vila Planalto, e o Bezerrão, casa do Gama.
A entidade também deslocou para Brasília partida da Copa do Nordeste. O clássico paraibano entre Treze e Botafogo foi realizado sem problemas no Serejão, em Taguatinga. Em 22 de janeiro, o Flamengo pediu à CBF para mandar a partida contra o Palmeiras no Mané Garrincha pelo Campeonato Brasileiro devido à cessão do Maracanã à Conmebol. À época, a arena carioca passava pelo processo de customização para a final da Libertadores. A partida foi disputada com portões fechados e sem registos de infecções.
Um outro trunfo da CBF é o veto ao desejo do governador Ibaneis Rocha de distribuir ingressos para agentes de saúde vacinados contra a covid-19. Ele sugeriu a presença de 7 mil convidados na partida, mas a resposta foi não. Como mostrou o blog, a entidade decidiu manter-se fiel à Diretriz Técnica Operacional Retorno das Competições. O texto votado no ano passado por clubes e federações teve unanimidade, tem poder sobre os regulamentos e proíbe a presença de público nas competições da CBF.
O departamento de competições também aumentou a rigidez do protocolo de Covid. Estão previstos testes RT-PCR antes da partida para atletas e extensivo aos profissionais da comissão técnica que trabalham no campo. A CBF diz, ainda, que haverá exigência de entrega de inquéritos de todos os integrantes das delegações e profissionais responsáveis pela operação do jogo para rastreamento epidemiológico das viagens aéreas, hospedagens e relações de contatos próximos. Os protocolos de deslocamento e hospedagem serão ainda mais restritos para garantir a saúde e a segurança dos profissionais.
A medida também causa efeitos colaterais a duas competições. A última rodada da primeira fase do Candangão começa nesta sexta-feira. Paralelamente, a cidade recebe os últimos jogos da etapa classificatória do Novo Basquete Brasil (NBB). Apesar da determinação judicial, os jogos foram disputados normalmente nesta quinta-feira, na bolha do Ginásio da Asceb. A competição deve continuar normalmente nesta sexta-feira.
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