Impressionante a quantidade de falhas na saída de bola de goleiros selecionáveis neste fim de semana. Vou citar pelo menos quatro, três no Brasil e uma no exterior. Gatito, Cássio, Ederson e Fábio foram protagonistas de lances cruciais nas partidas dos seus times.
Reserva de Alisson na Copa da Rússia, Ederson será titular no início das Eliminatórias para o Qatar-2022 contra Bolívia e Peru. Entre os homens de confiança de Tite, Ederson é quem mais sabe sair jogando com os pés. Porém, falhou pelo menos duas vezes na derrota do Manchester City para o United no fim de semana. Quase levou um frango ao não conseguir dominar uma bola. No fim da partida, errou um tiro de meta e entregou a bola nos pés de Scott McTominay, que aproveitou o erro para decretar o triunfo dos Diabos Vermelhos em Old Trafford.
Pep Guardiola evitou criticar o goleiro publicamente. “Ederson salvou uma ou duas (foram quatro defesas no total). Ele é excepcional. Eu não estou aqui para julgar meus jogadores por erros cometidos. Faz parte do jogo, ele vai se recuperar”, ponderou o treinador do City.
Segundo reserva de Alisson na Copa da Rússia, Cássio definitivamente não sabe jogar com os pés. O titular do Corinthians protagonizou o lance mais bizarro do fim de semana no empate por 1 x 1 com o Novorizontino. Recebeu uma bola recuada, demorou a tomar a decisão do que fazer, se posicionou todo atrapalhado para chutar, deixou a bola passar e teve uma sorte danada ao vê-la passar em frente ao gol e sair pela linha de fundo.
Titular da seleção do Paraguai, Gatito inventou de sair jogando dentro da área na derrota para o Flamengo por 3 x 0, se complicou e cometeu pênalti em Gabriel Barbosa. Para sorte dele, o atacante do Flamengo não converteu nenhuma das duas cobranças e foi salvo pelo travessão.
A falha menos gritante é a de Fábio. Achei que o chutão para a frente do goleiro do Cruzeiro na cobrança do tiro de meta armou o contra-ataque decisivo do Atlético-MG. A sequência do lance inicia a jogada do gol da vitória do Galo marcado pelo venezuelano Otero. A perda da disputa aérea no meio do campo pega a defesa celeste bagunçada e sai o segundo gol.
Concordo que no futebol pós-moderno uma dos pré-requisitos para um goleiro titular é saber sair com os pés. Na verdade é assim desde 1993, quando o goleiro perdeu o direito de pegar bolas recuadas com as mãos. No entanto, é preciso admitir que alguns goleiros são excelentes com as mãos — e péssimos com os pés. Isso dificilmente mudará. Está no DNA do profissional. Nesses casos, é preciso achar o equilíbrio. Mudar a dinâmica da saída de bola e recuá-la para o “perna de pau” que está embaixo das traves apenas em situações de extrema emergência e determinar que eles mandem a bola pro mato porque o jogo é de campeonato.
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