Dado Cavalcanti virou um papa-títulos de torneios regionais. Foi bicampeão da Copa Verde com o Paysandu em 2016 e em 2018. Neste sábado, foi o mentor da virada do Bahia contra o Ceará na decisão da Copa do Nordeste, a popular Lampions League. Depois de perder o primeiro jogo por 1 x 0, o tricolor venceu por 2 x 1 no tempo normal e fez 4 x 2 nos pênaltis.
Parte do sucesso do treinador apontado pelo coronel Nunes, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como melhor técnico do país, teve como “sala de aula” o futebol do Distrito Federal. Em 2008, Dado Cavalcanti tinha 27 anos. Desembarcou na capital do país para ocupar o cargo de auxiliar técnico do Brazsat na terceira divisão do Candangão.
Na época, assumiu o papel de assistente do técnico Alex Gomes. Ajudou o clube a conquistar o título da Série C e alçou o time do Recanto das Emas, parceiro à época da Organização das Nações Unidas (ONU), inclusive para receber jogadores refugiados, à segunda divisão local.
“Ele era auxiliar ainda nessa época do Alex, que era o treinador. Depois ele saiu, foi estudar na Europa, fez curso de treinador na Europa e seguiu carreira”, conta ao blog o técnico do Gama, Victor Santana. Em 2008, o ex-atacante vestia a camisa justamente a camisa do Brazsat. Era titular. Um dos comandados por Alex Gomes e Dado Cavalcanti.
A evolução profissional do treinador ficou evidente no Paulistão 2013. Dado Cavalcanti levou o Mogi Mirim às semifinais. Empatou por 1 x 1 com o Santos no tempo normal, mas perdeu nos pênaltis por 5 x 4 e ficou fora da decisão do Estadual contra o Corinthians. Apesar da eliminação, foi eleito o melhor técnico daquele Estadual. Na época, Dado Cavalcanti pediu, inclusive, a contratação de Victor Santana para a Série C do Brasileirão. O atacante arrumou as malas e foi.
Em 2012, Dado havia levado o Luverdense ao título do Campeonato Mato-grossense. Mais atrás, ganhara a Copa Pernambuco pelo Santa Cruz, em 2009. Os perrengues em clubes limitados financeiramente e tecnicamente ensinaram o treinador a assumir desafios maiores, como liderar o Paysandu. Os dois títulos da Copa Verde e a conquista do Paraense, em 2016, o levaram a ser apontado pelo ex-presidente da CBF, o coronel Nunes, torcedor do país, número 1 do país.
“Para mim, o melhor do Brasil é Dado Cavalcanti, do Paysandu. Recuperou o time e quase levou para o G-4 (Série B”, afirmou o torcedor fantástico do clube paraense, em 2016.
Dado Cavalcanti contou com a experiência de Rodriguinho e Gilberto para triunfar no tempo normal; e com um pênalti defendido por Matheus Teixeira para festejar o tetracampeonato no Castelão, a casa do Ceará. O tricolor alcançou o recorde do arquirrival Vitória. A briga generalizada no gramado depois da decisão manchou a imagem de um torneio tão bacana. Que os responsáveis pela confusão sejam punidos. Afinal, a Lampions League é o melhor torneio do primeiro semestre no futebol brasileiro. Disparado. Disputado, organizado. Um excelente produto.
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