O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, e o secretário geral da entidade, Walter Feldman, aproveitaram a vinda a Brasília nesta quarta-feira (17/3) para a assinatura do decreto do presidente da República, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, que institui o Programa Integra Brasil 2021, para deixar encaminhada a realização da Supercopa do Brasil, no Estádio Mané Garrincha, pelo segundo ano consecutivo. A arena foi palco da decisão entre Flamengo e Athletico-PR em 2020. A capital já contava com a edição de 2021 no calendário e havia pedido, inclusive, para ser sede fixa do evento. Rei Pelé e as arenas das Dunas e Pantanal também manifestaram desejo de receber o jogo único neste ano, como publicou o blog da colega Gabriela Moreira no GE.
O blog apurou que os dirigentes tiveram conversas discretas na cidade com o governador do DF, Ibaneis Rocha, e o CEO da Arena BSB, Richard Dubois, para acertar os últimos detalhes antes do anúncio oficial da capital como palco da decisão entre Flamengo (campeão do Brasileirão) e Palmeiras (campeão da Copa do Brasil). Paralelamente, equipes da CBF e da concessionária do estádio conversam por videoconferência sobre detalhes técnicos para a engenharia do evento. A final está marcada para 11 de abril. Porém, a manutenção da data depende dos indicadores da pandemia. Cautelosa, a CBF teme oficializar a data e o local e ser obrigada a rever a logística em cima da hora devido à pandemia.
A taxa de contágio do novo coronavírus no Distrito Federal caiu para 0,99 — cada 100 infectados transmitem o vírus para 99 pessoas —, anunciou o secretário da Casa Civil do GDF, Gustavo Rocha, em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira. Para a pandemia ser considerada controlada, o índice de transmissão precisa estar abaixo de 1. Nas últimas semanas, a taxa chegou a atingir o pico de 1,38 — 100 contaminados infectam 138 pessoas.
O país vive o momento mais dramático da crise. Brasília e o vizinho Goiás proibiram a realização de eventos esportivos. O Campeonato Candango está suspenso, mas uma fonte afirmou ao blog que o futebol será liberado no Distrito Federal a partir do próximo dia 29, ou seja, na segunda-feira do início da Semana Santa.
A reabertura não beneficiaria apenas o Candangão. A CBF também vê Brasília como plano B para partidas de outras competições. A Copa do Brasil é uma delas. O governo de São Paulo, por exemplo, vetou a continuação do Estadual. O Campeonato Mineiro também deve ser paralisado na próxima semana. Como Brasília fica em uma região central do país, pode virar mais uma alternativa da entidade e das federações filiadas quando houver a flexibilização do “lockdown” pelo governador Ibaneis Rocha. Em tese, o DF entraria na lista alternativa para partidas do Paulistão.
Recentemente, Brasília virou solução da CBF para que o calendário da Copa Verde não ficasse comprometido. Com a crise sanitária no Amazonas, o Bezerrão, no Gama, e o Defelê, na Vila Planalto, abrigaram mandos de campo do Manaus e do Fast na competição regional.
Rogério Caboclo e Walter Feldman também estiveram no Palácio do Planalto na tarde de quarta para a cerimônia do programa Integra Brasil 2021. Ambos, inclusive, conversaram separadamente com Bolsonaro. A entidade máxima do futebol é uma das parceiras do projeto social do governo federal. O Acordo de Cooperação Técnica tem como objetivo, por meio do futebol, o desenvolvimento e a implementação do Programa Integra Brasil a partir de três pilares: direitos humanos, educação esportiva e valores esportivos.
Entre os objetivos do programa estão: “conscientizar torcedores e famílias quanto aos direitos do torcedor e aos direitos humanos e atuar na redução de violações dos direitos humanos por meio do futebol e seus derivados e em ambientes esportivos; contribuir para a redução da exposição de crianças e adolescentes a situações de vulnerabilidade social; atuar no combate ao uso abusivo de álcool e ao uso de drogas; reduzir a desigualdade de acesso à prática esportiva e aos ambientes esportivos; contribuir para a correção do fluxo escolar e a redução da evasão escolar de atletas de todas as modalidades do futebol e fazer do esporte um importante aliado na formação do atleta/cidadão”.
Além dos representantes da CBF, participaram do encontro reservado, no Palácio do Planalto, o ministro da Cidadania, João Roma; a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves; o ministro da Educação, Milton Ribeiro; o presidente da CBDE, Antônio Hora Filho; além de secretários das pastas envolvidas, como Marcelo Magalhães, da Secretaria Especial do Esporte; e Ronaldo Lima, da Secretaria Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, ambos representantes do Ministério da Cidadania.
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