Clube dos 13: saiba qual é o time do coração dos candidatos à presidência da República em 2018

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O Flamengo está longe de ser o “mais querido” entre os 13 candidatos à presidência da República nas eleições de 2018.  Corinthians, São Paulo e Santos são os clubes preferidos pela maior parte dos postulantes ao Palácio do Planalto. Para variar, tem a turma politicamente incorreta, ou seja, capaz de servir a dois senhores: torce para um time aqui e outro acolá.

O “bando de loucos” tem dois representantes entre os presidenciáveis. Ao menos no futebol, Álvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (PSOL) jogam no mesmo time. Ambos vestem a camisa do Corinthians, time do coração, por exemplo, dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso — simpatizante também do Fluminense — e Jânio Quadros.

Líder isolado do Campeonato Brasileiro, o São Paulo é apreciado com moderação pelo democrata cristão Eymael (DC), que também é apaixonado pelo Grêmio; e por Fernando Haddad (PT). O tricolor paulista tem no poder o torcedor não praticante Michel Temer (MDB).

Agora quem dá bola é o Santos entre os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB). Enquanto o tucano é fiel ao Alvinegro Praiano, Meirelles também faz parte da imensa “nação rubro-negra”. Por sinal, ele é o único “Flamengo até morrer” entre os 13. Jamais um santista assumiu o poder. Por sua vez, o clube da Gávea viu José Sarney, Emílio Garrastazu Médici e Eurico Gaspar Dutra colocarem a faixa verde-amarela.

Por falar nos clubes cariocas, a cruz de malta é o pendão do Cabo Daciolo (Patriota), o único vascaíno entre os candidatos. Jair Bolsonaro (PSL) veste duas camisas: a do Botafogo e a do Palmeiras — mesmo time de coração da candidata Marina Silva (Rede). João Amôedo (Novo) é tricolor (carioca) de coração. O sangue do encarnado Fluminense corre nas veias dele.

Historicamente, João Goulart, Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas eram adeptos do Vasco. Para ficar bem com quase todo mundo, o mineiro JK também se dizia fã de dois arquirrivais Cruzeiro e América-MG.  Ernesto Geisel era um torcedor ilustre do Botafogo. Fernando Henrique Cardoso e João Figueiredo seguiam de perto o Fluminense.

Além da simpatia pelo Vasco, João Goulart torcida pelo Grêmio. O candidato João Goulart Filho é do contra. Está na torcida para que o Internacional dele conquiste o Campeonato Brasileiro e encerre o jejum de 39 anos sem o título da principal competição de clubes do país.

Por fim, há os torcedores de times pequenos. Paulista de Pindamonhangaba, Ciro Gomes (PDT) jura que sofre apenas pelo Guarany de Sobral, do interior do Ceará. Pernambucana de      Inajá, mas formada na Universidade Federal de Sergipe, Vera Lúcia (PSTU) torce pelo Sergipe. Aliás, times pequenos ocuparam o Palácio do Planalto. Fernando Collor de Mello é CSA. O sucessor Itamar Franco se dizia Juiz de Fora. Café Filho era Alecrim.

Historicamente

O time do coração dos presidentes da República

Michel Temer - São Paulo
Dilma Rousseff - Internacional e Atlético-MG
Luiz Inácio Lula da Silva - Corinthians e Náutico
Fernando Henrique Cardoso - Corinthians e Fluminense
Itamar Franco - Sport (Juiz de Fora)
Fernando Collor de Mello - CSA
José Sarney - Sampaio Corrêa e Flamengo
Tancredo Neves - América-MG
João Figueiredo - Fluminense e Grêmio
Ernesto Geisel - Botafogo
Emílio Garrastazu Médici - Grêmio e Flamengo
João Goulart - Grêmio e Vasco
Jânio Quadros - Corinthians
Juscelino Kubitschek - Cruzeiro, América-MG e Vasco
Café Filho - Alecrim
Getúlio Vargas - Grêmio e Vasco
Eurico Gaspar Dutra - Flamengo


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Marcos Paulo Lima

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