Escrevi outro dia aqui no blog e na coluna na edição impressa do Correio Braziliense que o Botafogo lembra Marrocos. Há cinco meses, a seleção africana encerrou a Copa do Mundo em quarto lugar na Copa do Mundo tendo menos posse da bola do que todos os adversários — Bélgica, Canadá, Croácia, Espanha, Portugal, França e Croácia novamente. O Botafogo garantiu mais duas rodadas na liderança do Campeonato Brasileiro neste sábado ao derrotar o Fluminense por 1 x 0 justamente no modo Marrocos.
O Glorioso ficou com a bola em 34% do jogo contra 66% do Fluminense, mas conseguiu ser melhor do que o adversário no estádio Nilton Santos, no Rio. O gol sentado do zagueiro argentino Victor Cuesta lembrou o do Fred na final da Copa das Confederações de 2013 contra a Espanha.
Há método no estilo de jogo do Botafogo. O time de Luis Castro teve menos posse do que São Paulo, Bahia, Flamengo, Atlético-MG e Fluminense. O ponto fora da curva aconteceu na vitória em casa contra o frágil Corinthians por 3 x 0. A equipe carioca foi superior nesse quesito.
Luis Castro é excelente em jogos pontuais como o deste sábado. Sabe esmiuçar o adversário. Basta lembrar a aula magna dada pelo português no SporTV sobre as dificuldades que o Brasil teria contra a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo. Dito e feito. Detalhista, ele mostrou aos próximos adversários tricolores como deter o timaço de Fernando Diniz.
A posse de bola do Botafogo nas sete rodadas
São quatro duelos entre os treinadores do Botafogo e do Fluminense com três triunfos de Luis Castro e apenas um de Fernando Diniz. Nesta temporada, havia triunfado pelo mesmo placar na primeira fase do Campeonato Carioca, no Maracanã. Ele sabe como lidar com os conceitos do colega de profissão. Ele aproveitou a velocidade do gramado sintético do Nilton Santos para acelerar o jogo quanto teve a bola no pé e cortar as conexões entre os setores. Victor Cuesta deu conta de German Cano no duelo à parte entre o zagueiro e o centroavante argentino.
Um detalhe pesa muito na superioridade do Botafogo no Clássico Vovô. O Fluminense teve um dos pontos fortes dizimado. O setor esquerdo não contou com Marcelo, Alexsander e Keno. Esses três jogadores influenciam muito na engrenagem do “dinizismo”. Os substitutos Guga, Lima e Gabriel Pirani não mantiveram o padrão de excelência e isso custou muito caro.
Aos poucos, o Botafogo derruba as desconfianças. É cedo, ainda, para cravar o time alvinegro na briga pelo título do Campeonato Brasileiro até 3 de dezembro. Em contrapartida, chamo atenção para a força mental do elenco. O time havia sofrido duas viradas em quatro dias. A primeira no domingo passado contra o Goiás, em Goiânia, pela Série A; e a outra no duelo com o Athletico-PR, na Arena da Baixada, no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Merece respeito.
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